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Querelle
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Tenho visto inúmeras opiniões, algumas de admiração e outras de desgosto. Eu sinceramente não gostei do filme no geral e fiquei me questionando por um bom tempo o porquê disso sendo que há quem o ache brilhante. Li vários comentários em diversas fontes e acabei optando por me expressar também.
É um filme de forte conteúdo poético. Achei belo em certos momentos, principalmente em algumas frases (algumas já citadas em comentários abaixo). Eu infelizmente não li a obra de Jean Genet e talvez seja outro agravante, mas realmente dá para notar que o filme mantém um certo espírito literário reforçado pelas frases e pelos recursos estéticos usados.
A atuação de Brad Davis é muito boa. Eis um ator excelente e, devo dizer, lindíssimo. Uma perdição ver ele sem camisa tantas vezes, haha. Franco Nero também estava excelente. A canção que se utiliza da frase Oscar Wilde cantada por Jeanne Moerau também é adorável.
O filme trabalha muito a estética. Vejo na iluminação uma forte tendência expressionista, com cores fortes e, por vezes, incômodas a mim (reitero, a mim). Nunca fui grande fã de teatro, e talvez por isso também não tenha gostado dos demais recursos nos cenários e também nos diálogos, narração e monólogos. Mas veja que não é apenas por isso que não gosto do filme. Assisti a obra Dogville de Lars von Trier e acho-a fantástica, sendo que se utiliza também de recursos teatrais. Mas nesse filme me senti incomodado esteticamente, pela iluminação e pelos cenários que criaram uma atmosfera quase onírica (pendendo entre surrealismo e expressionismo).
Outra coisa que achei péssima foram as conexões entre as personagens. Parecia tudo tão falso. Todas as relações são inverossímeis. Talvez para bloquear a identificação de quem assiste e mantê-lo apenas como espectador. Talvez porque é parte do caráter expressionista. Mas, enfim, não colou. Parece irreal e soa como se fosse uma gafe de roteiro, por mais que seja intencional.
Há quem diga que o filme é quase um ode à homossexualidade, mas eu não vi isso. Parece apenas um cais repleto de homens que acabam pendendo para a homossexualidade mais por perversão do que por emoção. É bem cru nesse sentido. E isso, em si, não é ruim. Mostra uma realidade sórdida de forma crua e caricata. Mas parece que não há sentimento, é apenas carnal. Foi caricaturado demasiadamente. Sei que é verossímil essa perversão e que muitos héteros têm vontade de experimentar mas são barrados por convenções sociais. Mas o filme é engrandecido por isso? Por que é retratada a vontade carnal dos homens? Por que é uma representação caricata de que há homens que têm desejo mas continuam se portando como machões e condenando qualquer comportamento homossexual? Não acho que o filme tenha trabalhado isso tão bem assim. Ficou muito abstrato e, na minha opinião (reitero, minha), ficou mal trabalhado e monótono. E também não entendi o personagem Querelle. Curtia ambos os sexos, com uma beleza quase nos padrões greco-romanos, mas nunca senti que ele se permitiu sentir o que sentia por homens mesmo com o decorrer do filme. Talvez novamente para ilustrar a força opressora sexual, mas, não sei, ficou tão confuso. Parece, novamente, uma gafe de roteiro. Soa como se não souberam construir as personagens representadas.
É arte, é poético. Foi realmente marcante na expressão homossexual no cinema para a época. Há boas atuações. A obra de Warhol como uma das capas é brilhante. Mas, ao meu ver, é só isso. O conjunto não me agradou. Esteticamente foi incômodo. É inverossímil demais. É confuso. E digo, nem sempre o fato de um filme ter caráter poético o torna uma obra-prima.
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Como sempre, um filme de quadrinhos gerando opiniões controversas. Mas ainda assim vou me arriscar a opinar.
Adorei o filme. Achei simplesmente demais. Um baita de um elenco (com o lindo, que eu amo e quero casar Andrew Garfield haha e, claro, a Emma Stone, a Sally Field, Jamie Foxx, Paul Giamatti, etc), efeitos espetaculares, trilha sonora que eu amei, roteiro excelente, um filme que soube trabalhar ação, romance, drama e ficção para contextualizar o quadrinho e envolver o público e, na minha opinião (não sou grande conhecedor, mas dentro do que conheço), é uma das melhores, se não a melhor, adaptação de Homem-Aranha aos cinemas.
Há quem diga que ficou confuso por aflorarem outros personagens no decorrer da história, com o fato de o Electro parecer só um cara que perdeu a sanidade, de ter faltado ação pra darem lugar a história do Peter Parker... Mas, poxa, um filme bom não consiste em efeitos e lutas a cada cinco minutos. Esse filme é parte de um contexto maior. É uma adaptação dos quadrinhos e há, sim, uma trama, com romance e drama. O personagem (vale não só para o protagonista, mas todos os vilões que dão as caras agora também) tem uma vida e tudo o que acontece nela afeta a vida do herói por motivos óbvios, afinal, são a mesma pessoa. Sem dizer que o romance entre Peter e Gwen é lindo. Eu acho uma graça os dois juntos. Quanto à aparição das demais personagens e as revelações que apareceram, elas fundamentarão o que está por vir (a possível formação do Sexteto Sinistro). Enfim, há um contexto, entendam isso. E toda boa história, seja ficção ou ação, tem um bom drama e esse filme, sem dúvida, soube balancear tudo isso.
Apesar de já saber que a Gwen morreria (para minha infelicidade, porque achava que ambos formavam um casal tão fofo e amo a Emma Stone), eu ainda fiquei triste em vê-la caindo e o Peter tentando salvá-la enquanto duelava com o Duende Verde. A cena foi fiel aos quadrinhos, tirando o fato de o Duende não ser o Norman, mas sim Harry. É uma pena... Adorava a personagem e a atriz :( Enfim, suponho que agora virá a Mary Jane, é isso?
E para aqueles que conhecem dos quadrinhos, poderiam me dizer se têm ideia de quem aparecerá no próximo filme? Vão mesmo formar o Sexteto Sinistro? E esse será composto pelo Duende Verde, Dr. Octopus, Abutre, o Rhyno (apesar que não sei se ele sobrevive ou não após a batalha que encerra esse filme) e quais os outros? Gostaria muito de saber (:
Excelente filme. Essa adaptação do Homem-Aranha é uma das minhas prediletas da Marvel. Mal posso esperar para ver a sequência. Torço para que venha muita ação, drama e romance mais uma vez para me deixar maravilhado (sem contar que conto os dias para rever (meu lindo) Andrew Garfield nas telonas haha). Enfim, recomendo!
Tive a oportunidade de assistir ao documentário antes de seu lançamento oficial e ainda ter espaço para debate dentro da universidade com os diretores. Acho que o aspecto mais interessante do filme é a abordagem do diálogo. Seja em Cuba, como a próprio Yoani expressa, ou aqui no Brasil, pelos embates de opiniões entre os manifestantes que se evidenciaram durante todo o filme. É triste e incômodo ver que, seja você direitista ou esquerdista, o posicionamento extremista de qualquer lado acaba por gerar não silêncio ou censura, mas um ruído tão absurdo que o diálogo perde espaço. O embate político acaba não por ser reprimido, mas ináudível num meio tão caótio como o abordado pelo filme e que Yoani viveu em sua viagem aqui no Brasil.