André Palmeira

Belas imagens, um tema de fundo muito interessante, no caso a periferia nortista, mas algo meio desconexo.
Personagens com potencial que não dizem a que vieram, tudo muito corrido e algumas atuações fracas.
Contudo, as cenas do núcleo indígena são muito bonitas, o ator Adanilo, inclusive, que faz o Paulo é muito bom. Chico Diaz dispensa comentários. Eu gostei da temática, mas acho que o filme não explora o seu potencial e nem aprofunda alguns personagens.

Até que me diverti assistindo esse filme, não dava nada. Não que seja bom também, mas as partes nonsense me tiraram risadas sinceras.
Acho que o filme deveria apostar mais no humor, inclusive, porque quando tentava ser sério demonstrava todas as fragilidades e os furos de roteiro.
Gostei do ator protagonista, é carismático e cínico, convenceu como anti-herói.

Assustador, mas sem ser expositivo, Jonathan Glazer realiza um filme que retrata muito bem a chamada banalização do mal, e se sai com maestria na direção e no roteiro.
Os protagonistas Christian Friedel e Sandra Hüller estão fenomenais em cena, aliás, Sandra teve um grande ano.