muito talento na atuação desperdiçado em um filme com um roteiro tão forçosamente indigesto. me incomoda muito a agressividade gratuita de malcolm reforçando vários estereótipos babacas do homem negro que a gente tá cansada de ver. por essa razão, me estranha ver diretores brancos (com a filmografia que este diretor, em particular, tem) optar por colocar atores negros em um momento que os debates raciais no cinema (e na arte em geral) têm estado constantemente presente. esse é um ponto. outro ponto que me causa incômodo é a escolha na questão estética, a tentativa de se aproximar da estética noir, com jazz, preto e branco, cigarro e whisky. forçosa. desconexa. o resultado ficou mais parecendo um comercial de perfume do que algo que dialogisasse com o espectador. a escolha estética também me faz refletir outra vez na escolha de atores negros. parece que é o uso da imagem, pelo uso da imagem e só. e isso me incomoda profundamente, em um momento que diretores negros são poucos ainda em questão de produção viabilizada (mesmo nos EUA). faço valer as reflexões de bell hooks quanto ao uso da imagem do negro no entretenimento, quando ela diz que estão usando nossos rostos, mas não estão se quer prestando atenção no que conhecemos, no que produzimos, no que criamos.
esse filme me fez lembrar muito da saga romantizada de dramaturga e atriz, em Frances Ha. ser artista e ser negro dentro desse mundo das artes é se deparar com diversas "catracas" da vida. um retrato real, honesto e divertido do que é ser uma mulher negra, artista e mais velha.
muito talento na atuação desperdiçado em um filme com um roteiro tão forçosamente indigesto. me incomoda muito a agressividade gratuita de malcolm reforçando vários estereótipos babacas do homem negro que a gente tá cansada de ver. por essa razão, me estranha ver diretores brancos (com a filmografia que este diretor, em particular, tem) optar por colocar atores negros em um momento que os debates raciais no cinema (e na arte em geral) têm estado constantemente presente. esse é um ponto. outro ponto que me causa incômodo é a escolha na questão estética, a tentativa de se aproximar da estética noir, com jazz, preto e branco, cigarro e whisky. forçosa. desconexa. o resultado ficou mais parecendo um comercial de perfume do que algo que dialogisasse com o espectador. a escolha estética também me faz refletir outra vez na escolha de atores negros. parece que é o uso da imagem, pelo uso da imagem e só. e isso me incomoda profundamente, em um momento que diretores negros são poucos ainda em questão de produção viabilizada (mesmo nos EUA). faço valer as reflexões de bell hooks quanto ao uso da imagem do negro no entretenimento, quando ela diz que estão usando nossos rostos, mas não estão se quer prestando atenção no que conhecemos, no que produzimos, no que criamos.