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A man possessed with some radical notions.

Últimas opiniões enviadas

  • João Victor Muniz

    Raymond K. Hessel – Uma arma na cabeça, toda a motivação de que precisamos

    Todos nós poderíamos usar um pouco de motivação - algo que nos tirará do sério e nos fará fazer algo produtivo. No fundo, todos nós sabemos que devemos desligar a TV e tomar algumas medidas. Mas, por alguma razão desconhecida, simplesmente não conseguimos sair do sofá.
    Vamos pensar em milhões de desculpas inteligentes para não fazer algo. Podemos ler todos os livros motivacionais que existem para ler. No entanto, ainda não fazemos o que precisamos fazer! Podemos postar citações de motivação de: Dalai Lama, Mahatma Ghandi, Thomas Edison, Warren Buffett e Steve Jobs em nosso Facebook e Twitter. Podemos colocar pôsteres motivacionais e imagens nas paredes do nosso quarto e no nosso Instagram. Mas.. Ainda não fazemos o que precisamos fazer!
    Então, qual é a nossa solução? Qual é a pequena 'coisa' ou 'sentimento' de que precisamos para nos ajudar a levantar, começar e nos manter em movimento? Curiosamente, talvez um pouco de medo seja tudo de que precisamos. Medo de levar um tiro!
    Uma cena pequena, mas poderosa, em Clube da Luta começa com Tyler Durden segurando o trabalhador da loja de conveniência, Raymond K. Hessel, e pegando sua carteira. O ladrão está a poucos minutos de atirar em sua cabeça. Tyler começa a examinar o conteúdo da carteira de Raymond, permitindo que o público vislumbre a história insatisfeita e deprimente que é a vida de Raymond K. Hessel:

    • Tyler descobre que o nome do balconista é Raymond K. Hessel e pronuncia a frase "Raymond, você vai morrer".

    • Raymond sujou naturalmente as calças neste momento. Tyler começa a perguntar a Raymond sobre sua vida, seu apartamento pequeno e horrível e sua carteira de identidade da faculdade comunitária.

    • Ele pergunta a Raymond o que ele queria ser. Com uma arma apontada para sua cabeça, Raymond responde com "um veterinário".

    • Tyler grita "Animais! Isso significa que você terá que estudar mais." Raymond discorda, dizendo que era difícil demais.

    • Tyler responde com "Você prefere estar morto?"

    • Tyler abaixa a arma, tira a carteira de motorista de Raymond e diz a ele que se ele não voltar à escola e se tornar um veterinário em 6 semanas, ele estará morto. O público então vê que a arma, na verdade, nunca foi carregada.

    • Tyler diz: "Amanhã será o dia mais lindo da vida de Raymond K. Hessel. Seu café da manhã terá um sabor melhor do que qualquer refeição que você e eu já provamos." Tyler assustou Raymond para se tornar o que ele sempre quis ser. Ao fazê-lo pensar que não veria o amanhã, ele fez com que seus amanhãs significassem mais do que jamais significariam se estivessem atrás do balcão de uma loja de conveniência.

    Frequentemente, temos o desejo de fazer algo grande, seja terminar a faculdade, viajar para a Europa ou nos tornarmos um veterinário como Raymond. No entanto, na maioria das vezes esses sonhos não se materializam devido a finanças, relacionamentos ou simples falta de motivação.
    No final do filme, descobrimos que Tyler não é real, mas uma personalidade alternativa do Narrador. O pequeno, manso e desmotivado Edward Norton era quem apontava a arma para a cabeça de Raymond K. Hessel, não Tyler. Tyler era tudo o que o Narrador queria ser, mas tinha medo de se tornar. Tyler era a motivação dentro do Narrador.
    Com este tipo de "incentivo", não acho que ninguém ficaria sem motivação para começar a trabalhar o máximo que pudesse! Então perceba a metáfora dessa cena. O Tyler aponta uma arma para Raymond e diz que se ele não tomar uma atitude na vida dele, ele irá morrer. E, afinal de contas, a vida não é isso? Ou a gente vive de verdade ou apenas existimos. Se a gente não corre atrás dos nossos sonhos, nós vamos morrendo aos poucos, por dentro, pois passamos a perder nossa identidade, nossa essência, nos tornamos ansiosos e depressivos porque não estamos fazendo algo a respeito para mudar nossa realidade. Então foi isso que o Tyler deu ao Raymond, motivação para ele viver de verdade! E não apenas existir, sendo um mero caixa de mercadinho.
    É uma pena que esse tipo de motivação simplesmente não possa existir no mundo real, pois claro, é muito radical. Mas, vejamos as coisas em perspectiva: você prefere trabalhar duro e alcançar seus sonhos ou morrer?
    Talvez um pouco de medo seja tudo de que precisamos para parar de dar desculpas e simplesmente fazer isso!
    O que estou defendendo não é ficar sentado tendo sonhos e sem motivação para torná-los realidade. Basta fazer alguma coisa, qualquer coisa, não importa o quê. Essa é uma decisão pessoal.
    Cabe a você fazer-se feliz. Todos nós temos um Tyler Durden dentro de nós, pode ser uma boa ideia deixá-lo sair de vez em quando.

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  • João Victor Muniz

    Batman - O Cavaleiro das Trevas. O filme onde um vilão complexo tenta provar algo

    Na história do Coringa, que foi retratada no filme solo de 2019, onde ele já era uma pessoa doente, tinha transtornos mentais devido aos abusos que sofreu quando criança, mas mesmo assim seguia as regras, tomava medicamento, se consultava, tentava sorrir e fazer as pessoas sorrirem. E aí ele descobriu toda a verdade, que a mãe dele mentia, que ele não era filho do Thomas Wayne como acreditava, que a vida dele toda era uma mentira. Esse foi o empurrãozinho que fez ele se sucumbir à loucura e anarquia.

    E nesse filme, Batman - O Cavaleiro das Trevas, a trama do Coringa é exatamente essa, ele queria provar que qualquer pessoa, incluindo o Batman, no fundo são que nem ele (uma pessoa sem princípios, inescrupulosa); só precisam de uma motivação (empurrãozinho), para se submeterem à loucura e anarquia, assim como aconteceu com ele. Prova disto foram os experimentos que ele fez.

    1) No primeiro disse que explodiria um Hospital se não matassem o Coleman Reese (aquele cara que quis revelar a identidade do Batman). E o que aconteceu? Três pessoas se submeteram à loucura de tentar assassinar o Coleman Reese, uma na saída dele na sede do jornal puxou um revólver e até atirou, só que o vidro era blindado e a polícia o interceptou; outra um cara com uma caminhonete que tentou atingir o carro onde ele estava sendo protegido; e o terceiro o próprio policial que estava dentro do carro encarregado de protegê-lo tentou atirar nele. Essas pessoas quebraram os princípios delas (considerando que é um dos princípios de todo cidadão não cometer crimes, impostos pela sociedade moderna através dos sistemas de educação).
    Essas pessoas não conseguiram cumprir o que tentaram, mas são provas do que o Coringa quis mostrar.

    2) Segundo experimento: os das barcas. Uma cheia de criminosos sentenciados presos por Harvey Dent. Outra cheia de civis. Explosivos nas duas e cada barca tinha o detonador das bombas da outra e vice-versa. Na barca dos criminosos perceba que no fim das contas eles não quiseram detonar a outra barca, são criminosos sentenciados que já haviam quebrado seus princípios antes, então estavam dispostos a se sacrificarem, talvez por uma busca de redenção e perdão pelos crimes que cometeram.
    Já na segunda barca, estão pessoas civis que o tempo todo pedem para detonarem a barca dos criminosos, afirmando que eles que mereciam morrer, que eles tiveram as chances deles de serem pessoas boas. Elas estavam dispostas a terem sangue derramados em suas mãos, a serem responsabilizadas pela morte de centenas de pessoas (estariam quebrando seus princípios causando a morte dessas pessoas). Ok, você pode pensar: ah, foda-se, mas eram criminosos, eles que deviam morrer mesmo. São criminosos, mas ainda sim são pessoas, e vivemos numa sociedade em que elas têm que ser julgadas, e não mortas. A justiça certa tem que prevalecer e é isso que o Harvey Dent estava fazendo na cidade, sendo o herói correto que a cidade merecia, um herói que foi eleito ao cargo de promotor de justiça, e um herói que não precisava de máscara, como o Batman. Um herói de verdade.

    3) E aí, no outro experimento, o Coringa causou a morte da Rachel, causando também raiva e ódio ao Harvey e sentimento de vingança, que marca o começo da transformação dele de herói a vilão. Essa transformação se completa naquela cena épica do Coringa conversando e manipulando ele na cama do hospital. Depois o próprio Coringa fala pro Batman no final, que o rebaixou ao nível dele e que a loucura é como a gravidade, que só precisa de um empurrãozinho.

    4) O outro experimento foi tentar fazer o Batman quebrar a sua única regra, o qual não conseguiu. O Batman o arremessa para fora do prédio e observe que o Coringa dá risada enquanto cai para a sua morte, não só porque ele é louco, mas também porque ele estava "vencendo" provando que o Batman podia quebrar sua regra. Só que aí o Batman o salva, assim não quebrando seu princípio.

    O Coringa no final de tudo foi preso mas ele foi quem venceu na história, porque ele conseguiu provar que qualquer um pode se rebaixar ao nível dele e conseguiu rebaixar exatamente o verdadeiro herói da cidade, aquele que o Gordon e o Batman tentaram mais salvar porque eles sabiam que o Harvey era o melhor entre eles para dar continuidade na luta contra o crime organizado e corrupção da cidade. Por isso o Batman diz ao Gordon para inventarem uma mentira, a dizer que ele é realmente o culpado pelos crimes do Harvey, para a população não saber da verdade em que o verdadeiro herói delas se rebaixou a ser um criminoso. As pessoas perderiam a esperança, iriam ficar desiludidas.

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