Flávia Torres Coutinho

Não acredito que vou dizer isso mas: eu gostei.
Tem que gostar de um bom non sense, mas nesse caso aqui até que tem algum sentido sim e não é tão extraordinário quanto pode parecer em determinado momento.
Explica pouco, mas isso pode ser uma boa coisa sim. Primeiro que da pra fazer outro filme com a história

. Segundo que dá um certo trabalho pra nossa cabeça, de se esforçar um pouco pra juntar as peças depois que o filme acaba (e eu acho isso legal).
No entanto, embora o filme “exija” um pouco da nossa inteligência na hora de juntar todas as peças e entender a lógica dos acontecimentos, ele ignora a nossa inteligência com aquele velho clichê de filmes do gênero, com as escolhas burras dos protagonistas. Francamente, se a bendita da Tess tivesse uma gota de bom senso naquela cabeça, o filme nem tinha acontecido. Odeio esses filmes que ficam se apoiando na ingenuidade inverossímil dos protagonistas, não dá.
Mas enfim, sendo bondosa e ignorando essa parte, que dava pra ser justificada de outras maneiras, o filme é legal e um bom entretenimento.

Hmmm… não é pra tanto também. É bom o filme, gostei de assistir e me emocionou. Porém tem vários poréns. Achei o roteiro meio raso, meio inverossímil, meio romântico.
Um grande cuidado que, na minha opinião, deveria ter sido tomado e não foi, é de não fazer parecer que os dois lados da briga são extremos e irracionais do mesmo jeito. Achei que trabalhou muito pouco e de maneira rasa a diferença que tem entre o extremismo branco e o extremismo negro. Enfim, perigoso isso. Tem muitas coisas a serem problematizadas nessa discussão que o filme propõe e que foram apresentadas de uma maneira meio (tô com medo de ser uma palavra forte mas) leviana.
De toda forma, o filme é bem dirigido, uns posicionamentos de câmera bem interessantes, atuações boas, especialmente a do Norton, claro. Vale a pena ser visto sim.

Sobre o documentário em si: cansativo, mas a ideia de explorar teorias é bem interessante e me faz refletir pra muito além do caso específico de que tratam. Para quem gosta de mistérios não solucionados, é legal sim!
Sobre o caso: TODAS as teorias são conspiratórias, porque não tem uma explicação provada. Não conseguiram provar nada, então tudo é hipótese. Vi nos comentários aqui várias pessoas falando que o documentário seria um desfavor aos familiares, mas tem literalmente vários familiares no documentário defendendo as teorias rs. Desfavor aos familiares é não investigar. Não tem NADA provado, então tem que ter investigação. E basicamente toda investigação funciona levantando hipóteses.
De toda forma, faz a gente pensar muito sobre como tudo é muito mais vigiado do que a gente imagina, o que só faz ficar ainda mais bizarro não terem encontrado uma explicação. Assumir que foi o piloto seria concluir que ele cometeu um crime perfeito, e eu, particularmente, não acredito em crime perfeito.