Gabriel Cardoso Garcia

'Um bom filme, mas um bom Star Wars?'
O filme tem seus momentos, apela mais para "momentos engraçados" do que os seus antecessores, suas coreografias são inspiradas e o efeitos dispensa comentarios, muito bem feitos, o maior porem do filme fica na sua constante apelação para os classicos antigos, o filme busca estar sempre gerando uma nostalgia em quem assiste, possivelmente querendo buscar os fans antigos para que eles aprovem essa nova saga.

O filme como um todo lembra muito o episódio IV: Uma Nova Esperança, mesmo plot e mesma ideia, porem com uma possibilidade de futuro diferente, talvez o JJ Abrams buscou "pescar" os fan antigos nesse primeiro filme da nova triologia para nos proximos inovar.

As atuações são 'boas', atores sem muita bagagem, mas que conseguem convencer;
Daisy Ridley ganha no carisma, a personagem convence e a maneira que ela admira a

representa muito bem os fans antigos revendo o elenco da saga original.
John Boyega convence, mas de uma maneira diferente, se a Rey te conquista pelo carisma o Finn te convence pelas escolhas que ele tem ao longo do filme, um personagem que pode ter uma grande evolução ao longo da triologia;
Adam Driver fica complicado de avaliar, boa tarde do filme esta com a mascara e no geral parece apenas um Darth Vader 2.0, tem chão para evoluir, mas no fim pode acabar sendo apenas um fan service do maior vilão de todos.

No geral o filme convence, apesar dos "porems" que ele tem, podemos passar um pano por ser o primeiro da triologia e talvez sermos criticos demais se baseando na saga original que carrega grande carga emocional dos fans.

Um filme que não é para todos, muitas referencias a outros filmes do Tarantino e a cinema no geral, o publico mais "simples" que vai apenas para ver o filme e se desligar um pouco vai achar o filme cansativo ou arrastado, algo que é totalmente aceitavel, quem não conhece a historia real da Sharon Tate vai se sentir perdido, e para quem não se interessa pelo cinema de uma maneira mais aprofundada vai achar certas cenas desnecessarias ou "chatas".

Porem, para o publico certo o filme se mostra uma grande surpresa, fazendo as 2h40m de filme passarem voando. o filme tem uma atmosfera que de tão bem feita voce se sente dentro da hollywood 60s/70s, a fotografia e figurino que são deleite para os olhos, da pra ver o quanto os detalhes são importantes para o Tarantino.

As atuações dispensam comentarios, DiCaprio dando um show como de costume, eu ouso dizer que é o melhor ator dessa decada, fora a constante qualidade de atuação, ele sempre escolhe otimos filmes, é um misto de talento, dedicação e sabedoria de pegar os projetos certos;
Brad Pitt dentro do padrão, um ator desse calibre quase nunca decepciona, faz um personagem com um passado misterioso e com lacunas, mas assim consegue fazer com que voce se importe com ele ao longo do filme, mesmo não sabendo o que é verdade ou boato sobre o passado dele;
Margot Robbie mostra ser mais do que apenas um rostinho bonito, porem a personagem dela não tem um aprofundamento tão grande fora a cena do cinema, o que faz a atriz não consiga mostrar todo o potencial de atuação, mas ainda assim consegue criar empatia, a duvida é se essa empatia é devido a atuação ou por sabermos a historia real.

No geral, um otimo filme que foge das regras que o proprio Tarantino ja tinha colocado para si mesmo, sendo uma grande surpresa para quem esperava um "padrão Tarantino", todavia, a cena final é um presente para os fãs antigos do diretor, gerando um climax incrivel e fechando o filme com maestria.