O filme é marcante em vários dos seus aspectos. Seu suspense, ampliado pela trilha sonora e fotografia sombrias, se arrasta pela mente do espectador, que se pergunta como será o fim dessa história. Uma história assombrosamente humana, e apesar de fictícia, guarda a realidade crua e sem enfeites do Japão no período em que é ambientada. A película, além de retratar samurais realistas, e não idealizados (como Hollywood geralmente gosta de retratá-los), também demonstra no ato final o porvir do mundo moderno.
Hanshiro Tsugumo, protagonista da história, atua como um retrato sutil da diluição dos valores, tradições, e por que não, da ordem do mundo antigo. O ex-samurai depois de perder seu genro, sua filha, e seu neto devido à pobreza extrema em que a família se encontrava (muito em conta da decadência dos samurais em um período de paz, onde seus serviços não eram mais necessários), percebe o quão vãos são os símbolos e costumes que tanto valorizava, quando postos à prova sob condições adversas. Hanshiro conduz sua vingança, perpetrada nos seus últimos dias de vida, como um deboche à honra dos samurais. Duela com os agentes da morte do seu genro, mas nega-lhes a morte honrada e somente corta-lhes os “coques”. Vai até o templo onde o derradeiro seppuko do seu genro ocorreu, dizendo que iria cometer o mesmo ritual, mas usa dessa situação apenas para expor a tamanha injustiça ocorrida no templo. E quando finalmente chega a hora de sua morte, em meio a uma batalha sangrenta com dezenas de guerreiros, ele arremessa furiosamente ao chão uma armadura que antes estava exposta com o intuito de veneração. Tal ato, prosseguido por um seppuko desajeitado do próprio protagonista, antes de uma saraivada de tiros de rifle, pode ser interpretado como a queda do orgulho samurai, em tempos onde o mito de um guerreiro valoroso, servil, e determinado, não mais representa a realidade. E talvez, nunca tenha representado.
O filme é razoável (não foi uma perda de tempo), e tenta explorar um tabu importante na sociedade. Sinto que o filme tentou ser meio light no assunto, talvez para atrair mais visibilidade, e isso prejudicou muito o resultado final. Parece algo que poderia ter sido escrito por John Green, ou um desses autores juvenis que estão na moda, que exploram assuntos sérios de modo superficial e tentam arrancar lágrimas do público de forma repulsiva. As atuações são comuns, o roteiro raso, a trilha sonora nem um pouco marcante. Enfim, acertaram no tempo, filme curtinho.
The godfather é para mim, o melhor filme da trilogia (ainda que os outros dois me agradem muito). A mescla da violência do mundo do crime, com os momentos ternos e dramáticos da família Corleone, são um retrato da vida humana em sua essência. Isto é, imersa em suas contradições. Poucas pessoas tem vidas "preto ou branco". Restritos as nossas respectivas vivências, todos nós temos momentos de bondade e de maldade, vivemos em tons de cinza. O filme, com sua trilha sonora magnifica, seu roteiro profundo e real, e atuações dramáticas, se destaca como um épico dos filmes de máfia. E continuará no topo de qualquer lista de filmes deste subgênero por muitas e muitas décadas porvir.
Depois de deixar a família (que a máfia italiana tanto valoriza) em frangalhos no segundo filme, Michael tenta tomar mais um passo arriscado para salvar o pouco de humanidade que lhe restou. Ao passo em que Michael tenta "legalizar" os negócios da família diminuindo os investimentos em ações ilegais, e investindo em empreendimentos limpos, notamos o surgimento de uma conspiração interna no submundo que por tanto tempo sustentou a família. Michael percebe que sendo filho do "Padrinho", e depois sendo ele próprio o líder da família, suas raízes estão para sempre no crime, e a violência sempre será presente na sua vida. O filme, apesar de me parecer mais "morno" do que os anteriores, fecha de modo satisfatório uma das trilogias mais celebradas do cinema. E ainda serve, num segundo olhar, como uma reflexão para certas escolhas que fazemos na vida, e nos assombram até o fim. "Just when I thought I was out, they pull me back in!"
Já havia assistido o primeiro filme da trilogia, mas somente este ano resolvi completar a jornada. The Godfather: Part II (não gosto da adaptação que fizeram no título) é um épico do subgênero de filmes de máfia, e sucede bem o seu antecessor. O filme mostra os conflitos que agora invadem a vida de Michael Corleone, após tomar a difícil decisão de assumir os "negócios" da família depois da morte de seu pai. Ao mesmo tempo em que vemos a dura escalada da família na missão de expandir sua influência em Las Vegas e Cuba (que desde o início percebemos ser uma jogada arriscada), vemos também os primeiros passos de Vito Corleone para estabelecer o que seria nas décadas seguintes uma das famílias mais poderosas da máfia italiana.Dou quatro estrelas por ter achado algumas cenas desnecessárias, e por ter esperado uma exploração melhor da situação de Cuba pré-revolução (Quintal de milionários e mafiosos americanos) que não aconteceu.
O filme foi ótimo no que se propôs a fazer. Não me incomodei nem um pouco pela proporção "sobrenatural" que ele tomou no final. Foi como uma ópera que começa devagar e explode no final. Shyamalan voltou com tudo, um dos meus diretores favoritos sem dúvida.
Harakiri
4.6 179O filme é marcante em vários dos seus aspectos. Seu suspense, ampliado pela trilha sonora e fotografia sombrias, se arrasta pela mente do espectador, que se pergunta como será o fim dessa história. Uma história assombrosamente humana, e apesar de fictícia, guarda a realidade crua e sem enfeites do Japão no período em que é ambientada.
A película, além de retratar samurais realistas, e não idealizados (como Hollywood geralmente gosta de retratá-los), também demonstra no ato final o porvir do mundo moderno.
Hanshiro Tsugumo, protagonista da história, atua como um retrato sutil da diluição dos valores, tradições, e por que não, da ordem do mundo antigo. O ex-samurai depois de perder seu genro, sua filha, e seu neto devido à pobreza extrema em que a família se encontrava (muito em conta da decadência dos samurais em um período de paz, onde seus serviços não eram mais necessários), percebe o quão vãos são os símbolos e costumes que tanto valorizava, quando postos à prova sob condições adversas.
Hanshiro conduz sua vingança, perpetrada nos seus últimos dias de vida, como um deboche à honra dos samurais. Duela com os agentes da morte do seu genro, mas nega-lhes a morte honrada e somente corta-lhes os “coques”. Vai até o templo onde o derradeiro seppuko do seu genro ocorreu, dizendo que iria cometer o mesmo ritual, mas usa dessa situação apenas para expor a tamanha injustiça ocorrida no templo. E quando finalmente chega a hora de sua morte, em meio a uma batalha sangrenta com dezenas de guerreiros, ele arremessa furiosamente ao chão uma armadura que antes estava exposta com o intuito de veneração. Tal ato, prosseguido por um seppuko desajeitado do próprio protagonista, antes de uma saraivada de tiros de rifle, pode ser interpretado como a queda do orgulho samurai, em tempos onde o mito de um guerreiro valoroso, servil, e determinado, não mais representa a realidade. E talvez, nunca tenha representado.
O Mínimo Para Viver
3.5 622 Assista AgoraO filme é razoável (não foi uma perda de tempo), e tenta explorar um tabu importante na sociedade. Sinto que o filme tentou ser meio light no assunto, talvez para atrair mais visibilidade, e isso prejudicou muito o resultado final. Parece algo que poderia ter sido escrito por John Green, ou um desses autores juvenis que estão na moda, que exploram assuntos sérios de modo superficial e tentam arrancar lágrimas do público de forma repulsiva. As atuações são comuns, o roteiro raso, a trilha sonora nem um pouco marcante. Enfim, acertaram no tempo, filme curtinho.
O Poderoso Chefão
4.7 2,9K Assista AgoraThe godfather é para mim, o melhor filme da trilogia (ainda que os outros dois me agradem muito). A mescla da violência do mundo do crime, com os momentos ternos e dramáticos da família Corleone, são um retrato da vida humana em sua essência. Isto é, imersa em suas contradições. Poucas pessoas tem vidas "preto ou branco". Restritos as nossas respectivas vivências, todos nós temos momentos de bondade e de maldade, vivemos em tons de cinza.
O filme, com sua trilha sonora magnifica, seu roteiro profundo e real, e atuações dramáticas, se destaca como um épico dos filmes de máfia. E continuará no topo de qualquer lista de filmes deste subgênero por muitas e muitas décadas porvir.
O Poderoso Chefão: Parte III
4.2 1,1K Assista AgoraDepois de deixar a família (que a máfia italiana tanto valoriza) em frangalhos no segundo filme, Michael tenta tomar mais um passo arriscado para salvar o pouco de humanidade que lhe restou. Ao passo em que Michael tenta "legalizar" os negócios da família diminuindo os investimentos em ações ilegais, e investindo em empreendimentos limpos, notamos o surgimento de uma conspiração interna no submundo que por tanto tempo sustentou a família. Michael percebe que sendo filho do "Padrinho", e depois sendo ele próprio o líder da família, suas raízes estão para sempre no crime, e a violência sempre será presente na sua vida. O filme, apesar de me parecer mais "morno" do que os anteriores, fecha de modo satisfatório uma das trilogias mais celebradas do cinema. E ainda serve, num segundo olhar, como uma reflexão para certas escolhas que fazemos na vida, e nos assombram até o fim.
"Just when I thought I was out, they pull me back in!"
O Poderoso Chefão: Parte II
4.6 1,2K Assista AgoraJá havia assistido o primeiro filme da trilogia, mas somente este ano resolvi completar a jornada. The Godfather: Part II (não gosto da adaptação que fizeram no título) é um épico do subgênero de filmes de máfia, e sucede bem o seu antecessor. O filme mostra os conflitos que agora invadem a vida de Michael Corleone, após tomar a difícil decisão de assumir os "negócios" da família depois da morte de seu pai. Ao mesmo tempo em que vemos a dura escalada da família na missão de expandir sua influência em Las Vegas e Cuba (que desde o início percebemos ser uma jogada arriscada), vemos também os primeiros passos de Vito Corleone para estabelecer o que seria nas décadas seguintes uma das famílias mais poderosas da máfia italiana.Dou quatro estrelas por ter achado algumas cenas desnecessárias, e por ter esperado uma exploração melhor da situação de Cuba pré-revolução (Quintal de milionários e mafiosos americanos) que não aconteceu.
Fragmentado
3.9 2,9K Assista AgoraO filme foi ótimo no que se propôs a fazer. Não me incomodei nem um pouco pela proporção "sobrenatural" que ele tomou no final. Foi como uma ópera que começa devagar e explode no final. Shyamalan voltou com tudo, um dos meus diretores favoritos sem dúvida.
O Segredo da Cabana
3.0 3,2K Assista AgoraAdorei o filme. Uma ótima brincadeira usando comicamente os clichês dos filmes de terror sob uma ótica "lovecraftiana".
O Que Fazemos nas Sombras
4.0 662 Assista AgoraFilme muito bem humorado. Uma boa opção pra quem gosta de filmes de vampiros, e pra quem quer fugir do humor costumeiro de hollywood.