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Uma ficção científica com terror que toca em assuntos sobre física que já aprendemos com Lost, Donnie Darko e principalmente Fringe, referências calcadas em filmes oitentistas e remetendo muito (muito mesmo!) aos contos de Stephen King: Conta Comigo, Firestarter, Carrie, IT, A Hora do Vampiro, O Nevoeiro, Fenda no Tempo... dá pra continuar a lista. O próprio disse que assistir à série é como ver um "Greatest Hits" dele mesmo.
Stranger Things é tipo uma Fringe anos 80 com crianças fofas, ou seja: só amor.
Últimos recados
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Flávio Raí
Disponha, minha amiga :)
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Flávio Raí
Oi, Bianca! Então....só pra te alertar...meu trabalho não se compara ao seu em qualidade. O meu tem vários erros primários., rs. Eu me orgulho dele apenas porque na época o fiz com muito amor e dedicação. Mas te passo com todo prazer, sim. Você tem alguma rede social para eu anexar para você? Se tiver, pode deixar o endereço aqui, que eu apago o recado quando você me mandar, não se preocupe :)
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Renato
Ah, naõ tinha visto as informações no perfil da lista!
Vão ajudar bastante sim! Valeu!
Todos os elementos que fizeram a fama de Tarantino estão presentes nesse filme de maneira mais refinada e ele funciona precisamente por isso, explico:
Somos levados por construções de tensão durante toda a projeção e nossa expectativa é repetidamente quebrada de maneira cômica, ao romper o clímax da tensão com algo nem um pouco tenso Tarantino usa o nosso conhecimento de seu próprio estilo para fazer piadas com o expectador e isso é muito engraçado, denota uma grande confiança em seu próprio público. Gosto como aqui Tarantino faz menos referências à outras obras e passa a referenciar à si mesmo tornando Once Upon a Time in... Hollywood uma epítome de sua própria mitologia.
Gosto também do paralelo entre o cowboy da ficção e o cowboy da vida real na representação do ator (o que finge) e o dublê (o que faz de verdade) e gosto também da quebra da estrutura clássica dos três atos ao construir um ato inteiro de apresentações que converge para o ato final. Gosto ainda mais de como todo o filme é uma grande aula de "show, don't tell", todos os elementos ganham propósito e são construídos de maneira tal que ao final é inevitável que se encontrem:
a cadela que se alimenta melhor que o dono indicando ser MUITO especial; uma cena inteira com Al Pacino apenas para apresentar o lança-chamas que depois aparece ao lado da piscina num flashback dentro de um flashback; a violência da qual Cliff Booth é capaz ao desfigurar um sujeito sem esforço e a violência a qual ele já deve ter sido submetido ao exibir um corpo marcado por cicatrizes (e você pensou que Brad Pitt tirou a camisa só pra sensualizar, haha); a importância da mansão como objeto de desejo inalcançável para Rick Dalton, essa mesma mansão sendo salva por Rick e se tornando a provável salvação de sua carreira...
As partes de violência grotesca, que muitos lamentam serem poucas, são bem direcionadas APENAS para a família Manson.
O que me leva à importância do caso para o filme, um assassinato brutal que simboliza também a morte de toda uma filosofia sessentista que pregava paz, amor e liberdade, dentro desta proposta a personagem de Sharon Tate se faz essencial já que esse "conto de fadas western tarantinesco" não existiria sem ela,
é com essa inserção que Tarantino tenta salvar uma parte da nossa história que ele claramente ama, tenta preservar mesmo que em uma realidade paralela tudo o que os anos 60 perdeu naquela noite.
São muitos detalhes geniais, um filme que não dá ponto sem nó, não tem elementos fora do lugar, cenas de transição deslumbrantes, direção de arte caprichada, fotografia e montagem excelentes e todas as atuações impecáveis, um roteiro de diálogos construídos com precisão para o impacto final que jamais esquecerei.