Amanda Galdino da Silva

Pra quem gosta de musical. Pra quem gosta de revolução. Pra quem gosta de amores insuperáveis. Pra quem gosta de juventude que luta. Pra quem gosta de Beatles.
Esse é um filme pra todos os gostos.
Não tem como não amar. A história é linda, mas nada se compara aos efeitos psicodélicos e às músicas que se encaixam perfeitamente como trilha sonora da vida dos personagens em suas experiências cotidianas.
É um filme delicioso pra ser ver sozinho, com namorado, com a turma reunida. É um filme que todo mundo deveria ver, simples assim.

Toda vez que eu chamo alguém pra assistir Closer e pessoa terminando o filme pensando duas coisas:
1 - Que filme horrível. Não tem romance.
2 - Que filme massa. Só tem putaria.

Nos dois casos, as pessoas estão certas... Mas o que elas não entendem é que essa é a graça da coisa.
Closer é real. Sabe aqueles filmes água com açúcar? Aqueles melosos que a menina é virgem e imaculada e o cara faz serenata pra ela? ISSO NÃO EXISTE.
Closer é um dos meus filmes preferidos porque é verdadeiro. Ele trata o amor de uma forma real. Nos dias atuais, o que mais vemos é a provisoriedade do amor. Em um momento você ama um, em outro, ama outro.
Esse 'amor líquido' é o que estão a nossa volta. As traições, os desejos ocultos, tudo isso está presente no nosso dia a dia. E é por isso que Closer é tão genial.
Mas isso não é tudo, ele vai além. Ele nos mostra como seria um 'romance' se as pessoas fossem verdadeiras umas com as outras o tempo todo. Se confessem suas mentiras, seus pecados.
Esse é o motivo pelo qual Closer é aclamado. Porque ele é verdadeiro. Nu e cru.

Já não bastava ser Lars Von Trier, ainda tem que ter Björk protagonizando.
A aclamada mistura entre angústia e emoção já fazem parte do trabalho desse diretor e ele não deixou a desejar nesse filme.
Tocante e ainda por cima um musical. É pra atingir diretamente na alma.
A contextualização do enredo é incrível e a cada minuto você fica mais ansioso pra saber o que vai acontecer em seguida. Como não poderia deixar de ser, pra quem já conhece o trabalho de Von Trier, ele choca e surpreende o telespectador com reviravoltas inimagináveis.
Não é apenas mais um filme, Dançando no escuro é uma obra de arte. Em todos os sentidos da palavra.