Kauê

A temporada em si é extremamente divertida, o único e grande problema é o ator que interpreta o Richard Ramirez, mais uma vez, o casting para este papel foi péssimo, assim como a Leslie a Grossman foi horrível nas duas ultimas temporadas(e nesta pelo menos está digerível). Amo American, amo essa forma de contar histórias e folclores norte americanos, porém desde a 4ª temporada, o elenco novo que foi entrando foi só decadência, total falta de talento e carisma, salvo Billie Lourd que se tornou fixa desde Cult. Tirando este detalhe (ja que o Ramirez aparece praticamente a temporada inteira), me diverti bastante com o resto.

Ryan infelizmente se perdeu. Sou um grande fã de AHS porém essa temporada é literalmente uma continuação de Coven, a trama do apocalipse é mero "papel coadjuvante", afinal, da para contar nos dedos as cenas que tivemos no durante e pós o suposto "fim do mundo". O anticristo é uma piada, um metrossexual cheio de frescuras, nada amedrontador ou ameaçador (mesmo com toda aquela explicação que ele é uma criança num corpo de adulto, pura balela para justificar tamanha tosquisse). Gostei de fato de 2 episódios, em especifico o 6 e a season finale.

O excesso de repetição dos atores foi péssima também, Mrs. Venable (Sarah Paulson) é uma incógnita, apareceu como uma promessa sinistra e acabou sem final algum.

Os atores Leslie Grossman e Billy Eichner que deram seu pontapé inicial na última temporada "Cult" como atores fixos de AHS, reforço, são péssimos em todos os sentidos no quesito atuação.

Outro ponto é Misty Day, ainda procurando um sentido para ela ter saído do inferno, sabendo do tão "temido" anticristo, para voltar ao mundo real e sair para passear com Stevie Nicks, Jesus, foi horrível.

Billie Lourd como fixa foi a única escolha certa no novo elenco que com certeza estará em futuras temporadas.

Enfim, foi uma temporada trabalhada no fã service, Ryan leu os tweets da galera querendo as Bruxas de volta e ele simplesmente colocou tudo numa panela (sem receita) e saiu isso. A história é fraca, sem fundamento ou lógica, faltou realismo, cuidado e principalmente um sentido (como tínhamos nas primeiras temporadas) fora o excesso de piadas que também tira todo o clima que American ja teve nas anteriores.

Dei 3 estrelas pelos episódios que gostei pois realmente valeram a pena todo o hype criado. Porém de longe, foi a pior temporada de AHS, uma pena. =\

Ao final do filme, fiquei um pouco decepcionado. Sou um grande fã do Von Trier, amo sua técnica, amo a forma que ele puxa o máximo dos atores na atuação, é algo de engradecer os olhos, fora toda a questão gráfica, tudo muito manual, se tornando real. O filme é uma clara referência a Divina Comédia, porém aos olhos de uma evolução de um psicopata nato. O problema deste longa é ele ser arrastado, não há um momento que eu me lembre que ele se impulsione de forma que os demais filme do Von Trier conseguiu, a narração do incrível Matt Dillon e Bruno Ganz causa interesse, é metódica e cheia de simbolismo e metáforas, desperta a curiosidade, o tempo todo me perguntei quem era Virgílio, porém não é o suficiente, a violência gráfica causa desconforto de fato (na minha sessão contei 3 pessoas que desistiram na cena da família) porém como um todo isso não se sustenta. O resumo da receita é claro, positivo, é um filme bom, o simbolismo do Von Trier é único e ele consegue trazer suas histórias de forma muito complexa e interessante, porém comparando aos demais filmes dele este de longe é o mais fraco, faltou personalidade, faltou um tempero, a condução não é de alguma forma sustentada pela interessante história.