Gabriel

os roteiristas e diretores ''apenas'' se esqueceram de estudar um pouco do Cristianismo. Isso fica nítido com as confusões acerca de Catolicismo e Protestantismo, oscilando entre símbolos e doutrinas das duas vertentes, e ''jogando-as no mesmo bolo'' que eles consideram, no fundo, como uma coisa só. Minha crítica nem é direcionada aos elementos de ressentimento e traumas vividos pela personagem da Grace, a qual foi vítima de uma seita suicida, mas sim à falta de pesquisa prévia acerca da religião tratada e ao modo como os acontecimentos são embaralhados, causando uma ideia de ''narrativa inteligente'', o que, convenhamos, não é tão original assim.
Para sintetizar: não há problema em pegar elementos religiosos e usá-los dentro de uma história de terror/suspense, porém, é preciso que haja coerência em relação ao que é transmitido. Qualquer pessoa com o mínimo de conhecimento sobre Cristianismo vai saber que se trata de algo mal feito, sem pesquisa séria prévia, o que somente demonstra uma coisa: o único objetivo dos criadores do longa era ''aterrorizar/chocar custe o que custar'', mesmo que para isso fosse necessário usar elementos - confusos e distorcidos - já aceitos pelo grande público a fim de entreter os desinformados. Pode até ter funcionado com muita gente, mas às custa de uma grande preguiça criativa e, talvez, desonestidade intelectual...