Não achei as cenas de nudez e sexo desnecessárias, não me incomodei com o trato com os animais e eu não me incomodaria com o final abrupto se a forma com que o filme ia sendo conduzido o justificasse. A premissa do filme é muito interessante, mas ela passa longe de ser desenvolvida de alguma forma e o filme acaba sendo resumido totalmente a sinopse aqui do site. A inversão dos papéis de gênero seria um ponto ótimo se fosse melhor trabalhada, mas acaba sendo só um apanhado de ideias não finalizadas e completamente inverossímeis. Não tenho como considerar esse filme revolucionário porque não o vejo chegando aos olhos de moradores do interior do nordeste, que vivem a realidade das vaquejadas e de outras situações que foram de alguma forma tratadas no filme. E ainda que chegasse, creio que o carácter quase experimental que Gabriel Mascaro imprega aqui impediria qualquer chance de mudar o cenário atual da região, mas essa nem deve ter sido mesmo a pretensão. Valeu pelas boas risadas que os momentos cômicos me proporcionaram, pela Cacá, que lembra as minhas primas e pela Maeve Jinkings, atriz que gosto muito. Passa longe da qualidade de outros filmes do novo cinema pernambucano, mas eu não descarto a possibilidade de um dia revê-lo, tirar novas impressões e acabar gostando.
Donnie Darko e Cidade dos Sonhos são meus dois filmes preferidos. Ambos lançados em 2001, que possuem um enredo extremamente complexo e uma variedade grande de gêneros inseridos no roteiro (sensacional sentir medo, paixão, vontade de chorar e de rir no mesmo filme).
Mas existe um ponto em que ambos se tornam antagonistas, uma particularidade de cada filme que faz com que ele seja meu favorito: vendo Donnie Darko eu tenho esperança. Existe um personagem (com o qual me identifico bastante) que tem a possibilidade de ser protagonista da própria história, de se tornar um herói e conseguir a redenção. Já em Cidade dos Sonhos
eu só consigo ter medo do futuro. O destino da Betty/Diane (personagem com o qual também me identifico) é sucumbir diante da própria mediocridade e ter como único refúgio os delírios e fantasias.
Nesse ponto Cidade dos Sonhos parece tecer um retrato bem mais próximo da realidade. Logo, nem preciso dizer com qual filme eu prefiro me apegar mais.
Considerando o que se passou em Cannes e toda a onda de raiva, rancor e irracionalidade que foi despertada em algumas pessoas, temos que dizer que esse filme se tornou sim essencialmente político, talvez mais do que o planejado pelo diretor. Não tem como desconsiderar o diálogo forte que esse filme faz com tudo o que está acontecendo com o Brasil (como já observaram muito bem aqui embaixo) e, principalmente, com as pessoas que jogaram contra esse filme toda a frustração que vinham cultivando a bastante tempo. Até porque elas estão lá representadas, mas infelizmente não vão se dar a oportunidade de se verem refletidas nesse espelho que é Aquarius.
Mas cada um resiste da sua forma. A minha, nesse caso específico, é recomendando pra todo mundo essa obra de arte. É dizendo que Aquarius é um filme realmente bom.
Vi esse filme só pra tentar criar uma analogia com Donnie Darko, onde ele é meio que citado. O que mais me surpreendeu foi descobrir que é um filme que não agride nenhuma religião, não tem a pretensão de causar polêmica ou menosprezar algum ideal. Talvez eu tivesse esperado um filme com esse viés por ter visto Willem Dafoe (que foi de Cristo a Anticristo) e David Bowie (como Pôncio Pilatos!!!) no elenco. Obra bem interessante do Scorsese, bastante diferente de tudo o que ele já dirigiu, aliás.
Estranho ver gente dando meia estrela para um filme desses. Tudo bem que a narrativa é bem lenta e a história complicada de se entender se não for dedicada muita atenção, mas esse filme é um tesouro, e de 1931 ainda por cima. Sensacional ver em um filme nacional conceitos estéticos e narrativos que transformaram o cinema europeu e americano, e não tenho dúvidas de que influenciaria diversos outros filmes e criaria novas correntes se não tivesse ficado esquecido por tanto tempo. Ótimo o trabalho de restauração, contribuiu pra deixar ainda mais incrível a fotografia.
Só sei dizer que foram 90 minutos de uma experiência única e que com certeza não se resumirá em um pequeno momento. É um filme que vai me acompanhar nos meus pensamentos e atos até o fim da minha vida. Uma experiência irreversível. Obrigado Gaspar Noé. De novo.
Dialoga bastante com O Sangue do Condor. Assim como o boliviano, mostra como os norte-americanos, que se consideravam uma raça superior, interferiram na política e na cultura dos povos latino-americanos.
Filme perturbador, repugnante, triste e bastante difícil de ser encontrado na internet. O título faz referência ao modo de vida animalesco ao qual as crianças tiveram que se submeter. A todo momento surgem novas crianças, que se perdem, se separam e encontram outras pelo caminho, como numa alcateia. A forma com que elas tiveram que se tornar precocemente maturas e o pouco significado que a vida ganha dói. Um filme que poderia servir para mostrar ao povo alemão (e europeus em geral) que eles já passaram pelas mesmas dificuldades que outros povos estão passando agora.
Não é um filme pra quem gosta de um roteiro bem mastigado, com tudo bem explicadinho. Até porque eu li o livro 2001 antes de ver o filme e ainda assim não absorvi tudo o que Kubrick e Arthur C. Clarke quiseram passar. Aliás, eu recomendo demais a leitura do livro. O livro e o filme foram feitos juntos, com um sendo complemento para o outro. São obras diferentes, porém igualmente extraordinárias. O clima do filme é lento para quem não está acostumado com este ritmo no cinema, mas eu pelo menos senti o tempo passar muito rápido. Acho que cada segundo usado é de extrema importância pra história. A trilha sonora é outra coisa incrível. Se encaixa perfeitamente com as cenas lentas e com os efeitos especiais.
E um detalhe que me fascina muito: é de 1968. Ver o filme com essa informação torna tudo muito mais grandioso do que já é. Kubrick é um gênio.
Conselho: quando surgir o símbolo da Universal, irão aparecer alguns defeitos na imagem, mas não é problema com o vídeo em si, é coisa do filme mesmo e é um elemento muito importante pra "filmagem". Fui desavisado e acabei apagando o arquivo e indo atrás de outro. Creio que eu não tenha sido o único trouxa. Espero muito quê.
O formato é bem diferente de tudo o que eu já vi, o que faz com que o enredo entretenha muito. Como muita gente já disse, ver pelo computador deixa a experiência ainda melhor. Recomendo também fones de ouvido e um quarto escuro.
Vi o pessoal falando sobre o The Den, que eu não conhecia e parece ser ainda melhor. Acho que vou conferir.
O tema do filme é tão explícito que até achei meio estranho a ficha ter demorado pra cair aqui. O nome do filme é Mommy. O filme começa falando que aquela era a história de Diane (Die) Després. O filme termina com Born to Die, que eu ia achando a escolha de música mais absurda e aleatória da história do cinema até sacar o Die. A Die. Born to Die. O filme, na minha opinião, é sobre a mãe. Sobre mães, numa ideia mais abrangente. E não existe no mundo pessoa melhor que o Xavier Dolan pra explorar esse tema, vide Eu Matei Minha Mãe.
Pelo que eu li, algumas vezes a câmera se abriu pra 16:9, mas eu só fui perceber NAQUELA cena que representa uma das coisas mais bonitas que eu já vi. E o que sucedeu depois foi uma das coisas mais tristes, levando em conta que era tudo uma fantasia bastante subjetiva daquela mãe.
E eu não sei mais o que dizer. É um filme muito difícil e ainda tenho muito o que processar.
Mas é um filme que precisa ser visto por todos, disso eu não tenho dúvidas.
Não conheço nenhum outro filme que represente tão bem a zona leste de São Paulo quanto este filme representou. A mãe solo, a falta de oportunidades, a violência enraizada na sociedade, o refugio no futebol. Uma pena que esteja tão atual, ainda que não seja de muito tempo atrás. A ideia de desenvolver a história contada de mês a mês no ano do rebaixamento do Corinthians deixa o final não tão em aberto, na minha opinião.
Esse filme é a pura arte se manifestando intensamente. A trilha sonora, o figurino, o cenário e as escolhas de personagem levaram pra tela a mesma atmosfera do livro com perfeição. A única falha do filme ao meu ver foi não existir a mão sutil que Thomas Mann teve ao retratar o amor platônico no seu sentido mais exato. No filme as encaradas entre Aschenbach e Tadzio são bastante insinuantes, pegou muito pro lado de Lolita. Mas como eu disse, a atmosfera é perfeita. O colorido do filme cedendo às chamas em Veneza conforme
a cólera ia se alastrando, matando a população e afugentando os turistas
retrata muito bem a decadência da cidade e do personagem. As atuações, no contexto que o filme propôs, são espetaculares. O filme é uma das coisas mais bonitas que eu já vi.
Não é um filme ruim como eu pensava que seria pelo que li. Os efeitos visuais são realmente espetaculares e o enredo não é nada horrível. Tem o problema daquele clichê de o
homem colonizador se apaixonar pela nativa e em algum momento da história ser o Salvador.
Mas existe uma relação criada com Pandora e o extermínio de povos indígenas do continente americano, assim como a exploração da fauna e da flora, e de certa forma o filme cria uma reflexão, logo não é puro lixo de entretenimento.
Com certeza daria pra utilizar todos esses recursos tecnológicos e aplicar em um enredo melhor, que seguisse as mesmas problemáticas, como por exemplo fazer uma versão de Atlantis: The Lost Empire, da Disney. Seria meu filme favorito da vida.
Mas vale conferir Avatar. Já tem o seu espaço na história do cinema.
Fica mais fácil humanizar um criminoso quando somos apresentados ao seu cotidiano, quando sabemos suas implicações e conhecemos sua personalidade mais a fundo. Foi o que Almodóvar fez aqui. Foi também o que Nabokov fez com Humbert Humbert, em Lolita. Mas é um pouco assustador ver pessoas enxergando amor nessa história. O Benigno não amava a Alícia, isso ficou muito claro, pelo menos pra mim. Como já disseram aqui, a história não é sobre amor. Sobre amizade talvez, mas da parte do Marco.
É uma história sobre obsessão, além de mostrar o quanto estamos acostumados a ver um único lado de uma história. Um enredo sobre compaixão. Sobre entender, mas não aceitar.
Ainda estou juntando os cacos do meu coração com todo esse conjunto de cenas e trilha sonora espetaculares, que me passaram um sentimento que não vou conseguir transmitir em palavras. Olho pro teclado do meu PC... e não sei mais o que dizer... só sentir.
A crítica social que esse filme usa através de metáforas é uma coisa sensacional. Tem a questão do chapéu branco, dos queijos, das caixas e de todos os outros elementos que são usados pra falar sobre poder, ganância, resistência, empoderamento e aceitação de uma minoria à margem da sociedade. Creio que teve muita gente que entendeu perfeitamente a mensagem, que aliás dá pra traçar paralelos com certos cenários atuais, mas não gostaram pois infelizmente se viram projetados na imagem do Surrupião, num filme que a gente vai ver com a expectativa de trazer de volta a inocência da juventude.
Um filme feito na Argentina, mas que se fosse feito na China ou na minha rua, surtiria o mesmo efeito. Os monólogos representam uma fase, a fase dos questionamentos, das inquietações e dos desejos. É, talvez, o retrato de uma geração. Quero entrar nesse filme, montar minha barraquinha e viver nele pra sempre! ♥
Uma direção de arte tão boa que roubou o protagonismo da personagem que deu o nome ao livro. A ideia de ambientar a história em um teatro é uma metáfora bem interessante de ser trabalhada, o problema é que o enredo talvez tenha passado bastante batido e confuso pra quem não chegou a ler o romance. Não gostei da forma com que foi trabalhada o papel do Lievin, um dos personagens mais complexos — se não o mais complexo — do Tolstói.
Eu já tinha lido, e fui descobrir o filme muito tempo depois. Uma explosão de nostalgia, principalmente por ser bem fiel ao livro. Bom lembrar que se trata de uma história alternativa direcionada pro público infantil.
Boi Neon
3.6 459 Assista AgoraNão achei as cenas de nudez e sexo desnecessárias, não me incomodei com o trato com os animais e eu não me incomodaria com o final abrupto se a forma com que o filme ia sendo conduzido o justificasse.
A premissa do filme é muito interessante, mas ela passa longe de ser desenvolvida de alguma forma e o filme acaba sendo resumido totalmente a sinopse aqui do site. A inversão dos papéis de gênero seria um ponto ótimo se fosse melhor trabalhada, mas acaba sendo só um apanhado de ideias não finalizadas e completamente inverossímeis. Não tenho como considerar esse filme revolucionário porque não o vejo chegando aos olhos de moradores do interior do nordeste, que vivem a realidade das vaquejadas e de outras situações que foram de alguma forma tratadas no filme. E ainda que chegasse, creio que o carácter quase experimental que Gabriel Mascaro imprega aqui impediria qualquer chance de mudar o cenário atual da região, mas essa nem deve ter sido mesmo a pretensão.
Valeu pelas boas risadas que os momentos cômicos me proporcionaram, pela Cacá, que lembra as minhas primas e pela Maeve Jinkings, atriz que gosto muito.
Passa longe da qualidade de outros filmes do novo cinema pernambucano, mas eu não descarto a possibilidade de um dia revê-lo, tirar novas impressões e acabar gostando.
Cidade dos Sonhos
4.2 1,7K Assista AgoraDonnie Darko e Cidade dos Sonhos são meus dois filmes preferidos. Ambos lançados em 2001, que possuem um enredo extremamente complexo e uma variedade grande de gêneros inseridos no roteiro (sensacional sentir medo, paixão, vontade de chorar e de rir no mesmo filme).
Mas existe um ponto em que ambos se tornam antagonistas, uma particularidade de cada filme que faz com que ele seja meu favorito: vendo Donnie Darko eu tenho esperança. Existe um personagem (com o qual me identifico bastante) que tem a possibilidade de ser protagonista da própria história, de se tornar um herói e conseguir a redenção. Já em Cidade dos Sonhos
eu só consigo ter medo do futuro. O destino da Betty/Diane (personagem com o qual também me identifico) é sucumbir diante da própria mediocridade e ter como único refúgio os delírios e fantasias.
Nesse ponto Cidade dos Sonhos parece tecer um retrato bem mais próximo da realidade. Logo, nem preciso dizer com qual filme eu prefiro me apegar mais.
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraConsiderando o que se passou em Cannes e toda a onda de raiva, rancor e irracionalidade que foi despertada em algumas pessoas, temos que dizer que esse filme se tornou sim essencialmente político, talvez mais do que o planejado pelo diretor. Não tem como desconsiderar o diálogo forte que esse filme faz com tudo o que está acontecendo com o Brasil (como já observaram muito bem aqui embaixo) e, principalmente, com as pessoas que jogaram contra esse filme toda a frustração que vinham cultivando a bastante tempo. Até porque elas estão lá representadas, mas infelizmente não vão se dar a oportunidade de se verem refletidas nesse espelho que é Aquarius.
Mas cada um resiste da sua forma. A minha, nesse caso específico, é recomendando pra todo mundo essa obra de arte. É dizendo que Aquarius é um filme realmente bom.
A Última Tentação de Cristo
4.0 296 Assista AgoraVi esse filme só pra tentar criar uma analogia com Donnie Darko, onde ele é meio que citado.
O que mais me surpreendeu foi descobrir que é um filme que não agride nenhuma religião, não tem a pretensão de causar polêmica ou menosprezar algum ideal. Talvez eu tivesse esperado um filme com esse viés por ter visto Willem Dafoe (que foi de Cristo a Anticristo) e David Bowie (como Pôncio Pilatos!!!) no elenco.
Obra bem interessante do Scorsese, bastante diferente de tudo o que ele já dirigiu, aliás.
Limite
4.0 166 Assista AgoraEstranho ver gente dando meia estrela para um filme desses. Tudo bem que a narrativa é bem lenta e a história complicada de se entender se não for dedicada muita atenção, mas esse filme é um tesouro, e de 1931 ainda por cima. Sensacional ver em um filme nacional conceitos estéticos e narrativos que transformaram o cinema europeu e americano, e não tenho dúvidas de que influenciaria diversos outros filmes e criaria novas correntes se não tivesse ficado esquecido por tanto tempo. Ótimo o trabalho de restauração, contribuiu pra deixar ainda mais incrível a fotografia.
Sozinho Contra Todos
4.0 313Só sei dizer que foram 90 minutos de uma experiência única e que com certeza não se resumirá em um pequeno momento. É um filme que vai me acompanhar nos meus pensamentos e atos até o fim da minha vida. Uma experiência irreversível.
Obrigado Gaspar Noé. De novo.
Alsino e o Condor
3.2 4Dialoga bastante com O Sangue do Condor. Assim como o boliviano, mostra como os norte-americanos, que se consideravam uma raça superior, interferiram na política e na cultura dos povos latino-americanos.
A última cena deixa esse diálogo bem mais explícito, quando a população se vira contra os soldados e o protagonista ergue a arma.
Meninos Lobo
3.7 8Filme perturbador, repugnante, triste e bastante difícil de ser encontrado na internet.
O título faz referência ao modo de vida animalesco ao qual as crianças tiveram que se submeter. A todo momento surgem novas crianças, que se perdem, se separam e encontram outras pelo caminho, como numa alcateia.
A forma com que elas tiveram que se tornar precocemente maturas e o pouco significado que a vida ganha dói.
Um filme que poderia servir para mostrar ao povo alemão (e europeus em geral) que eles já passaram pelas mesmas dificuldades que outros povos estão passando agora.
São Paulo Sociedade Anônima
4.2 172Chega a ser absurda a semelhança entre Eva Wilma nesse filme com a Audrey Hepburn.
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista AgoraNão é um filme pra quem gosta de um roteiro bem mastigado, com tudo bem explicadinho. Até porque eu li o livro 2001 antes de ver o filme e ainda assim não absorvi tudo o que Kubrick e Arthur C. Clarke quiseram passar. Aliás, eu recomendo demais a leitura do livro. O livro e o filme foram feitos juntos, com um sendo complemento para o outro. São obras diferentes, porém igualmente extraordinárias.
O clima do filme é lento para quem não está acostumado com este ritmo no cinema, mas eu pelo menos senti o tempo passar muito rápido. Acho que cada segundo usado é de extrema importância pra história.
A trilha sonora é outra coisa incrível. Se encaixa perfeitamente com as cenas lentas e com os efeitos especiais.
E um detalhe que me fascina muito: é de 1968. Ver o filme com essa informação torna tudo muito mais grandioso do que já é. Kubrick é um gênio.
O Profissional
4.3 2,2K Assista AgoraDescobri esse filme maravilhoso graças a música 'Matilda', do Alt-J, que é baseada no filme. Recomendo demais que vocês ouçam, serve como complemento.
Amizade Desfeita
2.8 1,1K Assista AgoraConselho: quando surgir o símbolo da Universal, irão aparecer alguns defeitos na imagem, mas não é problema com o vídeo em si, é coisa do filme mesmo e é um elemento muito importante pra "filmagem".
Fui desavisado e acabei apagando o arquivo e indo atrás de outro. Creio que eu não tenha sido o único trouxa. Espero muito quê.
O formato é bem diferente de tudo o que eu já vi, o que faz com que o enredo entretenha muito. Como muita gente já disse, ver pelo computador deixa a experiência ainda melhor. Recomendo também fones de ouvido e um quarto escuro.
Vi o pessoal falando sobre o The Den, que eu não conhecia e parece ser ainda melhor. Acho que vou conferir.
Mommy
4.3 1,2K Assista AgoraAcho que o filme não é sobre o Steve. Nem sobre TDAH ou pessoas com TDAH, como eu pensei que seria.
O tema do filme é tão explícito que até achei meio estranho a ficha ter demorado pra cair aqui. O nome do filme é Mommy. O filme começa falando que aquela era a história de Diane (Die) Després. O filme termina com Born to Die, que eu ia achando a escolha de música mais absurda e aleatória da história do cinema até sacar o Die. A Die. Born to Die.
O filme, na minha opinião, é sobre a mãe. Sobre mães, numa ideia mais abrangente. E não existe no mundo pessoa melhor que o Xavier Dolan pra explorar esse tema, vide Eu Matei Minha Mãe.
Pelo que eu li, algumas vezes a câmera se abriu pra 16:9, mas eu só fui perceber NAQUELA cena que representa uma das coisas mais bonitas que eu já vi. E o que sucedeu depois foi uma das coisas mais tristes, levando em conta que era tudo uma fantasia bastante subjetiva daquela mãe.
E eu não sei mais o que dizer. É um filme muito difícil e ainda tenho muito o que processar.
Mas é um filme que precisa ser visto por todos, disso eu não tenho dúvidas.
Linha de Passe
3.7 167 Assista AgoraNão conheço nenhum outro filme que represente tão bem a zona leste de São Paulo quanto este filme representou. A mãe solo, a falta de oportunidades, a violência enraizada na sociedade, o refugio no futebol. Uma pena que esteja tão atual, ainda que não seja de muito tempo atrás.
A ideia de desenvolver a história contada de mês a mês no ano do rebaixamento do Corinthians deixa o final não tão em aberto, na minha opinião.
Morte em Veneza
4.0 210 Assista AgoraEsse filme é a pura arte se manifestando intensamente.
A trilha sonora, o figurino, o cenário e as escolhas de personagem levaram pra tela a mesma atmosfera do livro com perfeição.
A única falha do filme ao meu ver foi não existir a mão sutil que Thomas Mann teve ao retratar o amor platônico no seu sentido mais exato. No filme as encaradas entre Aschenbach e Tadzio são bastante insinuantes, pegou muito pro lado de Lolita.
Mas como eu disse, a atmosfera é perfeita. O colorido do filme cedendo às chamas em Veneza conforme
a cólera ia se alastrando, matando a população e afugentando os turistas
As atuações, no contexto que o filme propôs, são espetaculares.
O filme é uma das coisas mais bonitas que eu já vi.
"You must never smile like that. You must never smile like that at anyone.
I love you."
Avatar
3.6 4,5K Assista AgoraNão é um filme ruim como eu pensava que seria pelo que li. Os efeitos visuais são realmente espetaculares e o enredo não é nada horrível.
Tem o problema daquele clichê de o
homem colonizador se apaixonar pela nativa e em algum momento da história ser o Salvador.
Mas existe uma relação criada com Pandora e o extermínio de povos indígenas do continente americano, assim como a exploração da fauna e da flora, e de certa forma o filme cria uma reflexão, logo não é puro lixo de entretenimento.
Com certeza daria pra utilizar todos esses recursos tecnológicos e aplicar em um enredo melhor, que seguisse as mesmas problemáticas, como por exemplo fazer uma versão de Atlantis: The Lost Empire, da Disney. Seria meu filme favorito da vida.
Mas vale conferir Avatar. Já tem o seu espaço na história do cinema.
Fale com Ela
4.2 1,0K Assista AgoraFica mais fácil humanizar um criminoso quando somos apresentados ao seu cotidiano, quando sabemos suas implicações e conhecemos sua personalidade mais a fundo. Foi o que Almodóvar fez aqui. Foi também o que Nabokov fez com Humbert Humbert, em Lolita.
Mas é um pouco assustador ver pessoas enxergando amor nessa história. O Benigno não amava a Alícia, isso ficou muito claro, pelo menos pra mim. Como já disseram aqui, a história não é sobre amor. Sobre amizade talvez, mas da parte do Marco.
É uma história sobre obsessão, além de mostrar o quanto estamos acostumados a ver um único lado de uma história. Um enredo sobre compaixão. Sobre entender, mas não aceitar.
O Conto da Princesa Kaguya
4.4 802 Assista AgoraAinda estou juntando os cacos do meu coração com todo esse conjunto de cenas e trilha sonora espetaculares, que me passaram um sentimento que não vou conseguir transmitir em palavras. Olho pro teclado do meu PC... e não sei mais o que dizer... só sentir.
Os Boxtrolls
3.6 296 Assista AgoraA crítica social que esse filme usa através de metáforas é uma coisa sensacional. Tem a questão do chapéu branco, dos queijos, das caixas e de todos os outros elementos que são usados pra falar sobre poder, ganância, resistência, empoderamento e aceitação de uma minoria à margem da sociedade.
Creio que teve muita gente que entendeu perfeitamente a mensagem, que aliás dá pra traçar paralelos com certos cenários atuais, mas não gostaram pois infelizmente se viram projetados na imagem do Surrupião, num filme que a gente vai ver com a expectativa de trazer de volta a inocência da juventude.
Glue
3.5 63Um filme feito na Argentina, mas que se fosse feito na China ou na minha rua, surtiria o mesmo efeito. Os monólogos representam uma fase, a fase dos questionamentos, das inquietações e dos desejos. É, talvez, o retrato de uma geração.
Quero entrar nesse filme, montar minha barraquinha e viver nele pra sempre! ♥
Kill Bill: Volume 1
4.2 2,3K Assista AgoraA classificação indicativa é 18 anos?
Não importa, os meus filhos vão crescer vendo esse filme.
Anna Karenina
3.7 1,2K Assista AgoraUma direção de arte tão boa que roubou o protagonismo da personagem que deu o nome ao livro.
A ideia de ambientar a história em um teatro é uma metáfora bem interessante de ser trabalhada, o problema é que o enredo talvez tenha passado bastante batido e confuso pra quem não chegou a ler o romance. Não gostei da forma com que foi trabalhada o papel do Lievin, um dos personagens mais complexos — se não o mais complexo — do Tolstói.
Versos de um Crime
3.6 666 Assista AgoraA parte que eles trocam o primeiro exemplar de Hamlet e a Bíblia de Gutenberg por Ulysses e O Amante de Lady Chatterley valeu pelo filme todo.
Cruzada - Uma Jornada Através do Tempo
2.7 17Eu já tinha lido, e fui descobrir o filme muito tempo depois. Uma explosão de nostalgia, principalmente por ser bem fiel ao livro. Bom lembrar que se trata de uma história alternativa direcionada pro público infantil.