Guilherme Fernandes

Quentin tarantino fez de novo. Explicar o motivo pelo o qual o diretor americano Quentin Tarantino é tão cultuado não é tão difícil, você pode reconhecer isso na técnica, na linguagem, nos roteiros, nos diálogos que ele usa em seus filmes, as doses de humor, inteligência, violência absurda e o completo inesperado circundam todos os seus filmes e ainda há a maravilhosa teoria de que suas histórias são todas ligadas e se passam no mesmo universo, ajudando a criar toda a mitologia tarantinesca. Em sua carreira de oito filmes (escritos e dirigidos pelo próprio) não existem filmes ruins ou medianos, são todos igualmente espetaculares, uns se destacam mais como Pulp Fiction (1994) e Bastardos Inglórios (2006) mas ainda assim sua obra ja é notória e Tarantino ja tem seu lugar garantido no Valhalla dos maiores diretores da história ao lado de Stanley Kubrick, Martin Scorcese, Ingmar Bergman, Sergio Leone e outros gênios.
E agora no dia 18 de janeiro de 2013 eis que estréia seu mais novo filme, Django Livre, uma ode aos westerns italianos clássicos dos anos 60 e 70, se em Kill Bill a VINGANÇA é a entrada da história em Django ela é o prato principal. Você aplaude, vibra, se empolga e ri feito um maluco, SANGUE, chove sangue e TARANTINO literalmente no filme. Duas horas e quarenta que passam em vinte minutos,tudo, repito, TUDO é espetacular no filme, as atuações de Jamie Foxx (e sua nova coleção de frases épicas), Christoph Waltz (dono de um sarcasmo e do dom da palavra), Leonardo DiCaprio (cínico e cruel, como um senhor de escravos tem que ser), Samuel L. Jackson (o Smithers dos Simpsons nunca mais será o mesmo depois de você ver o Stephen) e ainda a trilha sonora maravilhosa onde Hip Hop se torna totalmente compatível com um filme de Bang Bang. Vale ressaltar a cena do "brainstorm" da novata Ku Klux Klan, tão engraçado que quase passei mau de tanto rir e a frase já clássica: o "D" é mudo. Épico do começo ao fim, levante essa bunda gorda da cadeira e corre pro cinema!!!

Impressionante o talento de Darren Aronofsky em retratar a loucura, ele empreende uma viagem quase mística nos cantos mais obscuros da mente de seus protagonistas, e em seu primeiro longa, Pi, a junção de trilha sonora, fotografia, roteiro, e ritmo levam o espectador a uma viagem densa e catastrófica... Para estômagos fortes.

Revendo a série cheguei a conclusão de que Lost é a melhor série da história da tv. Nada nunca me prendeu tanto diante de uma tela, algo parecido aconteceu quando eu li O Código Da Vinci (livro incrível, filme de merda), cada cena, cada ação, cada flashback tem um mistério por trás e nada, repito, NADA no mundo tem mais força do que a curiosidade pra te prender a uma história.