A trajetória daqueles que buscam, que persistem, que possuem receios, que erram, mas que principalmente são vulneráveis ao amor. A história de todos aqueles que possuem sorte.
Baseado num livro de memórias da própria Priscilla, Sofia Coppola decidiu fazer um filme que retratasse a vida de Priscilla com Elvis, com todos os altos e baixos. O que torna esse filme tão interessante para mim é que a crítica que a diretora faz sobre a "história de amor" dos dois é feita de uma forma mais contida e silenciosa, sem apelar para cenas melodramáticas que culminariam em uma crítica mais escrachada. Eu senti que foram nos pequenos detalhes que ela fez isso.
Alguns podem responder que foi um outro tempo, uma outra maneira que as pessoas se relacionavam, e por isso a questão sobre um adulto ficar com uma adolescente não deva ser tratada com "os olhos de hoje", por ser talvez anacrônica. Mesmo assim, o que a diretora faz é ainda mais inteligente, pois o seu ponto de vista está presente no filme inteiro: o amor idílico que Priscilla sente por Elvis está apenas em sua cabeça. A paixão, a fantasia e a idealização são coisas que existem apenas para Priscilla, que vê com Elvis a chance de um grande amor, o primeiro amor. Já para Elvis as coisas são diferentes: Priscilla é a parceira para deixar em casa e servir de enfeite, assim como as outras coisas caras que possui. É alguém para vestir, para comandar e para subjugar. É mais um objeto bonito. Ela está em uma posição de santuário tão grande que ele inclusive rejeita certas atividades sexuais com ela, ficando mais nas preliminares (mesmo com ele transando com várias mulheres enquanto isso). Para Elvis, Priscilla é uma boneca, e ele é o dono dela. Não interessa que ela tenha ambições e desejos de uma vida para além da sombra dele: para ele, o que importa é a dominação que tem sobre ela, dominação que exerce desde o começo do filme, por seduzir uma adolescente a partir de sua posição influente de celebridade: quando todo o mundo te trata como uma estrela pelo seu talento, suas atitudes de predador são vistas como secundárias.
a Gracie fala para a Elizabeth que ela é segura, dando a entender que todos os pensamentos que as pessoas têm sobre ela são equivocados: ela sabe da sua situação, das suas intenções, e principalmente, que nunca foi vítima do cenário entre ela e o Joe (como ela tenta fazer ele acreditar o contrário em uma cena). Por que, então, deveria ela se mudar da cidade? Para ela é claro: não é preciso, pois não há nada do que se envergonhar, tendo em vista que ela conseguiu o que queria e vive a vida de acordo com seus desejos, manipulando o marido, as filhas e as pessoas da vizinhança.
Outra cena sensacional, que corrobora com isso, é quando
Aquilo que ele imaginava ser uma liberdade (já que ele não era mais criminoso) não era uma liberdade de fato, já que as pessoas reunidas naquele bar não estavam livres: elas podiam fazer o que já faziam sem serem presas, mas continuava sendo uma forma de segregação, um lugar onde >>somente ali<< seriam livres para realizar os seus desejos (só que vem aquela parada filosófica de que se você está sempre realizando os seus desejos, você não é livre, e sim escravo deles), ou pelo menos seria o único lugar em que se sentiriam "felizes". Logo, para serem felizes, teriam que conviver naquele espaço de uma forma rotineira, pois, seguindo esse raciocínio, nenhuma felicidade poderia existir fora dali. Seria uma vida de sexo, mas sem algum contato maior. Hans, então, percebe isso. Ele adentra no dark room, vê o que está acontecendo e decide experimentar, apenas para perceber que era justamente o que ele fazia no começo do filme, sem mudar nada. Os homens ali continuariam querendo apenas sexo, com a diferença de que não seriam presos por isso. Por não ter mudado a situação do homossexual alemão, decide voltar para a cadeia.
A outra interpretação é a seguinte (não exclui totalmente a anterior, mas também pode ser pensada de uma forma distinta):
Hans continua se sentindo um criminoso. Depois de ter transado com o cara que ele encontrou no bar, decide voltar para a cadeia não porque a situação do sujeito homossexual não mudou, mas porque ele não consegue ver aquela vida sem um quê de devassidão. Sem o perigo, a emoção, não tem sentido fazer. Logo, quando ele faz, ele ainda sente como se a lei estivesse em vigor, e que ele deve voltar para a cadeia por isso.
O que me leva à uma outra coisa que eu apenas pensei agora:
Somente na cadeia que Hans consegue se aproximar de outros homens de uma forma mais íntima. Não é só Viktor que tem medo de sair da cadeia (afinal, a liberdade assusta), mas Hans também, pois apenas aquele lugar propiciou algo de bom para ele.
Enfim, achei excelente o filme. Muito inteligente.
Rahim, antes de devolver a bolsa com as moedas pensa em pagar a sua dívida, mas como não consegue, resolve apelar para uma situação que lhe dê "justiça". Ele conta com o apoio da população, que cai em histórias como a que ele contou. A moral voltada para o bom, o justo, aquele que é altruísta, que realiza boas ações, enfim, a moral "judaico-cristã", que Nietzsche tanto criticou. Há uma hipocrisia na sociedade: antes de realizar um ato "bom", pensamos antes no ato "ruim", no ato egoísta, naquilo que vai livrar a nossa pele, assim como Rahim. E não queremos ver nos outros aquilo que vemos em nós mesmos. Precisamos de "atos bons" nas mídias para que a fé no ser humano não seja infundada. Precisamos de pessoas boas para acreditarmos que há uma salvação.
Achei uma jogada de mestre do Farhadi mostrar todas as nuances do personagem ao longo do filme: para salvar a própria pele ele precisa mentir, no entanto dá para perceber que ele não quer mentir, mas é coagido pelas instituições, pela rede de TV, pelo taxista etc, para que a sua mentira tenha um pouco de verdade, e que esse pouco de verdade consiga salvar a sua pele e conquistar as pessoas, que vivem numa sociedade desigual e com uma moral falha. Assim como admiramos facilmente alguém que fez uma boa ação, somos facilmente levados a cancelar alguém por uma má. No final a verdade não importa, os fatos não importam: somente o que importa é o que nós acreditamos, e naquilo que queremos acreditar.
Dá pra pensar em mais coisas que o diretor propôs, inclusive a uma crítica sobre as leis do Irã, mas o comentário já tá longo demais e vou terminar aqui. Enfim, para mim, um filme sensacional.
a primeira vez que assisti a esse filme foi no ensino fundamental, não lembro se na terceira ou quarta série, mas foi um filme que me marcou bastante! no tempo achei lindo e algumas cenas permaneceram comigo, como a cena da coca-cola e da televisão. agradeço as minhas professoras por terem passado esse filme espetacular para a minha turma. agora que vi novamente, sinto que ainda é melhor! um ótimo filme, que todos deveriam assistir!
Que filme belo. É quase impossível terminar esse filme sem querer saber o que passou na cabeça da Eleanor, sem querer saber o ponto de vista dela. Acho que ter feito dois filmes "iguais" com perspectivas diferentes foi uma coisa muito inteligente do diretor! Assisti esse primeiro e já quero ver o "Her"!
Não gosto muito do Tim Burton, mas eu sempre tive muita vontade de ver esse filme. Daí, fui ver e me APAIXONEI pelo filme! Simples, genial e tocante. Muito bom!
Terminei de ver o filme e gente! Como assim esse filme tem uma nota TÃO baixa? Eu achei tudo muito bom, a fotografia impecável, o jogo de cores, a trilha sonora, britney spears, atrizes ótimas, uma ótima direção... Ai pra mim, o filme foi muito bom. Amei.
Esse filme é tão............... foda. Mistura suspense com ação e ainda tem aquela parte emocional, que você sente pela Hanna. E ainda tem a trilha sonora PERFEITA, que super combinou com o filme. E sério, a atuação da Saoirse Ronan e da Cate Blanchett foram perfeitas nesse filme.
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Os Amantes do Rio
4.1 24 Assista AgoraA trajetória daqueles que buscam, que persistem, que possuem receios, que erram, mas que principalmente são vulneráveis ao amor. A história de todos aqueles que possuem sorte.
Priscilla
3.4 156 Assista AgoraBaseado num livro de memórias da própria Priscilla, Sofia Coppola decidiu fazer um filme que retratasse a vida de Priscilla com Elvis, com todos os altos e baixos. O que torna esse filme tão interessante para mim é que a crítica que a diretora faz sobre a "história de amor" dos dois é feita de uma forma mais contida e silenciosa, sem apelar para cenas melodramáticas que culminariam em uma crítica mais escrachada. Eu senti que foram nos pequenos detalhes que ela fez isso.
Alguns podem responder que foi um outro tempo, uma outra maneira que as pessoas se relacionavam, e por isso a questão sobre um adulto ficar com uma adolescente não deva ser tratada com "os olhos de hoje", por ser talvez anacrônica. Mesmo assim, o que a diretora faz é ainda mais inteligente, pois o seu ponto de vista está presente no filme inteiro: o amor idílico que Priscilla sente por Elvis está apenas em sua cabeça. A paixão, a fantasia e a idealização são coisas que existem apenas para Priscilla, que vê com Elvis a chance de um grande amor, o primeiro amor. Já para Elvis as coisas são diferentes: Priscilla é a parceira para deixar em casa e servir de enfeite, assim como as outras coisas caras que possui. É alguém para vestir, para comandar e para subjugar. É mais um objeto bonito. Ela está em uma posição de santuário tão grande que ele inclusive rejeita certas atividades sexuais com ela, ficando mais nas preliminares (mesmo com ele transando com várias mulheres enquanto isso). Para Elvis, Priscilla é uma boneca, e ele é o dono dela. Não interessa que ela tenha ambições e desejos de uma vida para além da sombra dele: para ele, o que importa é a dominação que tem sobre ela, dominação que exerce desde o começo do filme, por seduzir uma adolescente a partir de sua posição influente de celebridade: quando todo o mundo te trata como uma estrela pelo seu talento, suas atitudes de predador são vistas como secundárias.
Segredos de um Escândalo
3.6 262 Assista AgoraPara mim, uma das cenas decisivas do filme é quando
a Gracie fala para a Elizabeth que ela é segura, dando a entender que todos os pensamentos que as pessoas têm sobre ela são equivocados: ela sabe da sua situação, das suas intenções, e principalmente, que nunca foi vítima do cenário entre ela e o Joe (como ela tenta fazer ele acreditar o contrário em uma cena). Por que, então, deveria ela se mudar da cidade? Para ela é claro: não é preciso, pois não há nada do que se envergonhar, tendo em vista que ela conseguiu o que queria e vive a vida de acordo com seus desejos, manipulando o marido, as filhas e as pessoas da vizinhança.
Outra cena sensacional, que corrobora com isso, é quando
ela vai caçar. Ali mostra sua consciência perante a vítima. É ela que segura a arma, e não o contrário.
Filme excepcional.
Great Freedom
4.1 56 Assista AgoraFiquei com duas impressões a partir do final:
Aquilo que ele imaginava ser uma liberdade (já que ele não era mais criminoso) não era uma liberdade de fato, já que as pessoas reunidas naquele bar não estavam livres: elas podiam fazer o que já faziam sem serem presas, mas continuava sendo uma forma de segregação, um lugar onde >>somente ali<< seriam livres para realizar os seus desejos (só que vem aquela parada filosófica de que se você está sempre realizando os seus desejos, você não é livre, e sim escravo deles), ou pelo menos seria o único lugar em que se sentiriam "felizes". Logo, para serem felizes, teriam que conviver naquele espaço de uma forma rotineira, pois, seguindo esse raciocínio, nenhuma felicidade poderia existir fora dali. Seria uma vida de sexo, mas sem algum contato maior. Hans, então, percebe isso. Ele adentra no dark room, vê o que está acontecendo e decide experimentar, apenas para perceber que era justamente o que ele fazia no começo do filme, sem mudar nada. Os homens ali continuariam querendo apenas sexo, com a diferença de que não seriam presos por isso. Por não ter mudado a situação do homossexual alemão, decide voltar para a cadeia.
A outra interpretação é a seguinte (não exclui totalmente a anterior, mas também pode ser pensada de uma forma distinta):
Hans continua se sentindo um criminoso. Depois de ter transado com o cara que ele encontrou no bar, decide voltar para a cadeia não porque a situação do sujeito homossexual não mudou, mas porque ele não consegue ver aquela vida sem um quê de devassidão. Sem o perigo, a emoção, não tem sentido fazer. Logo, quando ele faz, ele ainda sente como se a lei estivesse em vigor, e que ele deve voltar para a cadeia por isso.
O que me leva à uma outra coisa que eu apenas pensei agora:
Somente na cadeia que Hans consegue se aproximar de outros homens de uma forma mais íntima. Não é só Viktor que tem medo de sair da cadeia (afinal, a liberdade assusta), mas Hans também, pois apenas aquele lugar propiciou algo de bom para ele.
Enfim, achei excelente o filme. Muito inteligente.
Um Herói
3.9 54 Assista Agora"Um héroi" trata, na minha visão, do ato de performar que existe na sociedade, cuja moral está baseada nas aparências.
Rahim, antes de devolver a bolsa com as moedas pensa em pagar a sua dívida, mas como não consegue, resolve apelar para uma situação que lhe dê "justiça". Ele conta com o apoio da população, que cai em histórias como a que ele contou. A moral voltada para o bom, o justo, aquele que é altruísta, que realiza boas ações, enfim, a moral "judaico-cristã", que Nietzsche tanto criticou. Há uma hipocrisia na sociedade: antes de realizar um ato "bom", pensamos antes no ato "ruim", no ato egoísta, naquilo que vai livrar a nossa pele, assim como Rahim. E não queremos ver nos outros aquilo que vemos em nós mesmos. Precisamos de "atos bons" nas mídias para que a fé no ser humano não seja infundada. Precisamos de pessoas boas para acreditarmos que há uma salvação.
Achei uma jogada de mestre do Farhadi mostrar todas as nuances do personagem ao longo do filme: para salvar a própria pele ele precisa mentir, no entanto dá para perceber que ele não quer mentir, mas é coagido pelas instituições, pela rede de TV, pelo taxista etc, para que a sua mentira tenha um pouco de verdade, e que esse pouco de verdade consiga salvar a sua pele e conquistar as pessoas, que vivem numa sociedade desigual e com uma moral falha. Assim como admiramos facilmente alguém que fez uma boa ação, somos facilmente levados a cancelar alguém por uma má. No final a verdade não importa, os fatos não importam: somente o que importa é o que nós acreditamos, e naquilo que queremos acreditar.
Dá pra pensar em mais coisas que o diretor propôs, inclusive a uma crítica sobre as leis do Irã, mas o comentário já tá longo demais e vou terminar aqui. Enfim, para mim, um filme sensacional.
A Terra Vermelha
3.3 7 Assista AgoraComo que um filme bom desses tem uma nota tão baixa? Sensacional! Argentinos mostrando sempre como fazer um bom cinema.
Dor e Glória
4.2 619 Assista Agoraacho que de todos os filmes do almodóvar que vi, esse foi o que me pareceu mais íntimo... lindão...
Nenhum a Menos
4.2 105 Assista Agoraa primeira vez que assisti a esse filme foi no ensino fundamental, não lembro se na terceira ou quarta série, mas foi um filme que me marcou bastante! no tempo achei lindo e algumas cenas permaneceram comigo, como a cena da coca-cola e da televisão. agradeço as minhas professoras por terem passado esse filme espetacular para a minha turma. agora que vi novamente, sinto que ainda é melhor! um ótimo filme, que todos deveriam assistir!
Bruna Surfistinha
2.9 3,0K Assista Agorano fim ainda toca radiohead que hinooo
Não Estou Lá
3.9 497 Assista Agoraalguém mais notou a referência a masculino e feminino do godard? filme lindo, né :p <3
Coerência
4.1 1,3K Assista Agorafilhinho de christopher nolan e david lynch
Acorda, Nicole
3.2 13Acredito que quem gostou de Frances Ha vai gostar desse filme também!
Na Cadência do Amor
4.0 92Aquele momento final do filme, quando a tradutora não traduz mais, mas mesmo assim eles se entendem... Lindo.
Dois Lados do Amor - Ele
3.8 33Que filme belo. É quase impossível terminar esse filme sem querer saber o que passou na cabeça da Eleanor, sem querer saber o ponto de vista dela. Acho que ter feito dois filmes "iguais" com perspectivas diferentes foi uma coisa muito inteligente do diretor! Assisti esse primeiro e já quero ver o "Her"!
O Conto da Princesa Kaguya
4.4 802 Assista AgoraGente, que final mais triste ;__; </3 Uma das animações mais poéticas do Studio Ghibli e, definitivamente, uma das minhas preferidas!
Frankenweenie
3.8 1,5K Assista Agora"when there's beauty on the inside, the outside there's nothing to change" <3
Frankenweenie
3.8 1,5K Assista AgoraNão gosto muito do Tim Burton, mas eu sempre tive muita vontade de ver esse filme. Daí, fui ver e me APAIXONEI pelo filme! Simples, genial e tocante. Muito bom!
Grande Menina, Pequena Mulher
3.6 772 Assista AgoraGENTE QUE FILME FOFO! Não achava que fosse gostar tanto assim. Amei! <3
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraTerminei de ver o filme e gente! Como assim esse filme tem uma nota TÃO baixa? Eu achei tudo muito bom, a fotografia impecável, o jogo de cores, a trilha sonora, britney spears, atrizes ótimas, uma ótima direção... Ai pra mim, o filme foi muito bom. Amei.
Academia de Vampiros: O Beijo das Sombras
2.7 561 Assista AgoraPRECISO desse filme. Academia de Vampiros é a minha série favorita e ai, preciso desse filme.
Até a Eternidade
4.0 278Puta filme lindo!
O Sexo dos Anjos
3.8 73Perfeito, adorei!
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraO final desse filme é um tapa na cara. Maravilhoso!
Hanna
3.5 944 Assista AgoraEsse filme é tão............... foda. Mistura suspense com ação e ainda tem aquela parte emocional, que você sente pela Hanna. E ainda tem a trilha sonora PERFEITA, que super combinou com o filme. E sério, a atuação da Saoirse Ronan e da Cate Blanchett foram perfeitas nesse filme.