Joaquim Emídio

Jordan Peele, mandou bem demais mais uma vez! Considerando a adaptação do filme de 1992, o filme transforma a temática do primeiro em algo muito mais interessante e transborda de sentido a questão social e racial, algo que o primeiro filme já ensaia mas falha, muito pq Bernard Rose é branco e sua leitura do guetto e da questão negra é superficial e distante da realidade.
No primeiro filme, existe uma ideia do "branco salvador", que é a personagem principal, e a devoção de Candyman por ela, algo que também não existe no novo filme.
Mas o Candyman agora virou o justiceiro e só mata pessoas brancas? isso mesmo vadia!
O que esperar de um homem escravizado, que morre de forma brutal pela mão de quem o explorava? que ele matasse seus irmãos negros? Hell no!
Esse filme definitivamente nao agradará a branquitude, e nem tem essa intenção mesmo.
Só quem é vai sentir.

Esse filme divide opiniões. Na minha é um filme que usa a violência, principalmente a de gênero, como entretenimento. Vi muita gente chamando o filme de genial, mas para sê-lo, é necessário que vc "entenda" as analogias, algo que, para uma experiência visual não faz nenhum sentido.
Basicamente, o filme retrata a vida de um casal que vive em uma casa, a mulher é uma restauradora e o homem um escritor. Esse por sua vez, silencia e violenta incansáveis vezes a personagem ao longo do filme, uma experiência, que, para quem tem senso de justiça e pensa na questão feminina, sente-se agoniado.
O roteiro chama atenção pela evolução absurdista, algo que sim, faz com que o "terror agoniante" da trama ganhe forma.
Não existe analogia, não existe interpretar o filme para que ele seja bom, é um show de horror e violência de gênero. É triste pensar que pessoas consomem isso como algo bom ou genial, principalmente considerando o momento histórico que vivemos. E não, ninguém é mais inteligente ou subjetivamente superior por gostar disso.

lixo, a vida é curta demais pra vc perder tempo vendo isso