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Últimas opiniões enviadas

  • Luiz Felipe

    Subindo no bonde do sucesso dos animes isekai, Overlord se destaca por ter um vilão-protagonista que começa no ápice de seu poder. Trata-se do mais cruel dos cruéis, a maior ameaça a existência de todo o mundo, o grande... terrível MOMONGA... (Sinta-se livre para tomar um minuto de seu tempo para arranjar um novo par de calças depois de ter lido esse nome.)

    Trata-se de um gamer do mundo real logado em seu MMORPG favorito poucos minutos antes dele ser encerrado. O anime começa com ele remoendo sobre o fato de seus companheiros de Guilda não estarem mais presentes e como tudo que eles trabalharam duro para construir no jogo será deletado. A contagem para o fim dos servidores está prestes a se encerrar, mas nada muda. Momonga foi mandado para um novo mundo criado com base em Yggdrasil, o jogo o qual estava fazendo parte.

    Em dois episódios de MUITA RASGAÇÃO DE SEDA, o protagonista conhece os Guardiões, NPCs criados por ele e seus antigos colegas da vida real o qual ganharam vida, e decide ficar nesse novo mundo em vez de procurar um meio para voltar para casa. Agora ele deseja espalhar o nome de sua Guilda, o qual ele também adota para si, Ainz Own Gool por todo mundo e quem sabe conquista-lo também.

    A razão por trás desta review, é simples: tenho visto muitas pessoas aplaudindo esse anime como sendo diferente de outras obras-primas como SaO e Danmachi. Discordo completamente da noção de que Overlord mereça elogios, portanto, estarei compartilhando aqui as razões eu estar cer-... para eu ter uma opinião diferente daquelas que tenho visto até então.

    A Review vai conter alguns spoilers das situações as quais você deve esperar caso opte por assistir esse anime. Acontecimentos específicos serão ocultados como spoilers.
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    A Ambientação
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    Basear um mundo nas mecânicas de um jogo não é uma boa ideia. Além de destruir qualquer traço de verosimilhança que o mundo poderia apresentar, o único propósito dessa medida na narrativa é servir como justificativa para uma dezena de perguntas que surgiriam caso não fosse esse o caso.

    Se o anime se passasse em um mundo de fantasia, não seria tão fácil justificar todos os recursos disponíveis para Ainz e companhia.
    - >Artefatos mágicos são um elemento recorrente na narrativa. De onde eles vem? Como foram criados? Por que não fazem mais? Oras, eles foram trazidos com o Ainz da época que Yggdrasil ainda era um jogo. Foram criados pelos desenvolvedores do jogo e o Momonga os conseguiu jogando.

    -> Por que os principais são tão mais fortes que o restante do mundo? Oras, eles conseguiram esses níveis quando Yggdrasil ainda era um jogo. A programação permitia a eles alcançar esse patamar de poder. Agora nesse novo mundo, as pessoas comuns não estão sujeitas as mesmas regras.

    -> Como surgiu Nazarrick? Por que os Guardiões são tão Leias a Ainz? Oras, Nazarick foi construída com os recursos obtidos no jogo. Os Guardiões são leais por serem programados assim pelo principal e seus antigos amigos.

    O anime ser ambientado em um jogo tem como única função justificar inúmeros fatores que fariam sentido em um videogame, mas não em um mundo fictício coerente. Essa abordagem faz com que Yggdrasil(Ou seja lá o nome do mundo novo) não seja nenhum pouco imersivo. Não há como levar a sério um mundo fictício onde receber uma pancada com uma barra de metal não afeta o seu corpo por que seu nível é alto demais ou no qual sua habilidade em manipular pessoas é afetado em quantos níveis você tem na classe ator.

    Na ficção, os mundos podem ter magia, tecnologia fantasiosa e novas raças. Isso não é demérito algum. No entanto, um bom cenário precisa fazer algum sentido e ter consistência interna coisas incompatíveis com mecânicas de videogame.

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    Não há tensão alguma no anime
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    Um conflito interessante precisa apresentar o risco de uma falha e seu desfecho precisa ter consequências irreversíveis. "Como assim? Protagonistas sempre vencem no final." Errado. Isso é o que acontece na maioria das vezes, mas não é sempre assim tampouco precisa ser. É memorável ver um resultado inesperado, ver o personagem o qual você acreditava ser invencível perder no final. Não ter certeza quanto ao triunfo ou sobrevivência dos heróis torna as situações de risco mais interessantes.

    Em 23 episódios de anime, Overlord não apresenta um único confronto que cumpra com esses dois critérios. Além dos protagonista ser a criatura mais poderosa de toda existência, ele tem o poder de reverter qualquer resultado indesejado de forma a deixar inveja a qualquer esfera do dragão. Reviver os mortos, apagar memórias, teletransportar, localizar pessoas, destruir exércitos... e a lista continua. Seja lá qual for a situação, ela pode ser resolvido com uma única magia ou item mágico. Dessa forma, qualquer tensão é completamente destruída.

    "Ah, mas eu assisti o anime e não é bem assim. Em tal episódio ele enfrenta um inimigo capaz de vence-lo"

    Todos os conflitos onde o protagonista apresenta a mínima chance de falhar são forçados. Para haver qualquer suspense, Momonga precisa primeiro se sabotar de alguma forma, por exemplo: lutar contendo sua força, recusar ajuda de seus aliados, não usar um certo item... As lutas costumam se estender até o momento onde o principal decide parar de perder tempo deixando o inimigo ataca-lo sem causar dano algum para encerrar o combate com um só golpe.

    Como não há perigo algum, as lutas são chatas e previsíveis. O protagonista fica parado a maior parte do tempo sem fazer nada.

    Sendo somente isso, não seria tão ruim. Mesmo vencendo, as coisas nem sempre saem como planejado e as circunstâncias adversas acabam criando alguns problemas para Ainz. Ter como conflito as situações criadas por sua inefetividade ou incapacidade de obter o resultado ideal o tempo inteiro, não seria tão ruim. E essa é uma das qualidades do anime.

    Hahahahahahahah. Só que não.

    Ele não só sempre vence, como também tem o poder de reverte qualquer repercussão negativa dos eventos o qual participa. Qualquer fator que possa prejudica-lo é apagado imediatamente, exemplos disso:

    - Aldeões viram a verdadeira forma de Ainz. Isso pode causar problemas. Ele comenta que pode usar sua magia para manipular a memória dos envolvidos.

    - Um dos aliados de Ainz acabou morrendo. Este pode ser ressuscitado sem nenhuma consequência digna de nota.

    - Um assassino acabou de fazer um massacre e fugiu. Ainz pode usar um item mágico para localiza-lo.

    - Ele está precisa regressar imediatamente para seu esconderijo. Ainz usa um item mágico para se teleportar.

    E assim em diante... tendo ele um vasto arsenal de itens mágicos justificados pelo fato do mundo anteriormente ter sido um jogo no qual ele dedicou anos de sua vida, o roteirista tem a sua disposição a desculpa perfeita para tirar itens mágicos do nada para resolver qualquer situação na qual o personagem possa se encontrar.

    Tudo bem. Ele pode ser extremamente poderoso, mas isso não significa que ele não seja rivalizado. Como ele é um jogador teleportando para esse mundo de fantasia, certamente existem outros como ele com um nível de poder ao menos comparável que possam lhe dar um desafio. Light Yagami é extremamente habilidoso em tudo que faz, mas a presença do L garante que a história tenha tensão.

    Um bom antagonista, mesmo que menos poderoso e com menos recursos, pode proporcionar tensão. Então, como Overlord se sai nesse quesito?
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    Ainz não tem oposição a altura.
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    Overlord não apresenta um único adversário a altura

    (Esse no qual você está pensando precisou que Ainz recusasse ajuda.)

    Em uma reviravolta impressionante, o fato do jogo se passar em um videogame é uma das razões disso acontecer. Oh! Que surpresa, essa decisão mais uma vez está prejudicando a narrativa.

    O protagonista e seus lacaios mais poderosos são personagens de nível 100. Os indivíduos mais poderosos de todo o mundo conhecido quase nunca passam do nível 25 e heróis lendários estão nível 50. Para você, que não joga MMOs, entender o que quero dizer imagine o seguinte: Ainz é o Superman do mal em um mundo sem kryptonita ou magia onde os heróis mais fortes são Homem Aranha, Wolverine e Viúva Negra. Não importa o que eles façam ou quantos sejam, eles nunca serão capazes de feri-lo muito menos derrota-lo.

    Mas tudo bem, sua integridade física não pode ser violada de forma alguma. Isso não é problema, afinal, um bom adversário não precisa necessariamente ser capaz de ferir o protagonista. Suas ações apenas precisam ser capazes de afeta-lo negativamente.

    Histórias têm morte como consequência para uma falha por ser algo terrível e impossível de reverter (Não, isso não conta para você Dragon Ball). Mas remover esse elemento da narrativa, apesar de diminuir a tensão, não significa a extinção de qualquer conflito interessante. Nessa situação, a história só precisa fazer a audiência se importar com o personagem, desejar o seu bem estar e introduzir o risco do protagonista enfrentar sofrimento psicológico. A história precisa de um antagonista capaz de criar drama.

    Por exemplo, o Coringa é inferior ao Batman em todos os aspectos e raramente se quer deseja mata-lo. No entanto, suas ações colocam em risco a sanidade e integridade física dos entes queridos do Cavaleiro das Trevas. Caso o herói não consiga impedir o palhaço, outras pessoas vão ser afetadas. Quando Bruce Wayne falha, ele precisa lidar com a dor da perda, a culpa por não ter conseguido salvar as pessoas e com seus próprios questionamentos internos sobre seu código que o impede de matar o Coringa.

    Ter tensão em cima dos relacionamentos do principal com outras pessoas, suas convicções pessoais e suas aspirações é possível. Ótimas histórias podem surgir em cima disso. Overlord só precisa ter drama.
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    Overlord não tem um bom drama
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    Para construir drama, você precisa focar nas interações humanas. Precisa criar bons vínculos entre os personagens e fazer com que a audiência se importe com eles. Surpreendentemente, o protagonistas não são o principal foco do anime. Essa honra vai para os eventos na "história".

    Os acontecimentos recebem a maior parte do destaque, ou seja, os personagens ficam em segundo plano. Não é incomum personagens ficarem vários episódios com tempo em tela quase nula para dar lugar ao novo evento do arco que está recheado de novos personagens que nunca serão relevantes depois de três episódios. Os Guardiões não apresentam motivações próprias e raramente agem sem antes receber o aval de Momonga.

    Isso contribui para que o elenco seja dotada de personalidades rasas. Dificilmente há interação entre os personagens que não seja comédia padrão de anime (a qual você já deve ter visto 5 bilhões de vezes) ou rasgação de seda em níveis exorbitantes. Como resultado, não há como se importar com os personagens ou com os relacionamento entre eles.

    Eles não foram escritos com o propósito de simular pessoas, e sim para proporcionar validação em cima de cada ação de Ainz. Para você ter uma ideia do nível de rasgação de seda, digamos que é suficiente para fazer as autores de HQs do Batman passarem mal de tanta vergonha alheia ao presenciar tantos personagens endeusarem o principal.

    Sendo franco, o anime tem alguns pontos positivos nesse departamento. Quando Momonga lembra de seus antigos companheiros e comenta o quão solitário ele se sente sem eles ali, é fácil simpatizar. Todos nos precisamos lidar com amizades sendo perdidas com o decorrer do tempo pelas mais diversas razões. As vezes é difícil perceber que as pessoas com quem você passava tanto tempo não estão mais ali para você.

    Só há um pequeno... micro... mínimo... porém... Todos esses momentos aconteceram no passado com personagens que não estão presentes no anime. Não conhecemos nenhum dos antigos colegas de Ainz além de suas descrições. Em vez disso, temos os guardiões que deveriam ser os reflexos de seus criadores, mas é impossível leva-los a sério uma vez que tratam Ainz como uma divindade a ser venerada e não como um amigo.

    O elemento mais interessante do anime, a separação de Ainz dos seus amigos, é meramente pincelada e fracamente desenvolvida. Entenda, esse não é um ponto positivo por que Overlord lida muito bem com isso. É meramente um conceito muito bom que é apresentada e só. Nada é feito com ele.

    Sem tensão para temer pelo sucesso dos personagens, sem drama, sem boas caracterizações... Mas eu disse que o principal foco do anime era nos acontecimentos, certo? Novos personagens e situações sendo introduzidos em todos os arcos. Talvez os principais não sejam interessantes, mas quem sabe os eventos e as situações as quais não envolvem ele não sejam capazes de salv...

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    A História não é boa
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    O problema de uma narrativa sem um objetivo claro é a incapacidade de se determinar o progresso sendo feito. No excelente anime Sword Art Online, o qual eu já escrevi a respeito antes, há sempre um meta clara. No primeiro arco, é chegar até o último andar. Sempre que Jesus-San-Sama-Senpai-Kun-Desu libera um novo andar, ele está mais próximos de alcançar seu objetivo. Overlord não apresenta o mesmo elemento.

    Claro, você sempre pode ignorar meta. Fazer uma narrativa sem meta, e quando alcançar a meta você pode dobra-la. Mas não é isso que acontece.

    O objetivo de Momonga é vago. Conquistar o mundo? Encontrar um novo jogador? Nope. Espalhar o nome Ainz Own Gool por todo o mundo e se tornar a maior lenda da história. Ele quer eternizar a Guilda a qual ele criou com seus amigos nesse mundo. Não parece tão ruim, certo? Entretanto, o progresso dessa jornada não é empolgante.

    Fama não é algo ruim para ser almejado, mas é um péssimo objetivo principal para uma história. Essa meta depende das ações de outras pessoas para realizar algum avanço e ainda assim o resultado é monótono. "Uau, depois de anos acompanhando essa história agora todo mundo sabe o nome do protagonista. Que legal. "

    Popularidade funciona muito melhor como uma consequência e não como o fim principal por trás da jornada. A história poderia ser bem mais engajante se o raciocínio fosse "Eu quero ser o mais famoso de todos. Então, irei caçar e superar todas as pessoas mais extraordinárias do mundo.", "Para ser famoso, irei usar meu poder para criar meu próprio Império."

    Durante o anime inteiro, Ainz não parece está fazendo nada além de se preparar para coisas que ele vai fazer depois. Coletando informações, estudando geografia, virando um aventureiro famoso... de imediato isso não parece lhe proporcionar nenhuma vantagem.

    Além de ser difícil apresentar o progresso do Ainz de uma maneira interessante, a falha, como já mencionada antes, não tem consequencia alguma. O fracasso nessa missão não significaria absolutamente nada além da manutenção do status quo.

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    Conclusão
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    Overlord, de fato, conta uma história diferente sobre um gamer/otaku perdido em um mundo de fantasia. Apesar de ter uma premissa interessante, ela não é bem explorada e a narrativa como um todo é prejudicada por erros básicos.

    Extra:
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    O Protagonista
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    Quase esqueci, dei uma descrição geral dos Guardiões, mas não falei muito do protagonista. O personagem mas importante. Certamente a personalidade dele é extremamente marcante.

    Momonga é gentil com seus aliados e é muito poderoso... também... hm... ah... Sabe, ele tem muitos monólogos internos onde ele deixa transparecer... espera... Nesses monólogos ele só explica um monte de baboseira para quem estar assistindo... Bom ele... Acho que em algum momento eles dizem que ele está perdendo a humanidade por ter virado um esqueleto? Ah, sim. Isso. Ele agora é um monstro e não sente mais empatia por seres humanos sendo desmembrados.

    Acho que é isso?

    Assim com os protagonistas de Isekai, ele é feito para ser extremamente genérico. Assim, quem quer que esteja assistindo irá conseguir se identificar com ele, uma vez que as únicas características dele são: ser um gamer e não gostar do trabalho. Ele se quer tem um nome real e nunca vemos o rosto verdadeiro dele.

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    A Caracterização dos Antagonista
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    Quando se cria um vilão protagonista, ainda é necessário fazer os fãs do show torcerem por ele. Eis que surge o problema, se os fãs precisam gostar dele e ele é um vilão, quem ele vai enfrentar? É muito mal gosto faze-lo torturar e matar pessoas boas. Então a única solução lógica é faze-lo enfrentar pessoas ainda piores que ele.

    E digamos que nesse quesito... Overlord é tão ruim que é bom.

    Os vilões enfrentados por Ainz são CARTUNESTACAMENTE malignos. São completos psicopatas que adoram matar e torturar pessoas inocentes sem razão alguma. E não, eles não tem um centésimo do carisma ou presença de vilões como Dio Brando, Kira Yoshikage, Coringa, Duende Verde, Freeza, Toguro ou qualquer outro desses.

    Eles tem uma aparência repulsiva quando são homens ou tem uma personalidade voltada para sexualidade quando são mulheres. Matam de maneira extremamente violenta e é impossível levar qualquer um deles a sério por um segundo se quer.

    A violência sexual é constantemente retratada no anime com extremo mal gosto. Os vilões costumam deixar claro suas intenções quando olham uma mulher atraente. Claramente é um tema o qual o autor não tem maturidade para lidar e só introduziu na história para causar choque.

    A segunda temporada apresenta uma passagem em um bordel que fica eternamente presa na linha de: é tão ruim que é hilária e tão ruim que é ofensiva.

    Comentário contando partes do filme. Mostrar.

    Basicamente, um aristocrata está no meio do ato com uma prostituta. Nessa cena ele não para de socar a face dela até que a mesma fique desfigurada enquanto dar uma gargalhada ridícula.

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  • Luiz Felipe

    Qualidade é algo relativo. Um filme com efeitos especiais espetaculares nos anos 60 seria ridicularizado caso fosse lançado nos dias de hoje. Por essa razão, para avaliar a animação vamos comparar Shurato com um anime lançada na mesma época: Saint Seiya.

    A animação não é nada agradável. Varias cenas são repetidas inúmeras vezes - destaque para as sequencias de transformação e o Shurato usando o "poder de Shura" - visando economizar dinheiro. As cenas de ação são lentas, com pouca movimentação e poucas ações que não sejam ser jogados para longe após ser atingido pela repetição da cena do ataque icônico de determinado personagem. É impossível se divertir assistindo qualquer uma dessas cenas. Até por que, a maioria dela são combates. Há poucas cenas de perseguição, desastre ou qualquer outra coisa que implicaria ação emocionante por parte dos heróis da história. Não sendo o bastante, na última temporada a qualidade cai por terra chegando a níveis ridículos. Com destaque especial para o episódio 30, a movimentação passa a ser realizada a belíssimos cinco quadros por segundo transmitindo a sensação de que o personagem está teleportando entre diferentes poses de paralisia para simular movimento.

    A qualidade cai ainda mais por terra quando comparamos Shurato à Cavaleiros. Os ataques são sempre mais diversificados em seus efeitos no ambiente e em seus oponentes. Apesar do movimento ser bem limitado também, os efeitos visuais como as imagens de constelações, o estilhaçar de uma armadura ou o impacto de um soco poderoso eram muito mais satisfatórios de serem assistidos do que em Shurato.

    Divertimento

    Os combates, principais momentos de ações, são tediosos e repetitivos. A variação entre eles é praticamente nula e os efeitos visuais são desinteressantes.

    Os conflitos se resumem aos heróis gritando repetidamente seus ataques especiais com animações repetidas contra seus oponentes e sendo arremessados para todas as direções quando o lado opositor faz a mesma coisa. Ou seja, basicamente Cavaleiros com menos variedade. As vitórias são sempre alcançados da mesma forma: o personagem em questão decide usar uma técnica nova a qual nunca foi mencionada anteriormente, mas garante a ele poder o suficiente para virar o rumo da batalha. Não há estratégias, não há poderes criativos e nenhum dos combates é divertido de assistir, pois vendo um você já viu todos. A técnica mais interessante é certamente o Dragão de Fogo de Ryoma em relação aos efeitos visuais, uma vez que todas as técnicas tem o exatamente o mesmo efeito de arremessar o adversário para longe, aquela que detém o melhor design é a melhor. Ainda assim, o dragão é desprovido de detalhes sendo apenas uma forma alaranjada que padece em comparação ao Cólera do Dragão de Shiryu ou o Ave Fênix de Ikki.

    Os combates também tem o problema de serem insignificantes. Ao fim deles, não há nenhuma lição a ser aproveitado, nova linha de raciocínio aprendida e nem mesmo tensão o bastante para torna-la interessante. Os antagonistas são inimigos não memoráveis, sem nenhuma individualidade ou traço de personalidade marcante e são esquecidos assim que derrotados, embora alguns deles tentem ser relembrados pelo enrendo a única coisa que os faz digno de nota é a insistência dos heróis em menciona-los novamente. Por fim, os adversários tem como único objetivo impedir o avança do grupo de Shurato os derrotando. Como não a nada a ser perdido caso sejam obrigados a recuar somada a inexistência de caracterização é praticamente impossível dar qualquer importância para o desfecho de qualquer um dos embates.

    Além disso, os momentos sociais são também amenos. Sem nenhuma motivação pessoal, arco de desenvolvimento o elenco se apresenta como sendo muito chato. Não há falta de oportunidades, entretanto, diferente de CDZ, os Guardiões passam a maior parte do tempo juntos e possuem diversas oportunidades de interação entre si. Todavia, mesmo com oportunidades a caracterização é falha. É impossível descrever ao certo a personalidade dos protagonistas pela completa ausência de qualquer situação onde tenham que tomar uma decisão a qual não envolva enfrentar e vencer o obstáculo com força bruta. Talvez o mais carismático seja Leiga, mas a ausência de um passado ou objetivo concreto o fazem não muito mais interessante que o restante do grupo.

    É comum para o gênero Shounen constantes discursos sobre virtudes como amizade, honra e perseverança, com Shurato não é diferente. Sua individualidade, no entanto, reside em sua execução. O Rei Shura constantemente grita reflexões filosóficas de proporções lendárias como "PAREM! VOCÊS SÃO AMIGOS NÃO DEVERIAM ESTAR LUTANDO" ou "POR FAVOR, NÃO LUTEM! EU NÃO AGUENTO MAIS VER AMIGOS BRIGANDO" (Até o momento ele só havia presenciado um único outro caso como esse.)

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    1 - A Formação Mandala é concebida DURANTE uma batalha. É uma técnica decisiva que será usada diversas vezes no anime, mas em nenhum momento ela é mencionada previamente e os heróis se quer precisam treinar para domina-la. Não sendo o bastante, a criatividade empregada na elaboração dela é risível: consiste nos heróis lançado sequencialmente silhuetas de seus respectivos animais contra o oponente.

    Enredo

    Desde o surgimento, Shurato é controverso pela sua semelhança com Saint Seiya, entretanto, a acusação de plagio é claramente precipitado como vocês podem verificar pela descrição do primeiro arco: este consiste em um conflito interno entre os guerreiros de armaduras responsáveis por proteger a deusa encarregada de defender o mundo. A razão por trás da batalha é a traição do líder do exército responsável por proteger a divindade. Antes ele era vista como uma figura bondosa, honesta, gentil e quase messiânica, mas agora parece ser o mal encarnado. Por conta disso, agora um pequeno grupo de heróis conhecedores da verdade devem lutar contra aqueles que deveriam ser seus companheiros, salvar a deusa e expor a verdade para o restante do grupo. [1]

    No fim, o General é derrotado, mas se arrepende de suas ações em seus momentos finais. [2]

    Apesar da originalidade da história, surpreendentemente, ela não é executada bem. A linearidade é demasiada. A história não possui nenhum reviravolta, nenhum novo elemento para mudar a dinâmica da trama e os episódios são repetitivos entre si. Todos os desafios são marciais e há uma forte carência de personagens interessantes para estabelecer relacionamentos com os heróis ou trazer a tona alguma característica mais reclusa de suas respectivas personas. Após o fim da batalha contra Indra, o novo vilão é revelado e o mesmo formato é mantido: é necessário derrotar os capangas do BBEG antes que o Mundo Celestial seja destruído. Possuindo ainda menos interação entre personagens que o arco predecessor. [3]

    Assim como Saint Seiya, a narrativa conta com desfechos milagrosos causados pela ausência de prenúncio. Por diversas vezes os heróis encontram um inimigo o qual não conseguem superar com seu atual nível de poder. Em vez de vence-lo com estratégia, fugir da luta para treinar ou encurrala-lo em uma armadilha, Shurato e companhia apelam para técnicas nunca antes vistas ou mencionadas para vencer o oponente. O novo golpe simplesmente surge subitamente na história em um momento chave sem nunca ter sido mencionado antes. Isso quebra completamente a imersão e acaba com qualquer tensão nas batalhas. A possibilidade dos heróis possuírem um recurso tão forte e se recusarem a usa-lo é tão ridícula quanto a de que o desenvolveram durante a batalha.

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    1 - Caso você não tenha assistido: esse é exatamente a mesma sinopse da Saga do Santuário de Saint Seiya.

    2 - Indra não só parece ser um paralelo à Saga em diversas características, como também compartilha uma redenção pré-morte muito semelhante.

    3 - Uma formula também repetida em Saint Seiya.

    4 - A Formação Mandala (Exclamação de Vishnu, para os íntimos) é usada para vencer o Gai, o Rei Yasha, após ter caído de paraquedas no universo da série. A técnica nunca antes fora mencionada e a condição de Shurato torna improvável a possibilidade dela ter sido aprendida antes do começo do anime durante o treinamento dos Guardiões.

    Cenário

    Surpreendentemente, a construção de mundo também não é ponto forte do anime. As verdades sobre o mundo apresentado no anime são constantemente contraditas logo após serem apresentadas sem nenhuma justificativa adequada, os personagens agem de maneira irracional[2] e os níveis de poder dos Guardiões - os quais deveriam ser os guerreiros mais fortes do Mundo Celestial - não fazem sentido quando colocados em comparação com os inimigos enfrentados pelos heróis ao decorrer da série[3]

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    1 - O caso de Lakesh, na sessão de personagens.

    2 - Lengue é cegamente leal a Indra e se recusa a dar ouvidos as explicações de Hyouga. Sendo o roteiro incapaz de criar uma situação plausível onde a mesma possa enxergar a verdade e mudar de lado, a Guardiã é exposta uma esfera mágica, conhecida como "Luz Sagrada", capaz de revelar a verdade para aqueles que duvidam. Nota-se que essa propriedade milagrosa do objeto não foi mencionada em nenhum episódio nenhum, ou seja, não houve qualquer prenuncio. Dessa forma, entende-se o acontecimento como um Deus Ex Machina - evento extremamente improvável o qual surgiu do nada para ajudar os protagonistas a cumprirem com seus objetivos.

    3 - Os Guardiões são supostamente a elite do exército de Vishnu. Ainda assim, os vários guerreiros que são enviados para conte-los demonstram serem adversários a altura sem a necessidade de nenhuma estratégia ou artimanha especial. Colocando em dúvida a necessidade de um casta de elite entre os Guerreiros do Mundo Celestial, uma vez que eles não parecem superiores a nenhum dos oponentes genéricos enviados para despacha-los.

    4 - Shurato não foi treinado em controle de Souma, a energia utilizada pelos Guardiões para aumentar suas habilidades e disparar ataques especiais, ainda assim... ele é capaz de se provar mais forte que aqueles os quais supostamente teria treinado no controle desse poder por anos. Shurato consegue derrotar outros Guardiões e também inimigos que esses não podem derrotar.

    [3]

    Personagens

    Shurato - Imagine um personagem formado pelas melhores características de ambos Shun e Seiya: um personagem sem sal, com constantes discursos sobre amizade, obtem força extra do nada, é obcecado em reaver uma figura pela qual nutre amor fraterno, não para de gritar o nome dessa pessoa, não gosta de lutar e constantemente reclama das situações onde está. Esse é o nosso protagonista. Não se enganem pela minha descrição, ele é mais irritante do que parece. Se você já quis saber o quão maravilhoso seria se o Shun enfrentasse o Ikki no torneio galático e depois tivesse revanches com ele: no fim da saga dos cavaleiros negros, no começo da saga do santuário, na batalha final contra Poseidon e antes e durante a luta contra Hades com direitos a ver o primeiro gritando sem parar o nome do segundo, este anime não ira falhar em proporciona-lo com essa experiência.

    Gai - Amigo de infância de Shurato, antes era extremamente gentil e agora quer matar Shurato. Ponto final. Não há mais nada a ser dito sobre ele, mas caso você insista em saber: 95% das linhas de dialogo desse personagem são "Shurato, eu vou matar você HAAHAHAHAH!", ele luta com seu querido amigo vezes o bastante para remover qualquer valor dramático do embate [2], é constantemente reciclado como adversário por diferentes razões e adora terminar todas as suas frases com uma risada gratuita.

    Ryouma - Com a tématica de Shiryu, técnica e vozes iguais ao de Ikki, este é provavelmente o mais desinteressante entre os protagonistas. Sua caracterização é mínima, em 37 episódios não exibiu uma única individualidade para diferencia-lo dos outros guardiões, exceto ser chamado de o "mais forte entre os oito Guardiões" título ao qual Ryouma faz questão de honrar sendo destruído em todos os combates o qual participa. Todos os outros parecem ter mais vitórias ou ao menos conquistas que Ryouma, o único momento de nota do guerreiro foi alcançado quando seus companheiros deram suas forças a ele e ainda assim, só venceu por receber conhecimento de uma força externa sobre uma batalha de 10 mil anos atrás. Não obstante, ele também é protagonista de uma das piores cenas da série [3]

    Hyouga - O nome não foi a única inspiração tirada do Cavaleiro de Cisne, uma vez que esse Guardião também ataca com cristais. Algumas vezes é possível ver alguma sombra do que seria uma personalidade pelo seu senso de dever e preocupação em salvar o mundo celestial, entretanto, sendo essa a única característica marcante e não podendo ser demonstrada em situações extremas, a caracterização dele continua sendo fraca. Não conseguimos ver diferenças em seu comportamente em momento de tristeza, estresse, raiva, alegria ou tranquilidade. Assim como Seiya - o preferido de todos em CDZ - sua única razão existêncial é salvar a deusa, ele não existe fora desse objetivo. Talvez isso pudesse ser explorado caso ele se colocasse em uma situação extrema para garantir a segurança de Vishnnu ou tivesse disposto a sacríficar os companheiros em prol do seu objetivo, mas isso seria pedir demais para o anime.

    Leiga - Indiscutivelmente o melhor personagem. Embora sua caracterização não seja aprofundada, ele é facilmente o mais carismático dos guardiões. O Rei Karla expõe individualidade em diversos momentos: quando é relaxado demais para treinar com os outros e prefere descansar na sombra, seus constantes flertes e piadas e suas interações com Shurato e Lakesh sem dúvidas foram as mais únicas. Além disso, ele conta também com uma habilidade de espionagem muito útil na progressão da "história" Infelizmente, ele não vai além disso. Uma personalidade mais memóravel e uma habilidade interessante. Leiga não tem nenhum desenvolvimento, origem ou objetivo próprio para diferi-lo do restante.

    Lakesh - Personagem com função nula na história.* Gasta a maior parte dos episódios nas laterais sem ter poder para contribuir com a jornada, nem formas de influênciar a tomada de decisões, só existindo para ir juntamente com o bonde. Sua única característica é gostar de Shurato e creio ser possível contar nos dedos o número de vezes que, em 38 episódios, ela fala de qualquer outra coisa que não seu amado. A príncipio, imaginei que a mesma poderia servir para desenvolver Shurato em criar um vínculo com o mundo celestial, reconforta-lo nos momentos de dúvida e incentiva-lo a tomar decisões difíceis as quais não podiam ser evitadas. Dessa forma, a personagem continuaria a mesma, não tomaria o holofote dos Guardiões e sua influência na história seria algo social ao invés de prático. Nem mesmo isso foi passado à ela. Em vez disso, ela quase não fala nada, exceto para demonstrar sua preocupação com Shurato ou espanto com algo acontecendo a sua volta. Seus únicos feitos marcantes são tentativas fúteis de proteger Shurato e uma cena sofrível a qual falhou miseravelmente em ser emocionante. [1]

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    1 - A cena de seu sacríficio. Os heróis ficam sabendo de uma fonte mágica capaz de proporcionar aos amigos de uma mulher a qual se sacrificasse na mesma um imenso aumento de poder. Nossa querida heroína faz isso, e... sobrevivi. Dessa forma, garante aos Guardiões um aumento de força gigantesco sem custo algum, esforço ou merecimento.

    2 - O excesso de disputas entre Shurato e Gai já é o ruim o bastante, mas a luta final consegue ser a pior. Nela, Shurato consegue trazer Gai de volta para o lado do bem ao se recusar a matar o velho amigo e permitindo que esse o atravesse com uma espada. O protagonista ficando firme em seu desejo de não ferir um compnheiro mesmo que custe sua vida é um elemento o qual eu consigo respeitar. Entretanto, temos um pequeno problema. Antes dessa luta, os dois já haviam lutado várias vezes. Em uma dessas batalhas passadas, SHURATO MATOU O GAI (O Rei Yasha foi ressuscitado logo em seguida com o ínicio do novo arco) Esse simples elemento torna toda a relutância de Shurato em matar o amigo completamente ridicula, pois o ato já foi realizado uma vez sem nenhuma consequencia prática ou emociona.

    3 - Gai, após receber um aumento gigantesco no seu poder, enfrenta o poderoso Ryoma, o mais forte entre os Guardiões e único a ser incapaz de derrotar qualquer um sozinho. Ao fim da luta, após levar uma humilhante surra, o Rei Dragão é abandonado pelo Rei Yasha que declara já o ter matado. Claro, é muito comum em Shounens a situação ser apresentada de uma forma na qual o expectador é levado a acreditar que um dos heróis morreu, para depois o mesmo fazer um retorno heroico. A prática é terrível e prejudica a história ao presentear seus protagonistas com plot armor para assegurar que nada de ruim lhes aconteça destruindo qualquer chance de haver tensão pelo medo da morte de um dos mocinhos, mas... ela não é o problema dessa cena. Veja bem, quando alguém morre no mundo celestial, a mesma não deixa um cadáver para trás. Em vez disso, ela brilha e vira pó. Sabendo disso, Gai deixa o corpo de Ryoma completamente inteiro para trás e parte para fazer outra coisa deixando óbvio o fato da suposta vítima ainda estar viva. Surpreendentemente, o Rei Dragão volta vivo pouco tempo depois. O Anime não faz esforço algum em retratar o gafe de Gai. O evento é simplesmente ignorado sem que nenhuma explicação seja dada, ou seja, o roteirista se quer pensou em uma resposta para um problema tão óbvio.

    Vilões

    Indra é respeitado, até mesmo idolatrado, pelos Guardiões como sendo uma figura sagrada. Quando ele trai Vishnu, o ato provoca um grande choque para aqueles que tomaram conhecimento da traição. Entretanto, em momento algum o animê justifica a confiança depositada nele. Em Saint Seiya, por exemplo, o Grande Mestre é visto quase como uma figura divina, com um cosmo gentil e extremamente bondoso com seus subordinados. Compreende-se o choque e a exitação dos Cavaleiros em acreditar na sua traição. Em contrapartida, Indra é um homem frio, reservado e calculista. Nada nele inspira confiança. Ainda assim, os Guardiões se recusam a acreditar na traição até ver com os próprios olhos chegando ao ponto de tentar matar seus antigos companheiros sem dar oportunidades para que esses lhe deem uma explicação.

    O ato de poupar os inimigos é um tema bem recorrente nos vilões de Shurato. Ainda que os opositores a seus planos possam ser contados nos dedos e tenham diversas oportunidades de derrota-los caso usassem todos os recursos a sua disposição, mas obviamente os antagonistas não se aproveitam dessa situação. Os argumentos usados são: "desnecessário mata-los agora" ou "Temos coisas mais importantes para fazer" em ambas as instâncias a afirmação é falsa. Os únicos capazes de dete-los são colocados em situações aonde deveriam ser mortos, porém a própria estupidez dos vilões acaba por salva-los e não sua força ou inteligência própria.

    Não há motivação, exceto o clássico "destruir o mundo" Necessariamente não seria um problema tão grave, se os vilões tivessem presença ou cárisma o bastante para serem personagens interessantes ainda tendo um objetivo repetido. Em vez disso, somos apresentados a conjuntos de adversários sem personalidade unidimensionalmente malginos e sem desejos, exceto por destruir os heróis. O único antagonista marcante, só deixa o seu nome marcado para sempre na memória dos expectadores por duas razões: 1 - Ele é a cabeça de uma trindade de vilões os quais enfretaram os guardiões originais no passado. 2 - 60% das suas falas são, literalmente "EU SOU AKALANATA"

    Outro vilão muito memorável, é Shiva, a deusa maligna. Infelizmente, a mesma não tem nenhuma característica ou feito marcante. Ao invés disso, seu elemento mais notável é a voz. A divindade é retratada como possuindo um corpo bastante feminino contrastado com a voz mais masculina de toda a série.

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    1 - Após ter petrificado Vishnu, Indra vai até a cômodo onde está a deusa e recapitula seu plano por completo. O Vilão confessa os seus crimes e adverte a deusa sobre os males que ainda estão por vir. Com qual proposito? Nenhum. A única utilidade da cena é da uma razão forçada para Leiga mudar de lado. O guardião ouve todo o monologo do antagonista. Esse breve momento de estupidez é responsável por garantir mais um aliado para os mocinhos.

    2 - Os únicos cientes do seus planos e capazes de por um fim aos mesmos são Shurato e companhia. Ao invés de mobilizar todas as suas forças para extermina-los imediatamente, ele opta por enviar os Guardiões remanescentes sozinhos, em duplas ou acompanhados de subordinados irrelevantes para a história. Ocasionando em várias vitórias consecutivas para os heróis.

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  • Luiz Felipe

    Fate/Zero

    Introdução
    Para a análise não estarei considerando a fonte original, entrevista com os autores ou qualquer conteúdo alheio ao anime em si. Compreendo que alguns dos meus pontos levantados são facilmente explicados por material presentes na Light Novel ou são frutos do anime tentar adaptar um livro para mídia áudio visual, ainda assim acredito que essas não são justificativas válidas para os problemas de Fate/Zero.

    Entretanto, estarei considerando as duas partes como um todo, uma vez que não vejo necessidade de separar a review.

    Embora tenha superado seu antecessor em alguns aspectos e se igualado em outros - como uma animação de ótima qualidade e uma trilha sonora decente - Fate/Zero ainda sofre com muitos de seus principais problemas e cria novos. Parte destes está relacionado ao caos que é a Guerra do Graal, a dificuldade em lidar com tantos personagens ao mesmo tempo e mante-los relevantes no desenrolar dos eventos e o confuso sistema de magia presente no universo fate.

    Ow the Edgy
    O clima excessivamente sombrio na série não é decorrente natural das situações enfrentadas pelos personagens. A presença de um individuo cuja motivação é se divertir com o sofrimento de outros e um par de psicopatas os quais tem como passa tempo o assassinato ritualístico em larga escala de crianças são os maiores expoentes da tendencia sádica do anime. Esses parecem servir apenas o proposito deturbado de inserir uma quantidade indevida de violência e sofrimento onde não deveria haver. Tais elementos não provocam reflexões tampouco deixam sequelas mentais nos personagens, em outras palavras, não tem função nenhuma na narrativa.

    Além disso, seus praticantes - apesar de não necessariamente terem um final feliz - são recebem a devida retribuição pelo seus crimes, não se arrependem e acabam muito mais satisfeitos do que os personagens genuinamente bons. A barreira do que é realista e trágico parece ser constantemente transgredida em favor do cínico e excessivamente sombrio.

    Ritmo
    O Anime não sabe como distribuir acontecimentos importantes entre as duas temporadas. Enquanto a primeira detém pouquíssimos eventos relevantes com impacto no desfecho da Guerra, a segunda está munida de conclusões, mortes e uma velocidade de inicio e fechamento de conflitos muito maior. Entretanto, a qualidade das duas ainda é prejudicada. Aquela apenas provocar o expectador com embates sem resolução e essa não consegue proporcionar um fechamento tão digno quanto a disputa poderia receber caso fosse encerrada na primeira temporada assim que fora começado.

    Expectativas
    Algo que Fate faz muito bem é criar expectativas.

    Os diálogos entre os personagens e suas respectivas alianças dão a entender que a Guerra será tomada por estratégias elaboradas, mind games e uma grande busca por informações para ficar sempre um passo a frente do seu adversário. Infelizmente, o anime é bem diferente disso. Tais elementos são praticamente inexistentes e nesse cenário onde os magos devem batalhar uns contra os outros para obter o prêmio final, isso acaba por se tornar uma falha muito maior do que a a esperada.

    Não seria um grande problema, se não destruísse um dos principais componentes da narrativa: as cenas de ação. Os Heróis são completamente desbalanceados entre sí, e isso tem um impacto direto na qualidade das lutas entre os mesmos. Por exemplo, digamos que um dos magos tenha invocado um Arqueiro excepcional cujas flechas são certeiras em mata fechada e a dezenas de quilômetros. Por outro lado, outro mestre foi abençoado com um servo comandante de uma frota estelar. O seu poder consiste em invocar uma dezenas de Naves Espaciais munidas com poder de fogo o suficiente para terraforma a Terra de fora de sua atmosfera. Qual dos dois venceria em um combate direto? Sem nenhuma estratégia ou truque inteligente? Eis que surge o problema da falta de estratégia: os resultados são previsíveis.

    Ainda assim, há a tentativa de criar a esperança de que essa não seja a norma. Os mestres tentam desesperadamente ocultar as informações e particularidades referentes à seus respectivos servo, esse esforço - salvo uma única exceção - não tem impacto nenhum na história. Todos os embates são batalhas diretas determinadas por força bruta. Não importa o quanto o Arqueiro do exemplo anterior e o seu mestre saibam da capacidade do Comandante da Frota Estelar, eles não desenvolveram nenhuma tática e acabaram perdendo da mesma forma como perderiam casos não obtivessem essa informação.

    Outra vertente na qual são geradas muitas expectativas e o desfecho é incapaz de corresponde-las, é a interação entre mestres e servos. Alguns desses pares tem ideais bem divergentes e até mesmo conflitantes. Como resultado, a relação entre eles se torna conturbada e o atrito é visível em cada interação referente ao modo de como vão lidar com um problema que exige uma decisão ética. Dessa forma, cria-se a sensação de que tal discordância eventualmente irá culminar em uma discussão na qual ou ambos os lados irão entender melhor o outro e crescer com essa experiência ou resultará em um rompimento permanente na relação entre eles. Todavia, isso não acontece. Toda essa tensão é desperdiçada, uma vez que eles nunca discutem frente à frente sobre o problema, em vez disso, recorrem à comunicação somente através do intermédio de terceiros ou simplesmente ignoram um ao outro.

    As Cenas de Ação
    Os combates deveriam funcionar como um momento de alívio dentro de uma narrativa lenta e repleta de discussões morosas, sendo assim, necessitam ser emocionantes e rápidos para que não se tornem também massantes. Entretanto, em Fate, costumam durar bem mais do que deveriam por péssimas razões.

    Os momentos de ação são constantemente interrompidos por diálogos ou cenas desconexas os quais não acrescentam nada de valor para a narrativa. Essas acabam por quebrar completamente a fluidez com a qual o combate se iniciará e o torna excessivamente lento ilegitimo. Outro fator que tornam a duração das mesmas é o já mencionado balanceamento entre os participantes. Para que esses embates não durem ridículos cinco segundos - tais como deveriam - um dos participantes sempre precisa se conter em prol de uma luta mais demorada. Seja por orgulho que não o permite usar sua arma definitiva contra um adversário inferior ou, como já foi dito anteriormente, pela necessidade de ocultar suas habilidades especiais de outros possíveis adversários. Além disso, as mesmas se quer contam com reviravoltas ou estrategias que possibilitariam prolongar os embates de uma maneira interessante.

    A Magia
    Selos de comando, são visto como o recurso mais valioso da Guerra pelo Graal. Através dele, o Mestre pode dar uma ordem a qual o servo é obrigado a seguir, além de permitir que as mal definidas leis da magia sejam quebradas em algumas instâncias. Entretanto, o anime falha miseravelmente em retratar sua importância. Os selos quase nunca são utilizados, e quando são raramente alteram o curso da história ou de um embate de forma significativa. Ainda assim, sempre que um dos selos é perdido ou surge uma oportunidade de se obter um novo, todos os mestres agem como esse fosse um recurso inestimável e necessário para vencer a Guerra do Graal. Nenhum dos mestres se quer usa mais de um único selo de comando para um fim prático.

    Além disso, a magia impossibilita qualquer estratégia ou "mindgame" dentro da disputa. A ausência desses elementos é fruto da oniscientes proporcionada aos magos. Os mesmos possuem formas de observar diversos lugares ao mesmo tempo, de obter informações importantes sobre outros participantes e seus respectivos aliados. Não só isso, mecanismos como barreiras, selos e sensores mágicas possibilitam que um dos participantes fique sentado em casa bebendo vinho por quase todo o anime.

    Consequências
    A insignificância da maior parte dos conflitos é a mais brutal falha na narrativa. Felizmente esse é um defeito exclusivo da primeira temporada.

    Constantemente duas equipes diferentes com objetivos conflitantes vão se enfrentar e o resultado será desprovido de ramificações nos episódios subsequentes. Ao perceber o padrão, os episódios tendem a ficar cada vez mais frustrantes. As poucas consequências recaem sobre o personagem com menor tempo em tela e em outro que é rapidamente substituído por um de seus aliados, ou seja, embora esses personagem tenham sofrido com mazelas decorrentes dos embates os quais enfrentaram, as mudanças trazidas no desenrolar do enrendo são minimas ao ponto desses eventos se tornarem quase irrelevantes.

    Personagens
    Para entender a motivação dos espíritos heroicos, é necessário - quase sempre - entender sua origem. Entretanto, essa informação só é provida através de breves diálogos e segundos de cenas de flashbacks com pouco contexto, ou seja, o espectador precisa recorrer a fontes externas em busca de informações essenciais para entender os personagens. Partir do pressuposto que sua audiência precisa ter conhecimento prévio sobre figuras históricos e fictícios do mundo real é uma decisão terrível, pois, parte do pública acabará ficando alienada. A presença de lendas pouco conhecidas apenas agrava o problema.

    Ainda sabendo sobre suas respectivas origens, não é possível desenvolver qualquer empatia para com os personagens. A razão por trás disso é a ausência de personalidades e objetivos interessantes por parte dos mesmos. Embora o fato de serem estereotipados contribua, a principal razão para isso é carência de tempo em tela. São 14 personagens participando do conflito, sem contar os seus respectivos aliados, e por essa razão é impossível desenvolver qualquer ligação significativa com eles em 12 episódios.

    Fate começa como uma história sem protagonista. O conceito não durá muito tempo e é responsável por direcionar a séria à sua ruína. Desde o inicio, é evidente a incapacidade do anime de conseguir acomodar tantos personagens ao mesmo em sua trama. Como resultado disso, a maioria deles permanece inteiramente alienados da maioria dos acontecimentos importantes, surgindo apenas fazer uma aparição e lembrar à audiência que eles ainda existem. Mesmo assim, essas aparições são breves e carecem de qualquer interação significativo com outros personagens. Resultando em uma disputa com catorze participantes onde apenas cinco parecem movimentar o enredo, enquanto os outros nove permanecem passivos até o momento em que serão alvejados pelos renascentes do conflito anterior.

    A situação se deteriorá na segunda temporada, onde fica ainda mais clara o favoritismo de certos personagens. Enquanto alguns se quer têm direito a um nome ou motivação plausível para participar da carnificina que é a Guerra do Graal, outros recebem dois episódios inteiros da segunda temporada para explicar sua origem, motivação e atuais ideias. Embora não tenham muita utilidade além de reforçar o caraté sádico de Fate, eles ainda existem para dar ainda mais destaque à uma personagem o qual sempre esteve nos holofotes, ao invés de dar a chance de um personagem mais obscuro se destacar.

    Conclusão
    A obra é tomada por falhas brutais que subtraem em muito da experiência, um clima excessivamente pesado e muitos conflitos sem resolução ou de desfecho insatisfatório. Não recomendaria, exceto no caso de você ser fã do universo Fate, o conceito de uma disputa de "Um por todos" realmente chamar a sua atenção ou tendo você se cansado de animes com temática colegial e protagonizados por adolescentes. Como primeiro anime, pode ser uma experiência interessante se você não tiver problemas com cenas repletas de diálogos filosófico, goste da violência e queira ver uma animação espetacular. Não sendo essa a situação, recomendo distância.

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

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