João Victor

Spider Man: Homecoming está longe de ser o melhor filme de super herói. Está atrás de Homem Aranha 2 (esse, sim, um dos melhores de herói já feitos), e é melhor que todos os outros. Tom Holland convence fácil (desde Guerra Civil) e é o melhor Peter/Cabeça de Teia dos cinemas. Há em todo o filme referências a cenas marcantes dos filmes anteriores (e de quebra uma lição para Andrew Garfield aprender a salvar uma garota em queda). Homecoming em nada decepciona.
O filme cumpre tudo o que promete, e não tenta ser mais do que deveria. Não é épico, não é megalomaníaco, não tem raio azul, não tem uma cena marcante. É um filme simples, e exatamente por isso é um filme tão bom. Saí feliz da sessão.
Homem Aranha é o meu herói de infância, e vê-lo ser introduzido ("Finally!") no MCU é de deixar os olhos brilhando. O início do filme é fantástico e mostra mais um aspecto que me deixa encantado: o fator gênero dentro do gênero; não é só um filme de herói, é um filme de colegial. Ele tentando conquistar a garota, o amigo nerd, o valentão, e todo aquele clichê gostoso de se ver.
Vamos aos pontos que muitos criticaram.
"O Flash não é o Flash valentão": Ele é muito valentão, sim. É bully o tempo todo pra cima do Peter. Não precisou ser o cara bruto e se encaixou muito bem.
"Cadê o sentido aranha?": A graça é ver o Peter evoluindo no universo, e isso pode vir com o tempo. Não estragou nada.
"Subestimaram a inteligência do Peter": Por favor, vá ver o filme de novo se você teve a audácia de dizer isso.
"Tia May é muito nova!": O filme brinca com isso, e em nada a idade atrapalha. Caiu bem.
Diferente do que muitos (e eu) pensavam, Tony Stark não rouba a cena em momento nenhum, e sua presença se faz necessária. Os trailers talvez tenham entregado algumas cenas de ação, mas não muito do filme. Não estragou a experiência.
E, em 2017, a Marvel tá de parabéns com os vilões! Depois do bom Ego, Toomes é, arrisco dizer, um dos melhores vilões da Marvel! E mais do que vilão, do jeito que eu gosto, ele é antagonista. Toomes não é mau, tem seus motivos para fazer o que faz, e chega a causar comoção do público. Mas um grande trabalho de Michael Keaton. E palmas para o terceiro ato, que foi incrível.
Enfim, Homecoming é o filme que o Aranha precisava para ser introduzido (e muito bem!) no MCU. É o Aranha que queremos: amigão da vizinhança, gente como a gente, disposto a se sacrificar por um bem maior. A essência aracnídea está ali.
O filme deixa alguns ótimos ganchos para o futuro, e estou ansioso para ver Tom Holland crescendo como Peter Parker.
OBS: Seja paciente e fique até o final para a cena pós créditos. Não vai se arrepender.

Primeiramente, eu sou fã do Superman de Heny Cavill e gostei muito de Man of Steel, ainda que não tenha sido o que os fãs queriam. Bom, ainda está em evolução, mas isso é assunto pra outra hora; esperemos Liga da Justiça. Batman v Superman foi épico. Mas há um fato: ambos foram controversos.

E diante disso, há de se admitir que Mulher Maravilha foi tudo o que o Superman não conseguiu ser (ou ainda será). E veio para mostrar ao DCEU que há uma luz no fim do túnel.

Veja, MoS e BvS são filmes poéticos e isso restringiu o público. Mulher Maravilha mantém a essência densa que a DC já estabeleceu no cinema, mas com uma diferença: Patty Jenkins sabe contar uma história para o público geral.

A trama é bem simplista: segue à risca a Jornada do Herói, mas nem por isso se torna previsível. Para os mais perfeccionistas, talvez o CGI nítido incomode.As atuações são ótimas e a química entre Gal Gadot e Chris Pine dispensa comentários. Ainda que de modo mais sutil, mantém a poética dos filmes anteriores, e a mensagem passada é um tanto quanto clichê, mas bonita e emociona.

O filme tem a mesma pegada de Capitão América: O Primeiro Vingador. E sendo a comparação mais justa, na minha opinião, Mulher Maravilha sai na frente.

Algo que me impressionou bastante no filme foi a resolução para as amazonas: em momento algum elas são sexualizadas, o que é comum de se ver nas HQs. Isso é ótimo para as mulheres nos cinemas. Star Wars tem feito muito bem seu papel com mulheres protagonistas. Viúva Negra e Feticeira Escaralte se mostraram fortes, mas não o suficiente. Faltava uma deusa para por um ponto final no tabu.

E a DC, enfim, começa a se encontrar no cinema. E bastante distante da Fórmula Marvel; os filmes não são assim tão independentes e possuem suas ligações afim de mostrar que um é sequência do anterior.

Ainda que possa ser notado marcas de Zack Snyder, Geoff Johns começa deixar as suas também. Mas o essencial tem sido preservado, o que me leva cada vez mais a preferir DC a Marvel: ousadia. E mudanças.

Nota: 4/5. Above average.

P.S.: Essa nova entrada do DCEU me deu arrepios. Nostálgica.

Existem os seguintes níveis de atuação:
Ator ruim
Ator médio
Ator bom
Ator ótimo
James McAvoy

Estou sem palavras para elogiar esse filme. É excepcional.

Eu assisti em casa, de madrugada, com todo dormindo. Eu gritei no final do filme (e vocês sabem porque).

Shyamalan voltou com tudo. E que venha Glass!