Últimas opiniões enviadas
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A Mão de Deus
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Revisto ontem. Acho muito legal como o Rohmer trata a neurose e obsessão aqui. Senti bastante conexão entre esse filme e O Raio Verde por esse ponto em comum. Como é difícil para certas pessoas (e me incluo nisso) tirar a importância de sua existência e valorizar mais as coisas simples inesperadas. O que há de melhor em viver é a imprevisibilidade.
.No fim, Gaspard sacrificou suas oportunidades em detrimento de algo que julgava ser mais importante, mas que não tinha necessidade momentânea. Tudo para poder escapar do "rolo que se meteu" por não conseguir desagradar o outro e decidir o que ele realmente valoriza para ele. Sempre com seu narcisismo disfarçado de baixa autoestima e fugindo do que deseja para viver de idealizações
E que bom que aqui não tem muita gente julgando o filme por conta do personagem ser equivocado. Essa é a graça do Rohmer, a construção de personagens humanos (falhos).
Últimos recados
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Gisele
Isso! Pode deixar ;)
Que curso você faz?
Pois é... não sei como, mas lembrei! hahaha tenho sim, já te add lá =)
beijo -
Gisele
ps: Você estudou no Coronel, não é? hahaha acho que lembro de você de lá :p
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Gisele
Poxa, sempre que eu vejo que alguém tem Medianeras no Quero Ver eu falo pra assistir o mais rápido possível, o filme é perfeito... em tudo! Quando assistir me diz se concorda! hahaha
Jovens, Loucos e Rebeldes também é ótimo, achei que retrata muito bem a juventude dos anos 70... Se você gostou do "Clube dos Cinco" é provável que goste, da mesma forma que eu provavelmente vou gostar de "O Primeiro Ano..." hahaha Adoro filmes com essa temática =)
Agora com as férias tá tudo mais calmo e eu finalmente vou poder assistir todos esses filmes que ainda não pude ver! hahah
Valeu pelas dicas, se tiver mais algumas recomendações não hesite em me dá-las! hahah
Beijo
É um dos melhores filmes que já vi sobre amadurecimento. Achei interessante o personagem do Mário. Nós somos feitos para acreditar na perfeição, que iremos salvar todos de suas escolhas, mas não temos o controle de tudo à nossa volta, muito menos sobre a demanda de amor do outro. Nada vai impedir que essa figura, em algum momento, se torne o Luigi, o personagem mais humano que a Nintendo replicou do Mário.
Além de toda a abordagem sobre o amadurecimento, também tras muitas questões importantes em relação à mulher, principalmente sobre o desrespeito e visão de inferioridade (Maria e Patrizia), que são julgadas como loucas e culpadas por não conseguirem "sustentar um casamento", guiado pelo medo da repercurssão do divórcio ou de boatos negativos em relação a familia. Há uma ambientação de julgamento social moralista e muito apego (que ainda existem nos dias de hoje), o que nos impede de progredirmos.
O ponto de vista observador do personagem principal, buscando entender e aceitar a situação, é tipico de quando nos colocamos a disposição de formar caráter e valor próprio (na maioria das vezes por necessidade), e o filme desenrola isso muito bem: "Quando vocês iam me contar?" "Quando você estivesse grande" "E quando eu seria isso?" "Acho que agora".
O diálogo com a Patrizia no hospital psiquiátrico, mostra bem o confronto da inocência (acreditar na simples história do Monjezinho) com o amargor da realidade, de que o "buraco é muito mais embaixo". O diálogo na prisão e com o diretor, ressalta a importância de criação da consciência de que cada um é livre para trilhar o seu próprio caminho, sem deixar os fantasmas do passado incomodar a aceitação da realidade. Afinal, é dessa forma que tinha que ser.