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Últimas opiniões enviadas

  • Vanessa Chanice Magalhães

    A REPRESENTAÇÃO PROBLEMÁTICA DA TRANSEXUALIDADE
    Quando se faz parte de um grupo marginalizado pela sociedade e totalmente invisibilizado pelas Artes do Entretimento, é de se imaginar a transformação social que uma obra assim tem o poder de causar entre as pessoas. E é justamente por conta desse poder de mudança que todo cuidado no tratamento do filme ainda é pouco. A representação somente pela representação pode fazer muito mais mal do que bem. Pode desinformar mais do que informar. Aumentar a ignorância de um povo ao invés de acabar com os preconceitos há muito enraizados.

    Aqui, vou me limitar apenas a discutir os aspectos técnicos do filme como o enredo e a atuação do Eddie Redmayne: enquanto muitos elogiaram o seu desempenho, o que eu vi foi uma caricatura estereotipada do feminino. Sua atuação parecia tão forçada que me tirava da imersão do cinema, me lembrava a todo instante que eu estava assistindo a uma representação da Lili. O olhar, especialmente, foi a minha maior fonte de incômodo. (Cheguei até a me questionar se ele estava interpretando uma personagem com tique nervoso, que toda vez que entrava em contato com a sua feminilidade, começava a piscar e arregalar os olhos. Concluí que foi apenas uma atuação ruim mesmo, onde foi decidido que ser mulher se resume a ter um olhar de louca).

    Sobre o enredo, foi perpetuado um falso conhecimento sobre a biografia das personagens e ainda mais danos foram causados em relação às questões da transexualidade - promovendo a manutenção da ignorância entre os espectadores menos familiarizados com o assunto.

    Inicialmente, Lili e Greta são completamente apaixonadas e possuem um casamento exemplar, sem nenhum problema conjugal e, especialmente, sexual. Fica claro que Lili, antes da sua transição, ama e sente muito desejo por sua esposa Greta. Entretanto, sem qualquer tipo de explicação maior, após o início da sua transição, Lili não só perde o interesse sexual por Greta, como só tem olhos para outros homens. Percebe o problema? Há uma total confusão e junção entre identidade de gênero e orientação sexual, como se fosse tudo uma coisa só e são tratadas de igual maneira ao longo da obra.

    Lili, enquanto vivia como homem na sociedade, sentia atrações por mulheres. Mas quando passou a viver como mulher, começou a gostar de homens. Simples assim e sem nenhum tipo maior de explicação. Esse é o nível de superficialidade da obra quando se tratando de assuntos tão delicados e é aí que mora o perigo desse tipo de "descuido".

    Para além dessas questões, o que mais me surpreendeu é que o filme é muito mais empenhado em mostrar como a esposa, Greta, lida com a transição do marido do que na experiência do marido em si. É muito mais importante nos encantarmos com a pessoa elevada, compreensiva e aceitadora que era Greta do que sermos tocados pela história pessoal da vida de Lili. Nesse contexto, Greta que é a verdadeira "garota Dinamarquesa" do filme e a verdadeira protagonista dessa história. É o seu amor o que mais nos emociona.

    Em suma, acredito que o principal defeito do filme está num roteiro mal elaborado e confuso, na falta de pesquisa histórica e no descuido com as questões transsexuais. Já nos outros aspectos em que o ele também foi indicado ao Oscar: Figurino, Design de Produção e Melhor Atriz Coadjuvante, eu acredito que o filme acerta nesses pontos e inclusive estou na torcida pela Alicia Vikander.

    Nota: 5/10
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  • Vanessa Chanice Magalhães

    Infelizmente filmes de luta não são o meu estilo preferido e devido à isso eu jamais assisti nenhum filme da série Rocky Balboa, sendo Creed a minha primeira experiência no universo dessas personagens.

    Como alguém que, portanto, não é fã da série e não tem os outros filmes como parâmetros, eu preciso dizer que fiquei extremamente surpresa com o quanto fui capaz de me encantar com o filme. Acredito que ele consegue ter apelo com qualquer público - seja você fã de carteirinha ou apenas alguém que caiu de paraquedas no cinema como eu.

    O importante sobre essa história é perceber como todas as personagens estão, de alguma forma, precisando superar um grande obstáculo pessoal. Rocky lida com a solidão da velhice e a notícia de uma doença severa; Bianca (par romântico de Creed) lida com seu amor e dom pela música e como eles serão afetado pela sua surdez progressiva e irreversível; Creed, por sua vez, lida com a responsabilidade de ser filho de uma grande lenda do box e com o peso que esse nome carrega enquanto ele percorre o seu próprio caminho para o sucesso.

    A interpretação de todo o elenco é sensacional e Michael B. Jordan não é ofuscado em momento algum pela brilhante atuação do Stallone. Eu adorei especialmente como a trilha sonora - desde o primeiro plano do filme - ajuda a compor o ambiente da história mesclando os elementos da black music com as músicas clássicas dos filmes de box.

    Em suma, é um filme que é impossível de não nos identificarmos, em algum momento, com as dificuldades enfrentadas pelas personagens e que injeta inspiração em todos os poros do nosso corpo. É um filme que cumpre absolutamente tudo aquilo a que se propõe e, para se decepcionar com essa obra, apenas não compreendendo qual era a sua proposta inicial.

    Nota: 6/10
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  • Vanessa Chanice Magalhães

    Que Tarantino tem uma fixação com a história dos negros qualquer um que assiste aos filmes dele já sabe, mas até que ponto ele não reproduz o racismo de forma danosa? Assistindo Os Oito Odiados, por mais fascinada que eu continue a ser pela execução impecável do seu filme (elenco perfeito, fotografia perfeita, roteiro perfeito...), eu não pude evitar me sentir incomodada com a forma que o negro e - principalmente - a mulher foi colocada no filme.

    Um dos argumentos "óbvios" e apresentado pelo Tarantino para a presença desse tratamento machista e racista entre as personagens é devido a época em que a história se passa. Entretanto, o diretor não tem essa preocupação em manter a fidedignidade da época em todos os aspectos do filme: muitas expressões e vocabulário utilizado pelas personagens são modernos e não era usados naquela época. Então porque essa seletividade? Porque adaptar os diálogos a para um entendimento moderno, mas permanecer palavras ofensivas como n****, entre outras expressões, de forma excessiva?

    Daisy Domergue é a personagem feminina desse filme. Ela é uma assassina procurada pelo governo com o valor de U$ 10 mil pela sua cabeça. Apesar de ser extremamente cativante com o público e de nós torcemos para que ela escape de alguma forma, o tratamento que ela recebe incomoda. Muitas vezes ela é praticamente um saco de pancada e a razão da conexão entre brancos e negros: a misoginia os conecta e faz com que superem suas diferenças em nome de um ódio maior em comum.

    E esses acontecimentos são sempre colocados de forma cômica, para provocar o riso no público e fazer piada da situação ao invés de promover uma crítica consciente. De qualquer forma, o filme promove a reflexão acerca do assunto e eu ainda não tenho uma opinião totalmente formada. Não concordo com o uso exacerbado das palavras ofensivas - uma vez ou outra pra pontuar uma situação mais agressiva ok, mas não há necessidade para sair cuspindo as palavras a cada sentença. Da mesma forma, não concordo que a Daisy seja usada para promover o riso às suas custas e nem que sofra nas cenas nojentas: coberta de sangue e restos mortais, em situações degradantes que nenhuma outra personagem sofre.

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Filmow
    Filmow

    Pessoal…

    O Oscar 2012 está chegando, e nós do Filmow resolvemos fazer um bolão para vocês usuários. E é claro que o vencedor não irá sair de mãos abanando, iremos dar um iPad 2 para o primeiro colocado.

    Então não perca essa chance, é só entrar na pagina do bolão, fazer o seu cadastro e já começar a dar os seus palpites.

    http://filmow.com/bolao-do-oscar/

    Participe e boa sorte.

  • Lucas Nakamura
    Lucas Nakamura

    me adiciona, por favor =]

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