Um drama tão intenso que até o clima está gélido demais para que o corpo do irmão do Lee seja enterrado, ficando em inércia enquanto a história se movimenta até culminar na conclusão resignada de que, no final das contas, a vida continua.
Denzel Washington tinha todos os recursos proporcionados pelo cinema pra fazer essa adaptação da peça do August Wilson excelente, mas ele decidiu manter o ritmo do teatro e proporcionar o telespectador com diálogos sem fim, fazendo pouco uso do ambiente para transmitir as emoções dos personagens, do silêncio, dos olhares, etc. No final, restaram as atuações por si só para nos impressionarem, e é aí que o filme não falha, merecendo destaque para a discussão entre o Troy e a Rose no quintal da casa na segunda metade do filme, um espetáculo de atuação que me fez reassistir a cena e ir atrás do texto original da peça em que o filme foi baseado.
No quesito adaptação de uma peça pros cinemas, o diretor de Moonlight soube usar todos os recursos que a sétima arte oferece, iluminação, câmeras, fotografias, o silêncio dos personagens, etc. Diferente de Fences, que embora seja bom, tropeça nos diálogos sem fim, característicos do teatro, e poucas fezes usa o ambiente para transmitir frustrações, incertezas ou celebrações. Em Moonlight, os atores que interpretaram o Chiron conseguiram manter o mesmo olhar vazio nas três partes do filme, ou talvez olhar de desespero por não poderem simplesmente ser quem são num ambiente hostil onde o mais seguro é jogar uma cortina branca em cima dos próprios desejos e escondê-los. Longe dos clichês, até no final ambíguo que agradou alguns e frustrou outros, Moonlight me fez questionar qual é o meu papel como transformador social e o que eu posso fazer para evitar que outras crianças se tornem adultos com sentimentos reprimidos, sentimentos que um dia podem acabar explodindo no lugar errado, com a pessoa errada e na situação errada.
Eu assisti ontem e hoje na livraria na parte de teatro encontrei a peça que inspirou o filme e fui parar na parte da discussão entre os dois e só posso dizer que os dois fizeram um trabalho de atuação maravilhoso no filme.
O documentário é magnífico no sentido de fazer um convite à reflexão, mas me deixou profundamente triste e frustrado com a falta de empatia das pessoas.
Eu achei interessante que muita gente tenha visto o Babadook como a depressão ao invés de vê-lo como o sentimento de negação da perda de uma pessoa amada, que já perdura por sete anos, como comenta a irmã da protagonista.
Ela isolou as coisas do marido no porão e, sempre que alguém comentava sobre a morte do marido ou mencionasse algo que levasse a esse assunto, ela ficava instável. No entanto, como afirma o próprio Babadook, quanto mais ela rejeitasse a ideia da perda e vivesse essa não aceitação, mais forte o Babadook ficaria, crescendo por debaixo da pele e vindo de dentro pra fora.
No final, ela aprende, finalmente, a lidar com a perda e enfim ela começa a viver com a dor "amigavelmente", tanto que depois quando o filho comenta sobre a morte do pai para os assistentes sociais, a mãe apenas ri e continua a conversa.
Eu acho que nunca vou entender os haters. O livro não é bem escrito e a história é simples (li o primeiro livro para chegar a essa conclusão ao invés de me basear em coisas que vi e ouvi falar). O filme é okay. Dá para passar o tempo e rir um pouco. Não gostou? Então siga em frente. Escrever comentários grosseiros sobre o filme e sobre quem o assiste, como por exemplo chamar as mulheres que o assistem de "mal comidas" como li em alguns comentários, não te fazem uma pessoa mais inteligente, um cara mais culto ou um sujeito superior aos outros por você acreditar que seu gosto é mais refinado que o gosto alheio.
Em alguns momentos sinto que essa vontade desesperadora de julgar e ser rude é uma forma de tentar se autoafirmar, de tentar dizer "olha sou mais inteligente que você baseado nos nossos gostos ou pelo menos quero tentar acreditar nisso". No cinema, enquanto assistia o filme, uma menina atrás de mim passou o tempo inteiro fazendo comentários desnecessários sobre a história como que se estivesse tentando fazer com que os outros soubessem que ela leu o livro. "Okay, já entendi que você veio para o cinema já sabendo a história porque você leu o livro, mas isso não te faz melhor do que ninguém".
De um lado, a menina que parecia se gabar porque leu o livro antes de assistir o filme. Do outro, os haters tentando provar para si mesmos que são de alguma forma "melhor que os outros" através de comentários grosseiros na internet. Enfim, uma disputa pra ver quem melhor consegue passar a imagem de "inteligente" ou a aparência de cult.
Não gostou? Diga os motivos, tenha discussões saudáveis, etc. Gosto é que nem cu, um dia já disse o poeta. Não é ofendendo ninguém que você vai sustentar suas ideias. Para os incontáveis haters com necessidade constante de autoafirmação (e que continuam sua jornada de ofensas que os fazem se sentir melhores - pelo menos nas suas cabeças), deixo o recado: get a grip, get a life and get over it.
Pra quem se desapega da Bíblia e vai assistir numa boa, é realmente bom. E o fato de o mar ter secado ao invés de ter simplesmente se aberto só fez com que a história parecesse mais verossímil para mim.
Nossa, que filme porrada, mas que angústia, caramba. Será que The Great Beauty é assim tão superior a The Hunt p/ ter ganhado o Oscar de melhor filme estrangeiro?
"I guess when you're young, you just believe there will be many people with whom you'll connect with, and later in life, you realize it only happens a few times."
"If there's any kind of magic in this world... It must be in the attempt of understanding someone, sharing something. I know it's almost impossible to succeed... but who cares, really? The answer must be in the attempt."
Um filme que trata sobre a realidade de hoje tão respaldada na violência, tanto a violência física quanto a psicológica. Dá pra sair refletir sobre o que nós nos tornamos ou podemos nos tornar. É um filme excelente. Termina na tela, mas continua no telespectador por um bom tempo.
Estrelas Além do Tempo
4.3 1,5K Assista AgoraUm elenco espetacular e histórias inspiradoras.
Manchester à Beira-Mar
3.8 1,4K Assista AgoraUm drama tão intenso que até o clima está gélido demais para que o corpo do irmão do Lee seja enterrado, ficando em inércia enquanto a história se movimenta até culminar na conclusão resignada de que, no final das contas, a vida continua.
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraDenzel Washington tinha todos os recursos proporcionados pelo cinema pra fazer essa adaptação da peça do August Wilson excelente, mas ele decidiu manter o ritmo do teatro e proporcionar o telespectador com diálogos sem fim, fazendo pouco uso do ambiente para transmitir as emoções dos personagens, do silêncio, dos olhares, etc. No final, restaram as atuações por si só para nos impressionarem, e é aí que o filme não falha, merecendo destaque para a discussão entre o Troy e a Rose no quintal da casa na segunda metade do filme, um espetáculo de atuação que me fez reassistir a cena e ir atrás do texto original da peça em que o filme foi baseado.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraNo quesito adaptação de uma peça pros cinemas, o diretor de Moonlight soube usar todos os recursos que a sétima arte oferece, iluminação, câmeras, fotografias, o silêncio dos personagens, etc. Diferente de Fences, que embora seja bom, tropeça nos diálogos sem fim, característicos do teatro, e poucas fezes usa o ambiente para transmitir frustrações, incertezas ou celebrações.
Em Moonlight, os atores que interpretaram o Chiron conseguiram manter o mesmo olhar vazio nas três partes do filme, ou talvez olhar de desespero por não poderem simplesmente ser quem são num ambiente hostil onde o mais seguro é jogar uma cortina branca em cima dos próprios desejos e escondê-los.
Longe dos clichês, até no final ambíguo que agradou alguns e frustrou outros, Moonlight me fez questionar qual é o meu papel como transformador social e o que eu posso fazer para evitar que outras crianças se tornem adultos com sentimentos reprimidos, sentimentos que um dia podem acabar explodindo no lugar errado, com a pessoa errada e na situação errada.
Moonlight: Sob a Luz do Luar
4.1 2,4K Assista AgoraUm abraço pode ser cem vezes mais intenso que um beijo.
Um Limite Entre Nós
3.8 1,1K Assista AgoraEu assisti ontem e hoje na livraria na parte de teatro encontrei a peça que inspirou o filme e fui parar na parte da discussão entre os dois e só posso dizer que os dois fizeram um trabalho de atuação maravilhoso no filme.
Those People
3.3 179Bem 'white people problems', mas dá pra passar o tempo numa tarde entediante de domingo.
The Hunting Ground
4.5 161O documentário é magnífico no sentido de fazer um convite à reflexão, mas me deixou profundamente triste e frustrado com a falta de empatia das pessoas.
O Babadook
3.5 2,0KEu achei interessante que muita gente tenha visto o Babadook como a depressão ao invés de vê-lo como o sentimento de negação da perda de uma pessoa amada, que já perdura por sete anos, como comenta a irmã da protagonista.
Ela isolou as coisas do marido no porão e, sempre que alguém comentava sobre a morte do marido ou mencionasse algo que levasse a esse assunto, ela ficava instável. No entanto, como afirma o próprio Babadook, quanto mais ela rejeitasse a ideia da perda e vivesse essa não aceitação, mais forte o Babadook ficaria, crescendo por debaixo da pele e vindo de dentro pra fora.
No final, ela aprende, finalmente, a lidar com a perda e enfim ela começa a viver com a dor "amigavelmente", tanto que depois quando o filho comenta sobre a morte do pai para os assistentes sociais, a mãe apenas ri e continua a conversa.
Exorcistas do Vaticano
2.0 413 Assista AgoraAos quinze minutos de filme eu já queria ir embora, mas não saí pois meu namorado insistiu em continuar assistindo. Não recomendo.
Cinquenta Tons de Cinza
2.2 3,3K Assista AgoraEu acho que nunca vou entender os haters. O livro não é bem escrito e a história é simples (li o primeiro livro para chegar a essa conclusão ao invés de me basear em coisas que vi e ouvi falar). O filme é okay. Dá para passar o tempo e rir um pouco. Não gostou? Então siga em frente. Escrever comentários grosseiros sobre o filme e sobre quem o assiste, como por exemplo chamar as mulheres que o assistem de "mal comidas" como li em alguns comentários, não te fazem uma pessoa mais inteligente, um cara mais culto ou um sujeito superior aos outros por você acreditar que seu gosto é mais refinado que o gosto alheio.
Em alguns momentos sinto que essa vontade desesperadora de julgar e ser rude é uma forma de tentar se autoafirmar, de tentar dizer "olha sou mais inteligente que você baseado nos nossos gostos ou pelo menos quero tentar acreditar nisso". No cinema, enquanto assistia o filme, uma menina atrás de mim passou o tempo inteiro fazendo comentários desnecessários sobre a história como que se estivesse tentando fazer com que os outros soubessem que ela leu o livro. "Okay, já entendi que você veio para o cinema já sabendo a história porque você leu o livro, mas isso não te faz melhor do que ninguém".
De um lado, a menina que parecia se gabar porque leu o livro antes de assistir o filme. Do outro, os haters tentando provar para si mesmos que são de alguma forma "melhor que os outros" através de comentários grosseiros na internet. Enfim, uma disputa pra ver quem melhor consegue passar a imagem de "inteligente" ou a aparência de cult.
Não gostou? Diga os motivos, tenha discussões saudáveis, etc. Gosto é que nem cu, um dia já disse o poeta. Não é ofendendo ninguém que você vai sustentar suas ideias. Para os incontáveis haters com necessidade constante de autoafirmação (e que continuam sua jornada de ofensas que os fazem se sentir melhores - pelo menos nas suas cabeças), deixo o recado: get a grip, get a life and get over it.
Êxodo: Deuses e Reis
3.1 1,2K Assista AgoraPra quem se desapega da Bíblia e vai assistir numa boa, é realmente bom. E o fato de o mar ter secado ao invés de ter simplesmente se aberto só fez com que a história parecesse mais verossímil para mim.
Lucy
3.3 3,3K Assista AgoraTime is the only unit of measurement :)
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraNossa, que filme porrada, mas que angústia, caramba. Será que The Great Beauty é assim tão superior a The Hunt p/ ter ganhado o Oscar de melhor filme estrangeiro?
Antes da Meia-Noite
4.2 1,5K Assista AgoraO amor só muda de forma, pelo visto.
Antes do Pôr-do-Sol
4.2 1,5K Assista Agora"I guess when you're young, you just believe there will be many people with whom you'll connect with, and later in life, you realize it only happens a few times."
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista Agora"If there's any kind of magic in this world... It must be in the attempt of understanding someone, sharing something. I know it's almost impossible to succeed... but who cares, really? The answer must be in the attempt."
A Hora Mais Escura
3.6 1,1K Assista AgoraExcelente, tava jurando que ia ser mais um filme inteiramente patriota, mas me enganei.
Amor
4.2 2,2K Assista AgoraSofri com tanta dose de realidade.
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraDesculpa você que estava do meu lado e não aguentava mais me ouvir cantando... ê, nem cantei, mas amei. Mais musicais no mundo, por favor.
Django Livre
4.4 5,8K Assista AgoraCorrendo pra baixar a trilha sonora.
O Impossível
4.1 3,1K Assista AgoraNaomi tá perfeita. Chorei do início ao fim. #lastimoso
Gonzaga: De Pai pra Filho
3.8 781 Assista AgoraSuperou todas as minhas expectativas, muito bom.
Em um Mundo Melhor
3.9 317Um filme que trata sobre a realidade de hoje tão respaldada na violência, tanto a violência física quanto a psicológica. Dá pra sair refletir sobre o que nós nos tornamos ou podemos nos tornar. É um filme excelente. Termina na tela, mas continua no telespectador por um bom tempo.