Arthur Antunes

Xavier sabe arregaçar como ninguém. Principalmente quando ele inventa de focar nos olhos, nos olhares, nos sorrisos, nas angústias, nas almas das personagens.

Tem uma troca de olhares entre o Gaspard e a Marion que é uma das coisas mais lindas que eu já vi na vida. É de uma profundidade e de uma complascência que fizeram eu me ajeitar enquanto assistia, tamanho poder da situação/atuação.

É um filme lindo, mas demorado. Bem demorado. Porque ele tá todo baseado na angústia.

É só ter um cadim de paciência e deixar ele acontecer. Porque quando ele acontecer, se prepara.

Obrigado, de novo, Xavier!

Eu demorei pra começar a assistir e me arrependo amargamente desse tempo todo que eu perdi.

Se a receita Jessica Lange + Ryan Murphy já não fosso o suficiente, essa história, esse roteiro, essas atuações (Susan Sarandon está tão maravilhosa e grandiosa ao dar vida à imortal Bette Davis, que eu me arrepio só de lembrar do poder da atuação dela), tudo encaixou-se de um jeito que simplesmente não tem como não te fazer se apaixonar.

É lindo (e muito triste ao mesmo tempo) acompanhar esse pedacinho final das carreiras dessas mulheres e principalmente, tentar mesmo que rasamente, entender um pouco desses conflitos tão crus e humanos sobre beleza, velhice, talento, amargura, solidão e tudo mais.

Recomendo fortemente.

X-23 eu resolvi te amar <3