Solange se recusa a se encontrar com Andy por ter decidido tentar sua carreira sem quaisquer ajudas consolidadas (e masculinas). Andy, desiludido com o sexo oposto, acaba roubando o terceiro ato que encontrou na rua, uma vingança pessoal pelo orgulho abalado. Acontece que tinha sido feito pela própria Solange, que notou pelo sucesso de sua partitura nas mãos 'estrangeiras', e mesmo denunciando por plágio, foi ignorada por falta de provas. O suficiente para fazê-la desistir da carreira e da busca de um bom partido.
Guillaume com medo de perder Delphine para outro, decide matar o seu oponente, Maxence, antes deste ir para Paris. Delphine nada descobre, ficando seu seu pintor dos sonhos e sem sua irmã, que nunca foi para a capital. Sozinha mas na busca por alguma admiração que tanto merece, decide ficar com Etienne e Bill alá 'Jules e Jim'. Se contenta com seu pequeno emprego de professora de dança, indo em óperas para sonhar com o que nunca teve.
E Yvonne ao encontrar com Simon, é rejeitada pelo mesmo. Acontece que o ex-marido não acredita que esse amor seja duradouro, já que ela antes o abandonou por um motivou trivial, lhe negando sua família e possíveis retaliações. Ambos seguem solteiros sem qualquer busca por romance, e Simon sonha acordado com Solange, sem saber que ela na verdade é sua filha.
Achei muito inferior ao primeiro, especialmente em termos de estratégias de terror e desenvolvimento de personagens. A duração, o clima dramático e destaques narrativos questionáveis foram alguns dos erros. Aprecio a intenção de focar no lado psicológico dos personagens, sobre seus medos e a força do pensamento, mas foi algo evidente também no primeiro, e ao meu ver, mais bem desenvolvido. A mensagem final de "positividade" e "possibilidades de finais felizes" não faz sentido inclusive pelo próprio desfecho.
Decepcionante que o filme começa e termina em com a impossibilidade de de um relacionamento homossexual, triste mas nada surpresa. Falando em péssimas representatividades, temos o único personagem negro com arco cercado em matar It e manter a "coletividade"; a única mulher voltada apenas para narrativas românticas e violentas e o único lgbt voltado para a não aceitação e claro, seu fim trágico.
A individualidade no final das contas foi resumida (ao menos em termos de minorias) e a coletividade posta como frágil e realistamente infeliz. Difícil sair do cinema com uma boa sensação, quando o fechamento do meu personagem favorito foi péssimo. Ainda tentando lidar com a coragem dos envolvidos, puts.
Mesmo não lendo a obra em que foi baseada, a interpretação do filme não é em si impossível. Existem muitas metáforas entregues, faladas pelos personagens, afim de montar a estrutura base para o segmento narrativo e sua mensagem principal. O próprio título, explicado em detalhes nos minutos iniciais, é um exemplo. Um veneno mortal que contém na própria raiz da planta, seu antídoto - uma relação óbvia com a índole humana que permite duas possibilidades para si e para quem o contacta, a cura e a morte.
Falando em finitude, o filme começa, se desenvolve e termina acerca do tema, pela ambientação, pela relação comum entre os personagens e pela consequência final. Assim se constrói uma proximidade estranha entre seus dois protagonistas, com uma promessa de cuidado mútuo perante à morte, tão palpável para ambos.
Mas Ela não estaria já morta? Diante da recém partida de seu pai, que em sua própria percepção, era o centro e o objetivo de sua vida (em relações paternais, amorosas e profissionais). Seria igual então ao veneno, que mata instantaneamente com a perda desse sentido existencial? Ou seria mais complexo que esse, uma morte lenta vinda da futura relação com esse (des)conhecido?
A capa do filme detalha também nuances interessantes para a trama: um vaso de flores, belo, com uma primeira impressão de vida; porém morto fora do seu ambiente natural, e limitado em um espaço de confinamento, um sufocar naturalmente aceito.
É assim que a relação deles se constrói, com uma possessividade dele para com Ela, possessão de seus conhecimentos, de seu corpo e vida. O monte dos Dois Irmãos, que na verdade são fundidos em um, a perda dessa então individualidade; o conto de Hércules, que traz o inumano (ou humano?) poder sobre qualquer um, matando a cada estágio, novas formas de vida; e a obsessão pelas fotos do nu, em tentativas repetidas de domínio íntimo, talvez não apenas tirando dela suas privacidades, mas quem sabe lhe roubando a alma, como medrosamente pensavam antes sobre o ato de fotografar. Talvez ela não seja as flores, mas sim o vazo que é involuntariamente preenchida pela existência dele.
A atmosfera não natural permeia, até que um rato invade o espaço dos dois, corroendo aos poucos o que ambos tinham:
Ele, o monopólio sobre Ela, e Ela, a percepção rasa de quem era. A morte de um e a cura de outro, em um mesmo elemento. Controverso talvez com o final, onde na verdade ela já estava morta, em esqueleto, apenas cuidada de forma eterna e cega por Ele. Mas será mesmo que ambos são tão destoantes de si? Afinal compartilharam de um mesmo princípio, o "cuidar" para se provar vivo, que paradoxalmente resultou na morte alheia. Somos nós, seres humanos, a vida e a morte simultaneamente, em natureza e em significado. Simplificadamente, ervas de rato.
Chega a dar medo o quão perigoso esse filme é. A direção extremamente caricata de um tema que exige >no mínimo< responsabilidade, abre portas para interpretações finais irreais e acima de tudo estupidamente desejadas. É para um público branco que não quer se sentir culpado pelos seus preconceitos naturalizados e não enxerga o racismo como algo ATUAL e, ao final do filme, ganham o que pediu: o fim dos sofrimentos vivenciados por ambos protagonistas e, claro, o fim do racismo em suas estruturas individuais. Mas esquecem de lembrar que é bastante utópico esperar mudanças ideológicas, políticas e sociais de uma convivência de dois meses, assim como é hipócrita desejar uma mudança racista desse público alvo em duas horas de filme. E, sinceramente, ao fim de uma sessão, em nada o filme consegue acrescentar para a causa social que tanto usou de fundo.
Quando a menina ao ver seu ovo, tão superprotegido por ela, aos pedaços, corre sem rumo até um abismo de águas profundas. Nele, ela envelhece e se revolta, de seus gritos criando novos ovos que boiam sob o mar.
Dá para relacionar em um contexto bíblico ou mesmo filosófico, e inclusive já vi de ambos. Mas o que ficou para mim foi algo tão abstrato quanto ao seu formato que literalmente pode significar ou dois ou mais. É sobre auto projeção, uma esperança talvez vazia diante de um mundo apocalíptico. O proteger de algo desconhecido quando nem mesmo se tem a certeza que existe esse algo. E como, na verdade, essas projeções são partes de nós e inclusive de nosso amadurecimento (psicológico, espiritual, existencial e demais definições que aqui se encaixem), seja de uma perspectiva naturalizada ou mesmo milagrosa (encontre seu próprio sentido). Mas em todo contexto, é sim
Diria que esse filme é principalmente sensorial, que compõe com as imagens e as cenas toda a narrativa, sem muitas explicações ou diálogos. O que dificulta bastante a compreensão da história, mas não impossibilita. Na verdade o que pode desfazer as dúvidas e sustentar teorias inimagináveis pode ser encontrada na leitura do livro, que por ser bastante descritivo ajuda no (quase?) entendimento. Digo quase por não saber se existe uma narrativa exata, única, que poderia condensar isso tudo. O filme é grandioso demais pra se limitar á explicações unidimensionais, pelo menos é o que eu acho.
Quanto a história, em específico, acredito que o monolito foi posto propositalmente na terra (e na lua) como suporte e talvez um indicador para a evolução da nossa espécie. Com ele, os macacos puderam se desenvolver e consequentemente evoluir em vários aspectos, se assemelhando à futura raça humana. Assim como o desenvolvimento científico da nossa espécie nos levou à lua, definindo um marco na nossa evolução quanto ser. O outro monolito em Júpiter, acredito ter sido posto de propósito também, como uma passagem para outro universo, uma outra galáxia, que seria um outro ponto evolutivo a ser conquistado. A viagem até essa outra galáxia, seria tão longa que envelheceria nosso protagonista, e que aterrissando em um cômodo feito especialmente pra ele, entenderia (?) que outros seres vivos estavam dispostos a ajudar os humanos na sua evolução. Assim o fato dele se tornar um bebê (ou feto) seria um possível simbolismo á uma nova fase evolutiva que iria se iniciar; ou talvez fosse como um propósito dos outros seres, de ensinar ao personagem novas ideias e perspectivas; O monolito pode também se relacionar com a passagem do tempo, já que esteve presente em vários períodos da nossa espécie, definindo (ou não) o nosso desenvolvimento. Claro que isso são teorias, mas o livro explica muito bem alguns outros pontos meio difusos na narrativa do filme, como o surto de Hal 9000; o acidente de Frank e até o motivo de se ir à Júpiter. Enfim, recomendo muito a leitura de 2001, para que possa clarear alguns aspectos do filme, que diria ser incrível fotográfica e musicalmente, mas que pode indefinir algumas explicações não tão óbvias.
Estava esperando algo mais leve que equilibrasse com a história de Kenshin com Tomoe, mas não teve nada disso.. Eles tiraram a simplicidade e a comédia dos personagens, eliminaram a força de Kaoru (nas cenas em que ela era sempre a vítima ou precisava ser salva), não deram destaque ao filho deles e muito menos aos outros personagens secundários, mais ainda sim importantes como Megume e Sanosuke. Não entendi a necessidade de um final trágico principalmente porque acho que Kenshin já tenha sofrido o suficiente, e esperava que Kaoru se motivasse a viver pelo filho e fosse devota á felicidade dele como o pai dela fez por ela, mesmo que por meios incompreendidos.
A animação é incrível e profunda, e como OVA é tocante. Porém como uma adaptação não me agradou muito, e na verdade eu esperava uma coisa totalmente diferente. Mas ainda assim, valeu a experiência.
Esperava mais para um filme com a proposta de criticar a política brasileira. Com piadas sem graça e preconceituosas, o filme apelou para xingamentos e clichês. O final e a "cena de reflexão" foram previsíveis e não deram certo. Pra mim não realizou sua função, tanto como comédia quanto como crítica.
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As Invisíveis
4.0 6alguém sabe onde assistir?
Alice dos Anjos
4.2 6alguém sabe onde assistir?
Duas Garotas Românticas
4.1 64 Assista AgoraEu sei que o foco é o romantismo, cores e amores, mas imagina esse plot twist:
Solange se recusa a se encontrar com Andy por ter decidido tentar sua carreira sem quaisquer ajudas consolidadas (e masculinas). Andy, desiludido com o sexo oposto, acaba roubando o terceiro ato que encontrou na rua, uma vingança pessoal pelo orgulho abalado. Acontece que tinha sido feito pela própria Solange, que notou pelo sucesso de sua partitura nas mãos 'estrangeiras', e mesmo denunciando por plágio, foi ignorada por falta de provas. O suficiente para fazê-la desistir da carreira e da busca de um bom partido.
Guillaume com medo de perder Delphine para outro, decide matar o seu oponente, Maxence, antes deste ir para Paris. Delphine nada descobre, ficando seu seu pintor dos sonhos e sem sua irmã, que nunca foi para a capital. Sozinha mas na busca por alguma admiração que tanto merece, decide ficar com Etienne e Bill alá 'Jules e Jim'. Se contenta com seu pequeno emprego de professora de dança, indo em óperas para sonhar com o que nunca teve.
E Yvonne ao encontrar com Simon, é rejeitada pelo mesmo. Acontece que o ex-marido não acredita que esse amor seja duradouro, já que ela antes o abandonou por um motivou trivial, lhe negando sua família e possíveis retaliações. Ambos seguem solteiros sem qualquer busca por romance, e Simon sonha acordado com Solange, sem saber que ela na verdade é sua filha.
A Discreta Intimidade de uma Mulher
3.3 4alguém tem link? ajudem essa cinéfila
Quando Duas Mulheres Pecam
4.4 1,1K Assista AgoraQuando os tradutores pecam..
It: Capítulo Dois
3.4 1,5K Assista AgoraAchei muito inferior ao primeiro, especialmente em termos de estratégias de terror e desenvolvimento de personagens. A duração, o clima dramático e destaques narrativos questionáveis foram alguns dos erros. Aprecio a intenção de focar no lado psicológico dos personagens, sobre seus medos e a força do pensamento, mas foi algo evidente também no primeiro, e ao meu ver, mais bem desenvolvido. A mensagem final de "positividade" e "possibilidades de finais felizes" não faz sentido inclusive pelo próprio desfecho.
Decepcionante que o filme começa e termina em com a impossibilidade de de um relacionamento homossexual, triste mas nada surpresa. Falando em péssimas representatividades, temos o único personagem negro com arco cercado em matar It e manter a "coletividade"; a única mulher voltada apenas para narrativas românticas e violentas e o único lgbt voltado para a não aceitação e claro, seu fim trágico.
A individualidade no final das contas foi resumida (ao menos em termos de minorias) e a coletividade posta como frágil e realistamente infeliz. Difícil sair do cinema com uma boa sensação, quando o fechamento do meu personagem favorito foi péssimo. Ainda tentando lidar com a coragem dos envolvidos, puts.
A Erva do Rato
3.2 98 Assista AgoraMesmo não lendo a obra em que foi baseada, a interpretação do filme não é em si impossível. Existem muitas metáforas entregues, faladas pelos personagens, afim de montar a estrutura base para o segmento narrativo e sua mensagem principal. O próprio título, explicado em detalhes nos minutos iniciais, é um exemplo. Um veneno mortal que contém na própria raiz da planta, seu antídoto - uma relação óbvia com a índole humana que permite duas possibilidades para si e para quem o contacta, a cura e a morte.
Falando em finitude, o filme começa, se desenvolve e termina acerca do tema, pela ambientação, pela relação comum entre os personagens e pela consequência final. Assim se constrói uma proximidade estranha entre seus dois protagonistas, com uma promessa de cuidado mútuo perante à morte, tão palpável para ambos.
Mas Ela não estaria já morta? Diante da recém partida de seu pai, que em sua própria percepção, era o centro e o objetivo de sua vida (em relações paternais, amorosas e profissionais). Seria igual então ao veneno, que mata instantaneamente com a perda desse sentido existencial? Ou seria mais complexo que esse, uma morte lenta vinda da futura relação com esse (des)conhecido?
A capa do filme detalha também nuances interessantes para a trama: um vaso de flores, belo, com uma primeira impressão de vida; porém morto fora do seu ambiente natural, e limitado em um espaço de confinamento, um sufocar naturalmente aceito.
É assim que a relação deles se constrói, com uma possessividade dele para com Ela, possessão de seus conhecimentos, de seu corpo e vida. O monte dos Dois Irmãos, que na verdade são fundidos em um, a perda dessa então individualidade; o conto de Hércules, que traz o inumano (ou humano?) poder sobre qualquer um, matando a cada estágio, novas formas de vida; e a obsessão pelas fotos do nu, em tentativas repetidas de domínio íntimo, talvez não apenas tirando dela suas privacidades, mas quem sabe lhe roubando a alma, como medrosamente pensavam antes sobre o ato de fotografar. Talvez ela não seja as flores, mas sim o vazo que é involuntariamente preenchida pela existência dele.
A atmosfera não natural permeia, até que um rato invade o espaço dos dois, corroendo aos poucos o que ambos tinham:
Ele, o monopólio sobre Ela, e Ela, a percepção rasa de quem era. A morte de um e a cura de outro, em um mesmo elemento. Controverso talvez com o final, onde na verdade ela já estava morta, em esqueleto, apenas cuidada de forma eterna e cega por Ele. Mas será mesmo que ambos são tão destoantes de si? Afinal compartilharam de um mesmo princípio, o "cuidar" para se provar vivo, que paradoxalmente resultou na morte alheia. Somos nós, seres humanos, a vida e a morte simultaneamente, em natureza e em significado. Simplificadamente, ervas de rato.
Green Book: O Guia
4.1 1,5K Assista AgoraChega a dar medo o quão perigoso esse filme é. A direção extremamente caricata de um tema que exige >no mínimo< responsabilidade, abre portas para interpretações finais irreais e acima de tudo estupidamente desejadas. É para um público branco que não quer se sentir culpado pelos seus preconceitos naturalizados e não enxerga o racismo como algo ATUAL e, ao final do filme, ganham o que pediu: o fim dos sofrimentos vivenciados por ambos protagonistas e, claro, o fim do racismo em suas estruturas individuais.
Mas esquecem de lembrar que é bastante utópico esperar mudanças ideológicas, políticas e sociais de uma convivência de dois meses, assim como é hipócrita desejar uma mudança racista desse público alvo em duas horas de filme. E, sinceramente, ao fim de uma sessão, em nada o filme consegue acrescentar para a causa social que tanto usou de fundo.
A Menina e o Ovo de Anjo
4.0 125Uma das cenas mais simbólicas que vi no cinema:
Quando a menina ao ver seu ovo, tão superprotegido por ela, aos pedaços, corre sem rumo até um abismo de águas profundas. Nele, ela envelhece e se revolta, de seus gritos criando novos ovos que boiam sob o mar.
Dá para relacionar em um contexto bíblico ou mesmo filosófico, e inclusive já vi de ambos. Mas o que ficou para mim foi algo tão abstrato quanto ao seu formato que literalmente pode significar ou dois ou mais. É sobre auto projeção, uma esperança talvez vazia diante de um mundo apocalíptico. O proteger de algo desconhecido quando nem mesmo se tem a certeza que existe esse algo. E como, na verdade, essas projeções são partes de nós e inclusive de nosso amadurecimento (psicológico, espiritual, existencial e demais definições que aqui se encaixem), seja de uma perspectiva naturalizada ou mesmo milagrosa (encontre seu próprio sentido).
Mas em todo contexto, é sim
importante quebrar os ovos para se ter certeza do que carregamos e no que depositamos tanta fé.
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraDiria que esse filme é principalmente sensorial, que compõe com as imagens e as cenas toda a narrativa, sem muitas explicações ou diálogos. O que dificulta bastante a compreensão da história, mas não impossibilita. Na verdade o que pode desfazer as dúvidas e sustentar teorias inimagináveis pode ser encontrada na leitura do livro, que por ser bastante descritivo ajuda no (quase?) entendimento. Digo quase por não saber se existe uma narrativa exata, única, que poderia condensar isso tudo. O filme é grandioso demais pra se limitar á explicações unidimensionais, pelo menos é o que eu acho.
Quanto a história, em específico, acredito que o monolito foi posto propositalmente na terra (e na lua) como suporte e talvez um indicador para a evolução da nossa espécie. Com ele, os macacos puderam se desenvolver e consequentemente evoluir em vários aspectos, se assemelhando à futura raça humana. Assim como o desenvolvimento científico da nossa espécie nos levou à lua, definindo um marco na nossa evolução quanto ser. O outro monolito em Júpiter, acredito ter sido posto de propósito também, como uma passagem para outro universo, uma outra galáxia, que seria um outro ponto evolutivo a ser conquistado. A viagem até essa outra galáxia, seria tão longa que envelheceria nosso protagonista, e que aterrissando em um cômodo feito especialmente pra ele, entenderia (?) que outros seres vivos estavam dispostos a ajudar os humanos na sua evolução. Assim o fato dele se tornar um bebê (ou feto) seria um possível simbolismo á uma nova fase evolutiva que iria se iniciar; ou talvez fosse como um propósito dos outros seres, de ensinar ao personagem novas ideias e perspectivas; O monolito pode também se relacionar com a passagem do tempo, já que esteve presente em vários períodos da nossa espécie, definindo (ou não) o nosso desenvolvimento.
Claro que isso são teorias, mas o livro explica muito bem alguns outros pontos meio difusos na narrativa do filme, como o surto de Hal 9000; o acidente de Frank e até o motivo de se ir à Júpiter. Enfim, recomendo muito a leitura de 2001, para que possa clarear alguns aspectos do filme, que diria ser incrível fotográfica e musicalmente, mas que pode indefinir algumas explicações não tão óbvias.
Incêndios
4.5 1,9K Assista AgoraDepois desse filme só resta o desejo de ser enterrada sem caixão, nua, com o rosto virado para o chão, e de costas para o mundo.
Rurouni Kenshin: Seisouhen
4.3 27O anime já é tão dramático e a culpa que os personagens carregam pelos seus passados sempre foi mostrada, não devia ter mais exageros no final!
Estava esperando algo mais leve que equilibrasse com a história de Kenshin com Tomoe, mas não teve nada disso.. Eles tiraram a simplicidade e a comédia dos personagens, eliminaram a força de Kaoru (nas cenas em que ela era sempre a vítima ou precisava ser salva), não deram destaque ao filho deles e muito menos aos outros personagens secundários, mais ainda sim importantes como Megume e Sanosuke.
Não entendi a necessidade de um final trágico principalmente porque acho que Kenshin já tenha sofrido o suficiente, e esperava que Kaoru se motivasse a viver pelo filho e fosse devota á felicidade dele como o pai dela fez por ela, mesmo que por meios incompreendidos.
A animação é incrível e profunda, e como OVA é tocante. Porém como uma adaptação não me agradou muito, e na verdade eu esperava uma coisa totalmente diferente. Mas ainda assim, valeu a experiência.
O Candidato Honesto
2.5 432 Assista AgoraEsperava mais para um filme com a proposta de criticar a política brasileira. Com piadas sem graça e preconceituosas, o filme apelou para xingamentos e clichês. O final e a "cena de reflexão" foram previsíveis e não deram certo. Pra mim não realizou sua função, tanto como comédia quanto como crítica.