Isabel

Chega a ser surpreendente, pois quando li a sinopse não imaginei que seria um filme tão doce e agradável, mesmo com sua estranheza. Quem dera se as pessoas fossem gentis e empáticas como as desse filme.

Terminei de assistir esse filme sentindo até dor de cabeça. É difícil processar que pessoas comuns possam sentar e discutir um projeto que vai potencializar o extermínio de vidas. Ainda, que outras pessoas comuns possam conviver com essa realidade com a maior naturalidade. Para mim, é incompreensível e assustador.

Triste é pensar que isso se repete constantemente...Veja o extermínio do povo palestino, que vive preso dentro de muros e é atingido de formas extremamente brutais. Enquanto isso, pessoas comuns seguem suas vidas normalmente do lado de fora.

Esses dias vi o vídeo de um soldado israelense mostrando um par de calçados de uma mulher palestina. Disse que era lindo e que levaria de presente para sua esposa. Essa esposa provavelmente irá usá-los tão naturalmente quanto a personagem da Sandra Hüller usa o casaco, o batom e muitas outras coisas que não são suas e sim de mulheres judias. Repugnante, né?

Amei esse filme. Apaixonada com o Paul e o Dominic juntos e também com a Da'Vine Joy no papel da Mary. É ambientado nos anos 70 e realmente parece que foi filmado no passado. Trilha sonora impecável!