Guilherme Rezende Landim

O roteiro não é muito evocativo. Mas a produção, no que tange à estética do filme, é o que mais surpreende. Suas batalhas e os movimentos produzidos pelo 3D nos dão uma dimensão do olhar futurístico do longa.

Uma brilhante produção de Alfred Hitchock, onde se constroi uma atmosfera tensa no decorrer da trama. Lisa e a enfermeira se envolvem na história e quando menos se espera as duas estão tentando ajudar Jeffries a solucionar a caso do suposto assassinato. Muito bem feita a questão da fotografia que Hitchock inseriu no filme, todo o tempo o protagonista se sente angustiado e luta contra sua própria curiosidade e sua imobilidade. Toda atmosfera da espionagem se dá pela curiosidade de Jeffries, além da maneira como os elementos vão se interligando e a curiosidade se torna cada vez maior. Outro aspecto importante é a mudança de Lisa no decorrer da história, esta se torna cada vez mais próxima do que Jeffries espera dela, uma das grandes cenas que simboliza esta busca da personagem é quando esta, uma linda modelo tão frágil se dispõe a pular na janela do assassino para encontrar pistas e ao mostrar o anel a Jeffries demonstra toda sua coragem e sua intenção de casamento, uma prova de que fez tudo aquilo e quer algo em troca, além do fato de se ter uma grande prova de que a Sra. Anna Thorwald foi assassinada. Uma característica marcante é quanto à perspectiva subjetiva do protagonista, onde vemos grande parte da narrtiva por seus olhos. Este filme mereceu todas os prêmios que teve no Oscar.