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Últimas opiniões enviadas

  • Diego Mynssen

    Stephen King está em alta.

    É, eu sei que na verdade adaptações dos livros do autor nunca realmente saíram de moda, ganhando séries e filmes com uma frequência assustadora, mas um dos maiores mestres do terror não merecia menos. O remake de It foi um sucesso absoluto, só que nos últimos meses tivemos também a versão cinematográfica de A Torre Negra, e uma nova série de O Nevoeiro, ambos longe de alcançar a fama e qualidade do retorno do palhaço Pennywise. E entre esses altos e baixos, surge Jogo Perigoso (Gerald’s Game), a nova aposta da Netflix.

    Jogo Perigoso é uma proposta simples e mais direta ao ponto, ou pelo menos é o que ela dá a entender de cara. O filme se passa quase que totalmente dentro de um quarto, onde a protagonista, algemada na cama durante uma tentativa de brincadeira safadinha de casal que acabou dando muito errado, precisa sobreviver e arrumar um jeito de sair dessa situação. Mas o filme tem muito mais temas a serem discutidos do que isso, Jogo Perigoso é um filme sobre superação, traumas, problemas na relação, abuso infantil, relacionamento abusivo e sobre kobe beef, que custa 200 dólares a porção.

    A dinâmica da protagonista, sozinha e presa durante o filme (quase) todo é complicada de se acertar, mas o filme consegue pelo menos chegar perto disso. Existe o uso de flashbacks para explorar o passado e os traumas da personagem, mas na maior parte do tempo ela está ali no quarto presa, o que muda é a parte do sozinha.

    Existe a interação dela conversando com o “fantasma” do marido e com ela mesma, quase que em uma relação do capetinha e do anjinho, um em cada ombro. Com a diferença que os dois são só ela pirando mesmo. E ainda tem um cachorro ali, fazendo algo completamente repulsivo durante o filme, mas ele está lá. Além de uma aparição bizarra que também vai lá fazer companhia pra ela durante a noite. Esse quarto isolado é mais frequentado que o meu.

    Mas mesmo com tudo isso, a história ainda dá uma arrastada em alguns momentos, até porque nem todos os temas presentes no filme são tão bem explorados assim. E essa situação minimalista acaba adicionando uma dificuldade a mais pro próprio filme, já que você sempre vai estar analisando muito bem cada atitude tomada (ou não tomada), e os pequenos furos que você deixaria passar normalmente acabam ganhando um peso maior aqui. Eu mesmo ainda não estou muito confiante se a solução que ela achou para se hidratar realmente funcionaria, e você também vai fazer vários questionamentos desse tipo durante o filme. Aquela cama nem parece tão firme assim.

    A tensão existe de qualquer forma, e mesmo quando você estiver cansado do ritmo, ainda consegue te manter instigado para pelo menos saber como (ou se) ela vai sair dessa situação.

    Se muitos temas, possibilidades e teorias são levantados durante o filme, no final ele se torna bem expositivo, com uns bons minutos dedicados a explicar tudo que estava acontecendo. Explica até coisas que você talvez nem tenha percebido que estava acontecendo, e explica tanto que chega a te deixar confuso. Talvez você tenha que procurar a explicação da explicação depois de assistir. E se esses 15 minutos finais acabam seguindo uma direção um pouco decepcionante, os outros 15 minutos antes deles ainda compensam. E que fique que fique o aviso aqui, existe umas cenas visualmente fortes em Jogo Perigoso, com uma em especial que meu amigo, fez meu estômago dar uma revirada nervosa aqui. Vá preparado, e não é vergonha nenhuma desviar um pouco o olhar da tela as vezes.

    > Vale a pena assistir?

    Jogo Perigoso figura entre as boas adaptações do Stephen King. Tenso e abordando temas importantes, o filme pode dar uma arrastada aqui e uma tropeçada lá, além de não realmente precisar do que é feito nos minutos finais, mas ainda consegue entregar uma boa experiência. E por boa experiência quero dizer angustiante, aflitiva e até repulsiva em certos momentos, do jeito que você espera.

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  • Diego Mynssen

    Kingsman é uma franquia safada, e que consegue ser safada de um jeito bem legal. O primeiro filme pegou todo mundo de surpresa, você vai esperando mais um filme de espionagem qualquer, e de repente tá lá Colin Firth arrebentando uma galera na porrada, usando um guarda-chuva. Rebelde e sem vergonha nenhuma de todos os seus absurdos, Kingsman foi um sopro de criatividade no gênero. Uma guardachuvada na cara de criatividade. Então a sequência tinha a missão de manter esse espírito e também de manter o nível, expandindo o universo – e dessa vez sem a carta da surpresa do seu lado. E foi bem sucedido nisso? É, mais ou menos.

    Kingsman: O Círculo Dourado realmente expande o universo da franquia, introduzindo os Statesman, o braço americano da organização secreta, com chapéus de cowboy, armas desnecessariamente grandes, bebidas e todo o estilo “hell yeah” de vida, que foi uma ideia, pra mim, espetacular para uma sequência. O problema é, parece que pegaram todas as ideias que tinham e colocaram ali juntas, sem perder muito tempo em filtrar e desenvolver melhor elas.

    Uma forma deixar isso mais claro, é falando dos personagens. O Círculo Dourado tem os personagens principais do primeiro filme, mais alguns personagens ressuscitados do primeiro filme e também a volta de personagens pequenos do primeiro filme, que você não esperava ver de novo. Nisso você adiciona agora Channing Tatum, Pedro Pascal, Jeff Bridges, Julianne Moore, Halle Berry e mais alguns personagens menores. E Elton John, como ele mesmo. O resultado é um filme mais longo do que deveria, e que mesmo assim não consegue aproveitar nem metade do elenco. E ainda arrumaram espaço pra uma versão do Trump, abrindo a temporada de filmes onde a figura do presidente americano deixa de ser o cara que pilota o próprio avião, mata os bandidos, fala frases de efeito e salva o mundo, para um completo idiota que não tem ideia do que está fazendo. Já sinto saudades da versão antiga.

    Só que o charme do primeiro filme ainda está lá. É um charme reciclado, mas ainda funciona. Enquanto o filme vai empilhando ideias, junto com suas piadinhas e cenas de ação deliciosamente exageradas pra tentar manter o ritmo, é no ato final que ele se encontra, quando deixa boa parte do excesso de novidades e personagens de lado, conseguindo se focar em uma coisa só, como deveria ter feito desde o início, e fazendo isso bem. E ai meu amigo, é pura diversão. Nível “Elton John dando voadora na cara de vagabundo” de diversão. Não chega a existir um equivalente à cena da igreja do primeiro filme, mas chega quase lá. E com uma cena em um festival de música pra mostrar que ainda existe rebeldia na franquia.

    O Círculo Dourado é uma sequência que parece que teve mais entusiasmo no início da produção do que no processo de transformar todas as ideias em um filme mesmo. Mas a base construída pelo primeiro é sólida o suficiente pra mesmo uma versão mais morna continuar funcionando.

    > Vale a pena assistir?

    Kingsman: O Círculo Dourado cumpre o seu papel como uma boa expansão pra franquia, mesmo não sendo o seu melhor capítulo. Pode não conseguir entregar tanto quanto o primeiro filme, mas o que ele entrega continua sendo divertido e totalmente sem vergonha. Sorte nossa.

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  • Diego Mynssen

    Paguei uma "dívida" antiga, finalmente assisti Blade Runner (sim, pra poder ver o novo, senão teria enrolado um pouco mais).

    Rapaz, que filme bonito. Mesmo se a versão for remasterizada, ainda é impressionante demais visualmente (versões remasterizadas de Star Wars são um nojo, por exemplo). Aquela tecnologia super avançada, mas que é antiquada pra cacete é legal demais. Tem Polaroid com 90k de resolução, mas não tem uma touch screen. Tem carro voando, robôs perfeitos, mas não tem uma lâmpada que ilumine direito. Muito bom.

    A trilha sonora também é do caralho, complementa muito bem a ambientação, surpreendente como continua atual. É estranho assistir quando tudo isso é tão familiar pra mim por causa de tudo que foi inspirado nele, mas deve ter sido um puta mindblow na época.

    E nossa, o barulho dos tiros nesse filme são MUITO altos, e sempre vem sem aviso, tá lá do nada o pessoal conversando e POWWWWWWWW, tomei cada sustão que puta merda.

    Algumas considerações sobre cenas específicas:

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Boa cena do mamilo também, aparece lá a mulher sem camisa, você sabe que ela está sem nada, mas a câmera fica ali, no limite, mais um centímetro pra baixo e você conseguiria ver, mas não, ela não desce. Porra, você sabe que está ali, você nem estava ligando, mas por causa disso você precisa ver, você torce pra câmera se descuidar por um momento pra você ver. Ela fica conversando e nada, muda de posição e nada, vai tomar banho e nada. Mas você precisa ver aquele mamilo, você não pode desistir dele assim. Até a hora que aparece, tu nem acredita, acha que foi impressão sua. Ai depois tem ele na tela por um bom tempo, livre, a sensação de vitória é indescritível. É cinema no seu melhor.

    A parte final é loucura total, ainda to tenteando entender parte do que acontece ali.

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    É chave de buceta, ai vai quebrar o pescoço do cara mas desiste na metade, dá só uma giradinha, puxa o nariz e volta pra dar piruleta. Depois o cara doidão ficando de cueca do nada, quebrando parede com a cabeça, sacando uma pomba branca. Excelente.

    Bom filme, mas achei que é daqueles casos onde o universo construído e o quão influente ele foi são mais interessantes do que a história do filme em si. Com certeza quero ver mais da franquia agora, hype pro novo subiu muito.

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