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Últimas opiniões enviadas

  • Flávia MGC

    Esta versão de "Imitation of Life" (Imitação da Vida) é uma adaptação do filme lançado em 1934, porém, como as circunstâncias presentes no roteiro original já haviam se tornado um tanto improváveis no final da década de 50, a história foi atualizada para retratar o famoso 'american dream', tão presente no imaginário americano e bastante difundido pelas produções de Hollywood.

    Os filmes das décadas de 50 e 60 primavam pelo glamour, pela exuberância e promoviam o ideal da beleza, do sucesso e do poder. Assim, os sonhos e ambições da personagem principal se aprimoraram e modernizaram. Lora (Lana Turner) agora almeja o sucesso na carreira teatral e seu par romântico, Steve (John Gavin), transformou-se no CEO de uma próspera empresa de bebidas. Entretanto, seu lado materno - antes doce, protetor e amoroso - foi substituído por uma versão mais egoísta e ambiciosa.

    Já a trama secundária, envolvendo Annie (Juanita Moore) e sua filha Sarah Jane (Susan Kohner), que trata de questões delicadas como o racismo e a falta de oportunidades resultantes dele, apresenta maior intensidade em relação ao filme de 1934. Nesta versão foram incluídas cenas muito mais chocantes e violentas, retratando um preconceito racial aberto e declarado, manifestado em graus e formas diferentes, mas disseminado entre todos os personagens do filme.

    A versão de 1959, inclusive, diminui a relevância da protagonista negra, agora retratada unicamente como a criada que sobrevive da bondade de sua patroa. No filme original, pelo menos ela tinha direito a uma parte dos lucros com a venda de suas panquecas. Entretanto, foram destacadas na personagem características como a humildade, altruísmo e a religiosidade, talvez como demonstração dos verdadeiros valores humanos.

    Assim como na vida, cada um dos personagens demonstrará suas fraquezas ou virtudes, que irão levá-los a fazer suas escolhas e traçar seus destinos. Vale muito a pena assistir as duas versões desta história emocionante.

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  • Flávia MGC

    Estava me perguntando o porquê de ter me emocionado tanto com este filme. Talvez pela mensagem que o próprio título já entrega: "Imitation of Life" (Imitação da Vida).

    Além da atuação das maravilhosas Claudette Colbert e Louise Beavers, o filme mostra, em vários aspectos, que se parece mesmo com a vida. Apesar desta versão de 1934 ser bastante datada, retratando uma desigualdade racial institucionalizada da época (de um lado, a subserviência e o conformismo, e de outro, a vergonha e a não aceitação da própria cor), sabemos que ainda hoje o preconceito racial existe, causando inúmeros desconfortos e injustiças.

    O filme mostra o período de 18 anos na vida de Bea (Claudette) e Delilah (Louise), ao longo dos quais é possível ver que há sonhos que se realizam, outros que simplesmente naufragam; que não há garantias ou certezas para os sucessos, para os amores ou para a felicidade. Ainda que a vida nem sempre nos presenteie com um final feliz, não há dores ou sofrimentos que um dia não terminem. O que fica mesmo são as consequências do bem ou do mal que se causa a alguém. Ou seja, uma hora a conta sempre chega...

    "Imitation of Life" recebeu três indicações ao Oscar em 1935 e foi refilmado em 1959. Aliás, o Oscar de 1935 teve três filmes estrelados por Claudette Colbert concorrendo na categoria Melhor Filme: 'Cleópatra', 'Aconteceu Naquela Noite' e 'Imitação da Vida'.
    Foi o ano em que ela ganhou a estatueta de Melhor Atriz, por 'Aconteceu Naquela Noite'.

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  • Flávia MGC

    "King Solomon's Mines" (As Minas do Rei Salomão) não é um filme surpreendente, mas é uma boa diversão, especialmente a partir da sua segunda metade. Na primeira parte da trama, a narrativa é muito arrastada, previsível e pouco interessante. Na verdade, o roteiro todo pode ser antecipado desde o início, mas ainda assim o filme guarda alguns méritos para aqueles que o assistem até o final.

    Apesar da história estar ambientada no ano de 1897 e o comportamento dos personagens basear-se nos estereótipos da época, dá um pouco de preguiça acompanhar a dupla Stewart Granger e Deborah Kerr... ele, o arquétipo do herói másculo e destemido, capaz de matar uma naja com as mãos; ela, demasiadamente frágil e indefesa (perdi as contas de quantas vezes desmaiou durante a viagem...). O romance que surge entre eles também é insosso, insípido e inodoro.

    Existem diversas outras versões cinematográficas sobre as Minas do Rei Salomão, mas esta foi vencedora de 2 Oscar, em 1951, nas categorias Melhor Edição/Montagem e Melhor Cinematografia/Fotografia. Realmente, a fotografia é notável, repleta de belas e amplas imagens das savanas africanas e de seus animais selvagens. Destacam-se também as sequências da tribo Watusi que dão um toque diferenciado e intenso ao desfecho.

    Um filme datado mas bacana, no estilo sessão da tarde.

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