Douglas Furtado

Me surpreendi com esse filme. Apesar de ser uma comédia romântica e acabar se rendendo a certos clichês do gênero, o roteiro resolve por não forçar esses mesmos clichês à exaustão, como certos filmes fazem. Isso, porque o o filme se concentra em mostrar como a arte da composição de uma música, seja através de sua letra ou melodia, se aplicam na vida dos personagens.

O filme pode até ter um roteiro simples e em algumas ocasiões cenas totalmente água com açúcar, mas o que importa é que ele traz a magia da infância. O filme nos transporta para momentos do qual só quem já foi criança já passou, ou seja todos nós cinéfilos.

I origins é um filme para assistir e depois ir digerindo ele como se fosse um vinho de ideias. As reflexões que podem ser extraídas desse filme é múltiplas, de possibilidades extremas. O filme explora essa dualidade entre ciência e Deus, mas não senti uma certa força em apresentar uma conclusão absoluta. Independente de se acreditar em Deus ou não, o filme apresenta apenas algumas possiblidades, que no final devem ser debatidas e refletidas. E o final ao som do Radiohead é muito foda. Filme excelente!