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Cara! Talvez eu nunca tenha visto um filme sobre descoberta sexual tão maduro como Call Me by Your Name. O que é bem interessante, visto que é nessa época de incerteza na adolescência que nos é associado ações imaturas. Não que as atitudes de Elio não sejam inconsequentes, mas a habilidade do roteiro de contar essa história é de uma consequência tamanha.
O filme tem uma beleza estética impecável. Fotografia e cenografia no angulo exato dessa história que exige tanto do clima italiano para destrinchar a trama. É como se tudo ficasse exatamente no lugar quando você vai lendo os subtextos das cenas, as paisagens e a inserção de obras e estatuas gregas e italianas. Ainda vem a trilha sonora com tom clássico pincelando as cenas. Planos de câmera simples em 35mm. Ao mesmo tempo tão complexos, mas tão palpáveis. E talvez a arte do Luca de fazer isso tudo se tornar MUITO real. Tudo isso que eu falei sobre a direção de arte, a trilha sonora, os subtextos do roteiro são coisas que existem em toda produção, mas que em Call Me by Your Name parece que eu tô vendo a vida real das pessoas, onde um personagem toca piano e isso se torna a trilha sonora do filme, onde os personagens são pesquisadores históricos e encaixa perfeitamente na escolha de exibir essas tais estatuas.
E isso ao mesmo que é ponto pra vários profissionais por trás das câmeras e na frente delas também - vide Timothée e Armie e Michael e seus personagens fantásticos - é ponto principalmente pra adaptação do livro original. Quando você consegue enxergar tantas subtramas em um filme que vem de um livro pode ter a certeza de que um bom trabalho foi feito dessa adaptação. Sem isso, Oliver e Elio não seriam nada. Então, todos os prêmios que Call Me by Your Name vem levando por aí, principalmente de Roteiro Adaptado, é mais do que merecido. Inclusive, se não fosse pelo cotado (tsc) do Gary Oldman eu apostaria mais fervorosamente na vitoria do Timothee como Melhor Ator no Oscar.
PS: Eu chorei depois que acabou o filme. Deus me defenderay.
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O pior filme entre os três. Até a metade do filme eu fiquei me perguntando aonde a história queria chegar, qual passo os personagens iam dar, enfim qual a história do De Pernas Pro Ar 3. Antes de comentar aqui, li alguns comentários abaixo e consegui assimilar melhor onde esse roteiro gostaria de chegar. E chegou. De Pernas Pro Ar 3 mantém a linha de crucificação de uma mulher bem-sucedida (leia-se tem uma vida objetiva e de crescimento pessoal) que secundariza a vida familiar (leia-se os padrões de vida doméstica) num conflito exaustivo de uma procura do equilíbrio que nunca consegue alcançar. Irritante, chato e ultrapassado.
OK! É válido, em alguns momentos, quando o roteiro do filme trata e supera a rivalidade feminina entre as personagens e interessante como cabe a uma das personagens mostrar pra outra que isso é ultrapassado. Mas, pois bem, o roteiro e os objetivos de De Pernas Pro Ar 3 também são ultrapassados.
Além disso, é uma história arrastada, demora engatilhar e quando parece que vai, não funciona. As falas às vezes não fazem sentido, não são naturais. Não possui uma estética atraente de fotografia. Montagem e som passam despercebidos. Os personagens passam a ser irritantes. Contudo, salvo o elenco. Que claramente também se encontra perdido nesse meio todo.
(visto pela primeira vez em 03/mai/20 / nota 2)