Tenho uma queda por este filme! O que mais gosto nele é a trilha sonora 'erótica'. Explica-se: nos momentos em que Jerry seduz suas vítimas, sempre há uma música envolvente, sedutora que garante a atmosfera de 'perigo irresistível'. Os efeitos especiais quase que se limitam na maquiagem tosca, mas isso não incomoda, pois se virmos o filme com os olhos da década de 80, toda aquela nojeira trash faz sentido e, o que é melhor ainda, consegue divertir à beça. "Bem-vindos à Hora do Espanto... de verdade!" Essa frase se tornou marca registrada do filme e foi reciclada tanto na sequência como no remake.
Fico pensando em como seria um remake "de verdade" deste filme com a Jessica Lange no papel da Sra. Voohrees: ficaria extraordinário! Talento e 'insanidade' ela já demonstrou ter de sobra em AHS!
O primeiro foi feito para assustar, este foi feito para rir. É bem trash, mas achei muito divertido. A "família monstro" está uma caricatura do que foram no primeiro filme, mas isto até que ficou legal, levando em conta o tom de humor negro e de insanidade cômica propostos.
Sobre Isabelle Fuhrman neste filme: assustadoramente talentosa, tanto no seu aparente carisma quanto na revelação gradual de sua verdadeira identidade. O que mais me agradou é que o filme não ficou retido apenas na história de mais uma criança demoníaca para a abarrotada galeria do cinema, enquanto a família é mera figurante: aos poucos vão sendo mostrados aspectos psicológicos da família adotiva, dramas mal resolvidos como alcoolismo e infidelidade. A órfã mostra sua malignidade principalmente ao reabrir as feridas antigas da família, a fim de destruí-la e levá-la à loucura. Cena predileta? O clímax no lago de gelo.
Percebe-se que é um daqueles filmes de baixo orçamento, mas isto não impediu Tobe Hooper de dar vida a um dos maiores clássicos do terror. Ainda que não possua cenas de violência explícita (se comparado, por exemplo, às centenas de filmes trash que surgiriam alguns anos depois), "O massacre da serra elétrica" é incrivelmente intenso nas sequências de perseguição, nas cenas de tortura psicológica e na própria atmosfera 'amadora' de documentário em algumas partes. Foi um alívio ver este filme e constatar o quanto ele é bem-feito e assustador , já que eu vi o remake de 2003 primeiro e não gostei; bom saber que este é um daqueles casos frequentes em que o original é muito superior à refilmagem.
Palhaços assassinos vêm do espaço em naves que têm o formato de tenda de circo, atiram nas pessoas com armas cuja munição é pipoca, prendem as pessoas em casulos de algodão-doce e só podem ser mortos se tiverem seus narizes vermelhos destruídos... Esta é basicamente a “mitologia” desse filme absurdo, tosco, mas inegavelmente hilário.
Um filme sublime, daqueles que cativam pela simplicidade da história combinada com a profundidade da abordagem. Fez-me lembrar de "A menina que roubava livros", pois em ambos os casos os protagonistas são crianças unidas por vínculos de amizade, cuja ingenuidade não lhes permitiu ainda compreender a dimensão e o significado de um dos períodos mais tristes da História: o Nazismo. "O menino do pijama listrado", entretanto, sensibiliza ainda mais por mostrar a infância que vai gradualmente sendo engolida pelo Holocausto, seja pela ignorância (como no caso do pequeno Bruno), seja pela Solução Final (como com Shmuel e tantos outros dos campos). Ainda assim, nem as diferenças de 'raça' podem impedir o surgimento da amizade quando o espírito humano decide construí-la; é necessário bem mais do que uma cerca. Enfim, um filme essencial, visceral e 'educativo' a seu modo. Inesquecível.
Interessante como a velha fórmula clichê da infecção que transforma pessoas em 'zumbis possuídos' ainda pode resultar em algo bom, capaz de render bons sustos se passar por algumas pequenas inovações, como ocorre em [REC]: a câmera subjetiva dá o tom de realismo necessário, parecendo algo amador e, portanto, mais natural. Embora não tenha gostado de todo o filme ser visto pela perspectiva da lente do Pablo, tenho que concordar que em se tratando de suspense/terror, [REC] é uma pequena obra-prima.
Repugnante e perturbador, faz filmes 'pornôs de terror' recentes como "Doce vingança" e "A serbian film" soarem pateticamente infantis e superficiais. É difícil crer que o mesmo Harry Reems que é o médico atrapalhado e bem-humorado de "Deep throat" é também o monstro sádico de "Forced entry"; em parte isto revela o quanto o ator (ícone do cinema erótico dos anos 70 e 80) é versátil dentro desta área limitada que é a pornografia. As cenas de violência sexual e mortes são acentuadas exponencialmente com os flashes reais e explícitos da Guerra do Vietnã, inseridos para levar o espectador à mente do assassino e entender os traumas por que ele passou e que o levaram a se tornar o monstro atormentado cujo final não poderia deixar de ser trágico. O próprio Reems declarou que este foi o único filme que ele se arrependeu de fazer e isso é totalmente compreensível. Está na minha galeria de "amaldiçoados" e é um daqueles filmes que eu garanto a mim mesmo que jamais verei de novo.
Particularmente, não sou fã de filmes do gênero musical, mas abro algumas exceções: para mim, esse é um daqueles casos em que a música se torna mais imortal do que o próprio filme. Como não amar a clássica cena de dança final, ao som de "(I've had) The time of my life"?
Não posso afirmar que este seja o filme mais chocante que já vi, mas posso, com certeza, dizer que é o mais desagradável, o que não chega a ser exatamente um elogio. A ambientação, somada a uma abordagem aprofundada dos limites e horrores das mais abjetas perversões humanas poderia resultar em um filme verdadeiramente impactante, não apenas pelo conteúdo visual, mas em especial pelo desenvolvimento artístico do roteiro, como ocorre, por exemplo, em "Irreversível". Isso, porém, não acontece em "A Serbian Film", cujo foco é clara e tão-somente chocar o espectador; naturalmente, consegue este feito através de suas bizarras cenas de estupro, pedofilia, incesto e uma exagerada carga de escatologias gratuitas, mas não evolui em termos de história. Tudo é absurdamente previsível, além de ter algumas cenas que chegariam a ser risíveis, se não fosse a insistência de Spasojevic em fazer quem está assistindo se sentir mau (a cena no clímax em que Milos mata um homem com seu 'membro' é ridícula). Ao fim, a impressão que se tem é que o diretor inspirou-se em "O Albergue" ou em algum outro desses pornôs de tortura e não conseguiu fazer um filme que ao menos se fizesse memorável entre tantos que disputam entre si o título de mais chocante. Seu filme mostra-se bastante amador. Uma pena.
Poderia ser uma espécie de "Harry Potter com vampiros" (uma escola mágica onde os alunos - que são vampiros - aprendem feitiços e a manipular e controlar seus dons), mas o que se vê é mais um produto crepusculizado, embora um pouco menos medíocre do que os filmes baseados na obra de Stephenie Meyer. Como história de vampiros, reproduz a 'façanha' de criar um universo relativamente original, mas se perde no clichê óbvio do drama adolescente quando poderia desenvolver melhor o fio narrativo do livro no qual se baseia. Alguns personagens parecem ter saído diretamente de 'Crepúsculo', como Christian (um novo Edward Cullen? Até o topete ele tem) e a garota tagarela que não consegue se calar. Felizmente, nem todos os personagens são apáticos: Zoey Deutch, por exemplo, está muito divertida no seu papel de guardiã e é ela que garante a maior parte do tom de humor do filme. Para quem gosta dessa onda de vampirismo pop/teen, é uma boa diversão, mas outros não desejarão revê-lo após a primeira vez: meu caso.
Homossexualidade e incesto, dois temas que permanecem tabu na maioria das sociedades, e no Brasil, evidentemente, não é diferente. A abordagem do filme de Aluisio Abranches sobre esses temas não ficou exatamente ruim, mas muito artificial, por assim dizer; é tudo 'cor-de-rosa', simples e fácil, como na descoberta sexual das crianças, na reação dos pais e no próprio romance, raso e sem conflitos significativos. De toda forma, nem tudo está perdido nesse romance idealizado: felizmente os protagonistas não seguem a cartilha estereotipada dos gays 'convencionais', representados como palhaços afeminados. Destaque para a ótima trilha sonora.
Uma ideia relativamente interessante: referenciar o folclore nordestino, em especial o cordel... porém, executada de forma totalmente desagradável e indigesta: apelo desnecessário a linguagem depreciativa e a cenas de nudez e sexo que soam como pornochanchada. Em resumo, a pior experiência com um filme brasileiro que já tive. Meia estrela em consideração a Fernanda Paes Leme.
Um clássico do terror e do suspense, que se concentra na psicologia do personagem central e sua dualidade. É o velho conflito do "bem e do mal" tão bem construído no livro de Stevenson e muito bem adaptado, não necessariamente sendo fiel na história, mas retratando os conflitos e a tensão desencadeadas quando o ser humano ousa lidar com áreas do conhecimento que estão ainda acima da sua compreensão e, obviamente, do seu controle. Fredric March encarna com perfeição esses dois lados da sua personalidade, justificando por que venceu o Oscar de Melhor ator por esta atuação.
Não gosto particularmente de filmes épicos, menos ainda quando são muito extensos, mas, apesar de "Ben-Hur" se encaixar nesse padrão, foi uma agradável exceção. O filme de William Wyler não é só o "pai" dos épicos: é, acima de tudo uma lição a respeito de determinação e superação, e eu não me refiro simplesmente à história do judeu que é forçado a sobreviver à adversidade sem perder seus valores; falo da própria produção, que desafiou a época, mostrando uma elaboração impecável. O que mais me chamou a atenção foram os efeitos especiais nos momentos de ação, com ênfase na minha cena predileta: a corrida de bigas. Simplesmente fantástica!
Tão visualmente impactante quanto o original – embora mais intenso e, por conseguinte, mais gráfico nas cenas de violência - este “300: Rise of an Empire” é suficientemente satisfatório para quem, assim como eu, esperava uma continuação que fizesse jus ao primeiro. Não se deve esperar um roteiro formidável (aliás até o primeiro era superficial nesse quesito), mas um épico eletrizante, ainda que fantasioso, que privilegia a ação e o ritmo acelerado tal como Snyder fez no filme de 2006, remetendo mais uma vez à estrutura de uma graphic novel. Achei muito interessante o fato de a história se passar mais ou menos simultaneamente ao primeiro, o que acabou contribuindo para justificar a ausência de Butler, além de evidenciar a abrangência do poder persa. Outro aspecto inovador foi o espaço onde a ação decorre: na maior parte, dentro do mar. A violência está lá, parecendo saída de um episódio sem censura do seriado “Spartacus”, visceral, exagerada, mas muito bem coreografada. Quanto ao elenco, Eva Green encarna maravilhosamente a típica mulher fatal, perspicaz e fria na pele de Artemísia. Sullivan Stapleton, ainda que não tenha o carisma de Gerard Butler, também convence no seu papel de líder grego, bem como os personagens remanescentes do primeiro “300”, que fazem breves aparições, como a rainha Gorgo (Lena Headey), Dilios (David Wenham) e, claro, Xerxes (Santoro). Pena que este último ficou um tanto eclipsado por Artemísia, mas isto fez parte do contexto de sua "formação" como deus-rei.
Antes de classificar um filme como bom ou ruim, gosto de pensar em perspectivas: os erros e acertos, o que ficou bom, as falhas, e assim por diante. Assim sendo, considerei "Frankenstein: Entre anjos e demônios" muito mediano. Por sorte trata-se de uma adaptação de graphic novel, logo o clássico de Mary Shelley não foi muito adulterado, uma vez que esta história supostamente se passa depois do que é visto no livro. Contudo, a história, muito superficial, parece mais uma cópia de "Van Helsing" em muitos aspectos, inclusive no plano de reanimar aberrações por intermédio do monstro de Frankenstein. Como no filme de Stephen Sommers, este possui uma conotação religiosa: o protagonista é, a seu modo, um ser que deve combater as forças do inferno e suas monstruosidades, ganhando até um nome bíblico: Adam. Entretanto, se em "Van Helsing", a despeito do roteiro ruim e da artificialidade de algumas cenas tínhamos o carisma de Hugh Jackman na pele do personagem título, não se pode dizer o mesmo de Aaron Eckhart nesse "Frankenstein". Seu personagem é tão apático que fica difícil se importar com o destino dele. O que salva o filme são as cenas de ação numerosas, embora gráficas, e o visual 'herdado' de "Anjos da Noite".
"Entrevista com o vampiro", "Drácula de Bram Stoker" e "Fome de viver" eram meus três filmes de vampiros prediletos (nesta ordem). Entretanto, sou obrigado a transformar a trilogia em quadrilogia depois de ver o excelente "A sombra do vampiro". Tomando por base os fictícios bastidores da filmagem do clássico 'Nosferatu', de 1922, E. Elias Merhige apresenta uma poderosa obra não apenas intertextual em relação ao filme de Murnau, mas especialmente metalinguística ao girar em torno de um filme dentro de outro filme. Se, por um lado há o roteiro incrível e assustador sobre o pacto entre o diretor e um vampiro de verdade para estrelar seu ambicioso filme de terror, de outro lado há as ótimas interpretações de John Malkovich e de Willem Dafoe - sendo que este último encarna o personagem com tanta maestria que é difícil não crer que o próprio Schreck levantou do túmulo para 'reprisar' seu papel. Em parte isto se deve à primorosa maquiagem do ator, mas com certeza o maior mérito está no talento ímpar dele nesta que, a meu ver, é sua melhor performance no cinema.
Um thriller erótico de primeira linha, extraordinariamente bem construído, a despeito da história que hoje pode ser considerada um tanto previsível em comparação com outros títulos do gênero suspense. O que torna "Instinto Selvagem" tão interessante e um marco para a época, é, sem dúvida, o jogo ambíguo da personagem de Sharon Stone, que mescla falas inteligentes e frias a um erotismo pulsante, uma sensualidade exalada em cada aparição da atriz. O sexo tórrido tem um contexto importante na trama, não estando ali apenas para preencher espaço, mas principalmente para construir a identidade apelativa e - por que não? - carente de Catherine e Nick. Afora isso, o suspense desenvolvido acerca dos assassinatos apresentados é envolvente e cheio de reviravoltas até o último minuto, com uma conclusão aberta magnífica. Enfim, um clássico que merece figurar em plano de relevo em qualquer rol de grandes títulos.
Depois de tomar conhecimento da apoteose relativa a "The Amityville Horror", considerado um clássico e, ainda por cima, 'baseado em uma história real', decidi conferir a obra setentista de Rosenberg. Pessoalmente, constatei que se trata de mais um daqueles filmes que se consagram pela sugestão de terror, ao invés de mostrá-lo como algo palpável. A atmosfera propõe uma história de terror psicológico, mas eu achei um tanto irregular. Imaginei que haveria uma construção de tensão típica nesse estilo de filme, mas o que vi foi uma trama diluída (pelo menos até a primeira metade). Nos cinquenta minutos finais é que há uma preocupação maior em imprimir identidade ao filme, com a fotografia escura, certa apreensão nos rostos dos personagens, sons fantasmagóricos sutis e outras sacadas desse tipo. O tempo todo eu pensei no filme "O Iluminado", de Kubrick, que, embora tenha sido lançado um ano depois, tem muitos paralelos com a obra de Rosenberg. O final é interessante, ainda que um pouco trash, fugindo da proposta psicológica e adentrando no horror físico (o banho de 'gosma' preta no personagem George, por exemplo). Resumindo, não considero tão bom quanto esperava para o quesito "casa mal-assombrada", mas valeu a pena vê-lo... para determinar se valeria a pena ver o remake de 2005.
Particularmente, achei muito melhor que o 2º, pois consegue seguir a "cartilha" do clássico original, apresenta a origem do Titty Twister e tem boas doses de humor (a começar pela aparência caricata dos monstros). Possui também muita ação ao estilo "western" e a deliciosa participação de Sonia Braga.
Mesmo estando um tanto saturado do gênero terror (sobretudo das produções medíocres lançadas nos últimos tempos), ver um filme de Clive Barker, especialmente antigo, é sempre tentador e - o melhor - satisfatório. Um clássico do horror que sintetiza as ideias alucinadas e escatológicas deste grande mestre do gore, onde não faltam nem a 'monstruosidade' explícita nem a loucura, que se confunde com o prazer e acaba gerando um espetáculo de sadomasoquismo memorável.
Uma mistura sofrível de "Scooby-Doo" e "O Nome da Rosa", que resulta numa trama rala, com as sacadas típicas das histórias de mistério... Com certeza não é a melhor história de Sherlock Holmes, mas vale pela boa atmosfera, ambientação e, em menor grau, pela atuação razoável de Matt Frewer como o icônico personagem de Arthur Conan Doyle.
A Hora do Espanto
3.6 588 Assista AgoraTenho uma queda por este filme! O que mais gosto nele é a trilha sonora 'erótica'. Explica-se: nos momentos em que Jerry seduz suas vítimas, sempre há uma música envolvente, sedutora que garante a atmosfera de 'perigo irresistível'.
Os efeitos especiais quase que se limitam na maquiagem tosca, mas isso não incomoda, pois se virmos o filme com os olhos da década de 80, toda aquela nojeira trash faz sentido e, o que é melhor ainda, consegue divertir à beça.
"Bem-vindos à Hora do Espanto... de verdade!" Essa frase se tornou marca registrada do filme e foi reciclada tanto na sequência como no remake.
Sexta-Feira 13
3.4 779 Assista AgoraFico pensando em como seria um remake "de verdade" deste filme com a Jessica Lange no papel da Sra. Voohrees: ficaria extraordinário! Talento e 'insanidade' ela já demonstrou ter de sobra em AHS!
O Massacre da Serra Elétrica 2
2.8 346O primeiro foi feito para assustar, este foi feito para rir. É bem trash, mas achei muito divertido. A "família monstro" está uma caricatura do que foram no primeiro filme, mas isto até que ficou legal, levando em conta o tom de humor negro e de insanidade cômica propostos.
A Órfã
3.6 3,4K Assista AgoraSobre Isabelle Fuhrman neste filme: assustadoramente talentosa, tanto no seu aparente carisma quanto na revelação gradual de sua verdadeira identidade.
O que mais me agradou é que o filme não ficou retido apenas na história de mais uma criança demoníaca para a abarrotada galeria do cinema, enquanto a família é mera figurante: aos poucos vão sendo mostrados aspectos psicológicos da família adotiva, dramas mal resolvidos como alcoolismo e infidelidade. A órfã mostra sua malignidade principalmente ao reabrir as feridas antigas da família, a fim de destruí-la e levá-la à loucura.
Cena predileta? O clímax no lago de gelo.
O Massacre da Serra Elétrica
3.7 1,0K Assista AgoraPercebe-se que é um daqueles filmes de baixo orçamento, mas isto não impediu Tobe Hooper de dar vida a um dos maiores clássicos do terror. Ainda que não possua cenas de violência explícita (se comparado, por exemplo, às centenas de filmes trash que surgiriam alguns anos depois), "O massacre da serra elétrica" é incrivelmente intenso nas sequências de perseguição, nas cenas de tortura psicológica e na própria atmosfera 'amadora' de documentário em algumas partes.
Foi um alívio ver este filme e constatar o quanto ele é bem-feito e assustador , já que eu vi o remake de 2003 primeiro e não gostei; bom saber que este é um daqueles casos frequentes em que o original é muito superior à refilmagem.
Palhaços Assassinos do Espaço Sideral
3.3 464 Assista AgoraPalhaços assassinos vêm do espaço em naves que têm o formato de tenda de circo, atiram nas pessoas com armas cuja munição é pipoca, prendem as pessoas em casulos de algodão-doce e só podem ser mortos se tiverem seus narizes vermelhos destruídos... Esta é basicamente a “mitologia” desse filme absurdo, tosco, mas inegavelmente hilário.
O Menino do Pijama Listrado
4.2 3,7K Assista AgoraUm filme sublime, daqueles que cativam pela simplicidade da história combinada com a profundidade da abordagem. Fez-me lembrar de "A menina que roubava livros", pois em ambos os casos os protagonistas são crianças unidas por vínculos de amizade, cuja ingenuidade não lhes permitiu ainda compreender a dimensão e o significado de um dos períodos mais tristes da História: o Nazismo.
"O menino do pijama listrado", entretanto, sensibiliza ainda mais por mostrar a infância que vai gradualmente sendo engolida pelo Holocausto, seja pela ignorância (como no caso do pequeno Bruno), seja pela Solução Final (como com Shmuel e tantos outros dos campos). Ainda assim, nem as diferenças de 'raça' podem impedir o surgimento da amizade quando o espírito humano decide construí-la; é necessário bem mais do que uma cerca.
Enfim, um filme essencial, visceral e 'educativo' a seu modo. Inesquecível.
[REC]
3.6 1,7K Assista AgoraInteressante como a velha fórmula clichê da infecção que transforma pessoas em 'zumbis possuídos' ainda pode resultar em algo bom, capaz de render bons sustos se passar por algumas pequenas inovações, como ocorre em [REC]: a câmera subjetiva dá o tom de realismo necessário, parecendo algo amador e, portanto, mais natural.
Embora não tenha gostado de todo o filme ser visto pela perspectiva da lente do Pablo, tenho que concordar que em se tratando de suspense/terror, [REC] é uma pequena obra-prima.
Forced Entry
2.9 9Repugnante e perturbador, faz filmes 'pornôs de terror' recentes como "Doce vingança" e "A serbian film" soarem pateticamente infantis e superficiais. É difícil crer que o mesmo Harry Reems que é o médico atrapalhado e bem-humorado de "Deep throat" é também o monstro sádico de "Forced entry"; em parte isto revela o quanto o ator (ícone do cinema erótico dos anos 70 e 80) é versátil dentro desta área limitada que é a pornografia.
As cenas de violência sexual e mortes são acentuadas exponencialmente com os flashes reais e explícitos da Guerra do Vietnã, inseridos para levar o espectador à mente do assassino e entender os traumas por que ele passou e que o levaram a se tornar o monstro atormentado cujo final não poderia deixar de ser trágico.
O próprio Reems declarou que este foi o único filme que ele se arrependeu de fazer e isso é totalmente compreensível. Está na minha galeria de "amaldiçoados" e é um daqueles filmes que eu garanto a mim mesmo que jamais verei de novo.
Dirty Dancing: Ritmo Quente
3.8 1,5K Assista AgoraParticularmente, não sou fã de filmes do gênero musical, mas abro algumas exceções: para mim, esse é um daqueles casos em que a música se torna mais imortal do que o próprio filme. Como não amar a clássica cena de dança final, ao som de "(I've had) The time of my life"?
A Serbian Film: Terror Sem Limites
2.5 2,0KNão posso afirmar que este seja o filme mais chocante que já vi, mas posso, com certeza, dizer que é o mais desagradável, o que não chega a ser exatamente um elogio. A ambientação, somada a uma abordagem aprofundada dos limites e horrores das mais abjetas perversões humanas poderia resultar em um filme verdadeiramente impactante, não apenas pelo conteúdo visual, mas em especial pelo desenvolvimento artístico do roteiro, como ocorre, por exemplo, em "Irreversível". Isso, porém, não acontece em "A Serbian Film", cujo foco é clara e tão-somente chocar o espectador; naturalmente, consegue este feito através de suas bizarras cenas de estupro, pedofilia, incesto e uma exagerada carga de escatologias gratuitas, mas não evolui em termos de história. Tudo é absurdamente previsível, além de ter algumas cenas que chegariam a ser risíveis, se não fosse a insistência de Spasojevic em fazer quem está assistindo se sentir mau (a cena no clímax em que Milos mata um homem com seu 'membro' é ridícula).
Ao fim, a impressão que se tem é que o diretor inspirou-se em "O Albergue" ou em algum outro desses pornôs de tortura e não conseguiu fazer um filme que ao menos se fizesse memorável entre tantos que disputam entre si o título de mais chocante. Seu filme mostra-se bastante amador. Uma pena.
Academia de Vampiros: O Beijo das Sombras
2.7 561 Assista AgoraPoderia ser uma espécie de "Harry Potter com vampiros" (uma escola mágica onde os alunos - que são vampiros - aprendem feitiços e a manipular e controlar seus dons), mas o que se vê é mais um produto crepusculizado, embora um pouco menos medíocre do que os filmes baseados na obra de Stephenie Meyer. Como história de vampiros, reproduz a 'façanha' de criar um universo relativamente original, mas se perde no clichê óbvio do drama adolescente quando poderia desenvolver melhor o fio narrativo do livro no qual se baseia. Alguns personagens parecem ter saído diretamente de 'Crepúsculo', como Christian (um novo Edward Cullen? Até o topete ele tem) e a garota tagarela que não consegue se calar. Felizmente, nem todos os personagens são apáticos: Zoey Deutch, por exemplo, está muito divertida no seu papel de guardiã e é ela que garante a maior parte do tom de humor do filme.
Para quem gosta dessa onda de vampirismo pop/teen, é uma boa diversão, mas outros não desejarão revê-lo após a primeira vez: meu caso.
Do Começo ao Fim
3.0 1,3KHomossexualidade e incesto, dois temas que permanecem tabu na maioria das sociedades, e no Brasil, evidentemente, não é diferente. A abordagem do filme de Aluisio Abranches sobre esses temas não ficou exatamente ruim, mas muito artificial, por assim dizer; é tudo 'cor-de-rosa', simples e fácil, como na descoberta sexual das crianças, na reação dos pais e no próprio romance, raso e sem conflitos significativos.
De toda forma, nem tudo está perdido nesse romance idealizado: felizmente os protagonistas não seguem a cartilha estereotipada dos gays 'convencionais', representados como palhaços afeminados.
Destaque para a ótima trilha sonora.
O Homem que Desafiou o Diabo
3.1 440 Assista AgoraUma ideia relativamente interessante: referenciar o folclore nordestino, em especial o cordel... porém, executada de forma totalmente desagradável e indigesta: apelo desnecessário a linguagem depreciativa e a cenas de nudez e sexo que soam como pornochanchada.
Em resumo, a pior experiência com um filme brasileiro que já tive. Meia estrela em consideração a Fernanda Paes Leme.
O Médico e o Monstro
4.0 66Um clássico do terror e do suspense, que se concentra na psicologia do personagem central e sua dualidade. É o velho conflito do "bem e do mal" tão bem construído no livro de Stevenson e muito bem adaptado, não necessariamente sendo fiel na história, mas retratando os conflitos e a tensão desencadeadas quando o ser humano ousa lidar com áreas do conhecimento que estão ainda acima da sua compreensão e, obviamente, do seu controle.
Fredric March encarna com perfeição esses dois lados da sua personalidade, justificando por que venceu o Oscar de Melhor ator por esta atuação.
http://revivedmovies.blogspot.com.br/2014/06/o-medico-e-o-monstro-1932_25.html
Ben-Hur
4.3 547 Assista AgoraNão gosto particularmente de filmes épicos, menos ainda quando são muito extensos, mas, apesar de "Ben-Hur" se encaixar nesse padrão, foi uma agradável exceção. O filme de William Wyler não é só o "pai" dos épicos: é, acima de tudo uma lição a respeito de determinação e superação, e eu não me refiro simplesmente à história do judeu que é forçado a sobreviver à adversidade sem perder seus valores; falo da própria produção, que desafiou a época, mostrando uma elaboração impecável.
O que mais me chamou a atenção foram os efeitos especiais nos momentos de ação, com ênfase na minha cena predileta: a corrida de bigas. Simplesmente fantástica!
300: A Ascensão do Império
3.2 1,6K Assista AgoraTão visualmente impactante quanto o original – embora mais intenso e, por conseguinte, mais gráfico nas cenas de violência - este “300: Rise of an Empire” é suficientemente satisfatório para quem, assim como eu, esperava uma continuação que fizesse jus ao primeiro. Não se deve esperar um roteiro formidável (aliás até o primeiro era superficial nesse quesito), mas um épico eletrizante, ainda que fantasioso, que privilegia a ação e o ritmo acelerado tal como Snyder fez no filme de 2006, remetendo mais uma vez à estrutura de uma graphic novel.
Achei muito interessante o fato de a história se passar mais ou menos simultaneamente ao primeiro, o que acabou contribuindo para justificar a ausência de Butler, além de evidenciar a abrangência do poder persa. Outro aspecto inovador foi o espaço onde a ação decorre: na maior parte, dentro do mar. A violência está lá, parecendo saída de um episódio sem censura do seriado “Spartacus”, visceral, exagerada, mas muito bem coreografada.
Quanto ao elenco, Eva Green encarna maravilhosamente a típica mulher fatal, perspicaz e fria na pele de Artemísia. Sullivan Stapleton, ainda que não tenha o carisma de Gerard Butler, também convence no seu papel de líder grego, bem como os personagens remanescentes do primeiro “300”, que fazem breves aparições, como a rainha Gorgo (Lena Headey), Dilios (David Wenham) e, claro, Xerxes (Santoro). Pena que este último ficou um tanto eclipsado por Artemísia, mas isto fez parte do contexto de sua "formação" como deus-rei.
Frankenstein: Entre Anjos e Demônios
2.4 715 Assista AgoraAntes de classificar um filme como bom ou ruim, gosto de pensar em perspectivas: os erros e acertos, o que ficou bom, as falhas, e assim por diante. Assim sendo, considerei "Frankenstein: Entre anjos e demônios" muito mediano. Por sorte trata-se de uma adaptação de graphic novel, logo o clássico de Mary Shelley não foi muito adulterado, uma vez que esta história supostamente se passa depois do que é visto no livro.
Contudo, a história, muito superficial, parece mais uma cópia de "Van Helsing" em muitos aspectos, inclusive no plano de reanimar aberrações por intermédio do monstro de Frankenstein. Como no filme de Stephen Sommers, este possui uma conotação religiosa: o protagonista é, a seu modo, um ser que deve combater as forças do inferno e suas monstruosidades, ganhando até um nome bíblico: Adam.
Entretanto, se em "Van Helsing", a despeito do roteiro ruim e da artificialidade de algumas cenas tínhamos o carisma de Hugh Jackman na pele do personagem título, não se pode dizer o mesmo de Aaron Eckhart nesse "Frankenstein". Seu personagem é tão apático que fica difícil se importar com o destino dele.
O que salva o filme são as cenas de ação numerosas, embora gráficas, e o visual 'herdado' de "Anjos da Noite".
A Sombra do Vampiro
3.6 113"Entrevista com o vampiro", "Drácula de Bram Stoker" e "Fome de viver" eram meus três filmes de vampiros prediletos (nesta ordem). Entretanto, sou obrigado a transformar a trilogia em quadrilogia depois de ver o excelente "A sombra do vampiro". Tomando por base os fictícios bastidores da filmagem do clássico 'Nosferatu', de 1922, E. Elias Merhige apresenta uma poderosa obra não apenas intertextual em relação ao filme de Murnau, mas especialmente metalinguística ao girar em torno de um filme dentro de outro filme.
Se, por um lado há o roteiro incrível e assustador sobre o pacto entre o diretor e um vampiro de verdade para estrelar seu ambicioso filme de terror, de outro lado há as ótimas interpretações de John Malkovich e de Willem Dafoe - sendo que este último encarna o personagem com tanta maestria que é difícil não crer que o próprio Schreck levantou do túmulo para 'reprisar' seu papel. Em parte isto se deve à primorosa maquiagem do ator, mas com certeza o maior mérito está no talento ímpar dele nesta que, a meu ver, é sua melhor performance no cinema.
Instinto Selvagem
3.6 550 Assista AgoraUm thriller erótico de primeira linha, extraordinariamente bem construído, a despeito da história que hoje pode ser considerada um tanto previsível em comparação com outros títulos do gênero suspense. O que torna "Instinto Selvagem" tão interessante e um marco para a época, é, sem dúvida, o jogo ambíguo da personagem de Sharon Stone, que mescla falas inteligentes e frias a um erotismo pulsante, uma sensualidade exalada em cada aparição da atriz.
O sexo tórrido tem um contexto importante na trama, não estando ali apenas para preencher espaço, mas principalmente para construir a identidade apelativa e - por que não? - carente de Catherine e Nick.
Afora isso, o suspense desenvolvido acerca dos assassinatos apresentados é envolvente e cheio de reviravoltas até o último minuto, com uma conclusão aberta magnífica.
Enfim, um clássico que merece figurar em plano de relevo em qualquer rol de grandes títulos.
Terror em Amityville
3.3 289 Assista AgoraDepois de tomar conhecimento da apoteose relativa a "The Amityville Horror", considerado um clássico e, ainda por cima, 'baseado em uma história real', decidi conferir a obra setentista de Rosenberg. Pessoalmente, constatei que se trata de mais um daqueles filmes que se consagram pela sugestão de terror, ao invés de mostrá-lo como algo palpável. A atmosfera propõe uma história de terror psicológico, mas eu achei um tanto irregular. Imaginei que haveria uma construção de tensão típica nesse estilo de filme, mas o que vi foi uma trama diluída (pelo menos até a primeira metade). Nos cinquenta minutos finais é que há uma preocupação maior em imprimir identidade ao filme, com a fotografia escura, certa apreensão nos rostos dos personagens, sons fantasmagóricos sutis e outras sacadas desse tipo. O tempo todo eu pensei no filme "O Iluminado", de Kubrick, que, embora tenha sido lançado um ano depois, tem muitos paralelos com a obra de Rosenberg.
O final é interessante, ainda que um pouco trash, fugindo da proposta psicológica e adentrando no horror físico (o banho de 'gosma' preta no personagem George, por exemplo). Resumindo, não considero tão bom quanto esperava para o quesito "casa mal-assombrada", mas valeu a pena vê-lo... para determinar se valeria a pena ver o remake de 2005.
Um Drink No Inferno 3: A Filha do Carrasco
2.6 115Particularmente, achei muito melhor que o 2º, pois consegue seguir a "cartilha" do clássico original, apresenta a origem do Titty Twister e tem boas doses de humor (a começar pela aparência caricata dos monstros). Possui também muita ação ao estilo "western" e a deliciosa participação de Sonia Braga.
Hellraiser: Renascido do Inferno
3.5 858 Assista AgoraMesmo estando um tanto saturado do gênero terror (sobretudo das produções medíocres lançadas nos últimos tempos), ver um filme de Clive Barker, especialmente antigo, é sempre tentador e - o melhor - satisfatório. Um clássico do horror que sintetiza as ideias alucinadas e escatológicas deste grande mestre do gore, onde não faltam nem a 'monstruosidade' explícita nem a loucura, que se confunde com o prazer e acaba gerando um espetáculo de sadomasoquismo memorável.
O Vampiro de Whitechapel
2.8 12Uma mistura sofrível de "Scooby-Doo" e "O Nome da Rosa", que resulta numa trama rala, com as sacadas típicas das histórias de mistério... Com certeza não é a melhor história de Sherlock Holmes, mas vale pela boa atmosfera, ambientação e, em menor grau, pela atuação razoável de Matt Frewer como o icônico personagem de Arthur Conan Doyle.