Gabriella Lopes

Me lembrou muito Ruby Sparks o tema amor platônico, mas superou em todos os aspectos. Roteiro incrível e inovador, mesmo com o cenário futuro próximo, numa perspectiva muito interessante onde o amor virtual não é visto como uma consequencia ruim do avanço tecnológico. Uma mistura de gêneros que deu super certo com a ajuda da atuação super adequada de J Phoenix. Pra mim a personagem de Amy Adams surpreende pois ela seria a típica coadjuvante que critica e desaprova as ações do personagem principal e que levaria ao combate de opiniões, o que acabou não sendo nem um pouco forçado.

Atuações indescritíveis de McConaughey e Leto, que levaram o filme a um patamar que a maioria não imaginava, por isso achei tão surpreendente a obra completa. O filme se arrisca a não só contar uma história sobre a AIDS, mas entrar em questões tão complexas quanto - a indústria farmacêutica jogando pelos seus próprios interesses, homofobia e um cenário mesclado de mudanças globais com velhos costumes regionais (novas doenças vs ignorância e tradicionalismo) - e faz isso muito bem.

1 estrela e meia a menos pelo final previsível e forçado. mas a ideia é muito boa