Essa é minha primeira e inexperiente análise sobre uma obra cinematográfica e de imersão nesse universo da sétima arte. Para mim foi extremamente prazeroso iniciar essa prática com uma obra como Aquarius, um filme que tece uma costura de emoções e reflexões indissociáveis, através da estória de Clara, uma jornalista aposentada capaz de enfrentar uma difícil decisão que mexe com seu passado e torna incerto seu futuro. O longa é presenteado com a atuação esplêndida da atriz Sônia Braga, exprime fluidez, frescor e veracidade no decorrer do enredo. Me arrisco em dizer que a atuação dela marcou minha memória, remetendo a uma sensação de pós mergulho nas ondas turquesas da praia de Boa Viagem. Sensorial, assim enxergo o silêncio e a mensagem em diversos momentos na qual a personagem reflete sobre suas escolhas e decisões, grande parte relacionadas a valorização viceral de suas memórias. A fotografia se atém à naturalidade das cores e paisagens, tons quentes para ambientes externos e olivas para os internos. A trilha sonora fica a cargo da brasilidade e sons "vintages" carregados em uma estante de vinil tocando o bailar de Clara que brincam com a elegância dos movimentos do corpo poético e fora dos padrões de beleza idealizados. A força de uma mulher madura, inteligente e independente que resiste a um sistema impositivo, excluso, abusivo e patriarcal são a força motriz para uma trama pautada na batalha antagonista entre a sensatez e a ganância.
Crítica
Aquarius, 2016.
Essa é minha primeira e inexperiente análise sobre uma obra cinematográfica e de imersão nesse universo da sétima arte.
Para mim foi extremamente prazeroso iniciar essa prática com uma obra como Aquarius, um filme que tece uma costura de emoções e reflexões indissociáveis, através da estória de Clara, uma jornalista aposentada capaz de enfrentar uma difícil decisão que mexe com seu passado e torna incerto seu futuro. O longa é presenteado com a atuação esplêndida da atriz Sônia Braga, exprime fluidez, frescor e veracidade no decorrer do enredo. Me arrisco em dizer que a atuação dela marcou minha memória, remetendo a uma sensação de pós mergulho nas ondas turquesas da praia de Boa Viagem.
Sensorial, assim enxergo o silêncio e a mensagem em diversos momentos na qual a personagem reflete sobre suas escolhas e decisões, grande parte relacionadas a valorização viceral de suas memórias. A fotografia se atém à naturalidade das cores e paisagens, tons quentes para ambientes externos e olivas para os internos. A trilha sonora fica a cargo da brasilidade e sons "vintages" carregados em uma estante de vinil tocando o bailar de Clara que brincam com a elegância dos movimentos do corpo poético e fora dos padrões de beleza idealizados.
A força de uma mulher madura, inteligente e independente que resiste a um sistema impositivo, excluso, abusivo e patriarcal são a força motriz para uma trama pautada na batalha antagonista entre a sensatez e a ganância.