E que ótimo ver a Pixar abordar uma temática mexicana, de uma forma tão linda e rica, em 'plena era Trump'. Acho que não tem como não se apaixonar pelo filme. ❤
Tonya é um resultado de relacionamentos abusivos. A sua história, mesmo narrada em um tom tragicômico (que deve ter sido escolhido para "amenizar" o absurdo que era sua realidade) deixa alguns pontos muito sérios que precisam ser sempre lembrados:
- Ciclos abusivos não cessam enquanto não forem cortados pela raiz (alguns, infelizmente, são muito difíceis de cortar) - vide a violência doméstica cometida pelo Jeff, (que sempre quando começa se torna constante), e sua mãe altamente abusiva desde sempre (Allison Janney está perfeita no papel, inclusive. E a Margot Robbie também interpreta Tonya Harding de forma primorosa); - Opressão e abusos não são 'combustíveis' para fazer alguém se destacar no que ama; - Migalhas de afeto são altamente prejudiciais e destrutivas; - Faça o máximo possível, mesmo, para nunca permitir que um cara (ou qualquer outra pessoa) tóxico(a)/lixo arruine seus sonhos e, consequentemente, a sua vida.
No fim só pude ter empatia com a Tonya, um talento que, infelizmente, foi muito prejudicado pelos laços 'afetivos' que teve ao longo de sua formação pessoal e profissional.
Como é gostoso sair do cinema satisfeita e feliz por ter assistido a mais um grande filme nacional. ❤
Abordando o cenário contemporâneo da mulher, de forma sutil e forte ao mesmo tempo, Laís Bodanzky nos entrega um belo filme, tanto pelo roteiro quanto pela direção e montagem como um todo
(a cena da chuva no início, a fumaça do cigarro e o leite derramado são ótimas metáforas para demonstrar a tensão dos momentos vividos)
. As temáticas feministas são bem pontuais e precisas, e foi interessante perceber que, além de mim, muitas outras mulheres presentes na sessão se identificaram tanto com os dilemas, lutas, dores, relacionamentos conturbados, pressões, opressões e conquistas do dia a dia das personagens. Rosa é uma personagem real e, se olharmos com mais cuidado, percebemos que é possível encontrar diversas dela em inúmeros lugares. Aliás, as personagens femininas são muito bem interpretadas, com grande destaque para a Maria Ribeiro e a excelente Clarisse Abujamra. E não tem como não ressaltar, a participação do Jorge Mautner também foi muito preciosa. :)
Adorei a aparição do livro "O Segundo Sexo", da Simone de Beauvoir e pela referência à peça "Casa de Bonecas", do Ibsen, durante o filme.
e, no filme, é até mesmo aliviante ver que a Rosa, que sustenta a família sozinha, como sua mãe o fez no passado, consegue se encontrar e ter forças para mudar e quebrar esse ciclo
.
Um resumo doce e sutil do filme para mim está em uma das últimas cenas,
na qual a Rosa rega as rosas do jardim como se estivesse, finalmente, cuidando de si mesma em um ato que demonstra o amor, o crescimento, o amadurecimento, a ressignificação e o fortalecimento de si mesma. ❤🌹
Viva: A Vida é Uma Festa
4.5 2,5K Assista AgoraQue filme maravilhoso!
A parte que homenageia a Frida Kahlo é linda. ❤
E que ótimo ver a Pixar abordar uma temática mexicana, de uma forma tão linda e rica, em 'plena era Trump'.
Acho que não tem como não se apaixonar pelo filme. ❤
Eu, Tonya
4.1 1,4K Assista AgoraTonya é um resultado de relacionamentos abusivos. A sua história, mesmo narrada em um tom tragicômico (que deve ter sido escolhido para "amenizar" o absurdo que era sua realidade) deixa alguns pontos muito sérios que precisam ser sempre lembrados:
- Ciclos abusivos não cessam enquanto não forem cortados pela raiz (alguns, infelizmente, são muito difíceis de cortar) - vide a violência doméstica cometida pelo Jeff, (que sempre quando começa se torna constante), e sua mãe altamente abusiva desde sempre (Allison Janney está perfeita no papel, inclusive. E a Margot Robbie também interpreta Tonya Harding de forma primorosa);
- Opressão e abusos não são 'combustíveis' para fazer alguém se destacar no que ama;
- Migalhas de afeto são altamente prejudiciais e destrutivas;
- Faça o máximo possível, mesmo, para nunca permitir que um cara (ou qualquer outra pessoa) tóxico(a)/lixo arruine seus sonhos e, consequentemente, a sua vida.
No fim só pude ter empatia com a Tonya, um talento que, infelizmente, foi muito prejudicado pelos laços 'afetivos' que teve ao longo de sua formação pessoal e profissional.
Como Nossos Pais
3.8 444Como é gostoso sair do cinema satisfeita e feliz por ter assistido a mais um grande filme nacional. ❤
Abordando o cenário contemporâneo da mulher, de forma sutil e forte ao mesmo tempo, Laís Bodanzky nos entrega um belo filme, tanto pelo roteiro quanto pela direção e montagem como um todo
(a cena da chuva no início, a fumaça do cigarro e o leite derramado são ótimas metáforas para demonstrar a tensão dos momentos vividos)
Adorei a aparição do livro "O Segundo Sexo", da Simone de Beauvoir e pela referência à peça "Casa de Bonecas", do Ibsen, durante o filme.
Ter a Rosa como uma simbólica ressignificação contemporânea da protagonista Nora, de "Casa de Bonecas" foi uma grata surpresa.
Do título vem a icônica frase do Belchior "Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais"
e, no filme, é até mesmo aliviante ver que a Rosa, que sustenta a família sozinha, como sua mãe o fez no passado, consegue se encontrar e ter forças para mudar e quebrar esse ciclo
Um resumo doce e sutil do filme para mim está em uma das últimas cenas,
na qual a Rosa rega as rosas do jardim como se estivesse, finalmente, cuidando de si mesma em um ato que demonstra o amor, o crescimento, o amadurecimento, a ressignificação e o fortalecimento de si mesma. ❤🌹
Sem dúvida temos um dos grandes filmes do ano.