Bárbara Silveira

Acho que nunca um título caiu tão bem a um filme como esse. A história de pessoas que criam uma realidade de prazeres intensos para tentar amenizar a profunda dor de existir. Não se trata de uma história de amor, embora pareça. Não é tão clichê, como dizem. Não vi tentando moralizar ou criar um final feliz. É um retrato da vida e dor que ela traz. E mais do que isso: as tentativas de felicidade. Atuações incríveis e um clima verdadeiramente paradisíaco. Concordo que muita expectativa em cima do enredo pode levar a grandes decepções, mas nada como uma boa reflexão debruçada sobre Freud que não faça esse filme valer a pena.

Filme muito envolvente. Bem bacana para curtir no cinema sem grandes pretensões ou expectativas. O final poderia ser melhor, claro, mas até preferi ao clichê rotineiro desse gênero. Sem entrar no mérito das adaptações, achei muito bom!

A gravidez é definitivamente simbólica, uma construção pessoal e única de sentidos de maternidade e de vida, que ultrapassam os aspectos biológicos, e incluem na reflexão dos elementos que a envolvem, valores da dimensão econômica, social e psíquica . O documentário é excelente, com recortes de sentimentos e realidades de cada mãe e suas famílias: o modo de lidar, de compreender, de decidir e de enfrentar um momento da vida, que pode ser uma possibilidade em meio há tantas nas favelas do Brasil.