Bram

Um documentário como ferramenta para fortalecer o respeito, a admiração e a sensibilidade perante a humanidade e consigo mesmo.

O que faltou para o personagem do Jamie foi ele ter completado o processo:
Questionamento -> respostas -> inquietação -> 'confusão mental' -> revisão -> compreensão -> aceitação -> Libertação.

O niilismo não justifica suas ações, pois há distintas formas de interpreta-lo e apenas uma conclusão a se chegar. Ele, sem perceber, ativou seu lado violento/primitivo quando houve a última interação com Nick, o que o levou a nutrir e desenvolver de forma equivocada aquilo que o inquietava. Sua 'confusão mental' o fez enxergar sua realidade de maneira isolada num contexto amplo que poderia ter sido explorado em seu desejo pessoal por buscar sua libertação.

Um ser, à deriva das circunstâncias, sob pressão e humilhação (implícita e explícita) social, incapaz de atingir seu máximo potencial por motivos internos (mental e cerebral) e externos (passado e presente), num mundo caótico beirando o caos onde cada um olha para o próprio umbigo mesmo quando aparenta "ajudar" o próximo (para apenas satisfazer-se intimamente); o personagem de Joaquin entrega o resultado do que, não só é possível, como já aconteceu, acontece e, tristemente, irá acontecer.
Se não houver uma mão amiga e sincera para ajudar, apenas a mão da própria sombra o guiará.

O acaso caótico sempre acende o pavio de uma bomba relógio em meio a tormenta da selva civilizada.