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Ela
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Silas Leal
Pq, moça? Sei q é um robô, me mandou solicitação de amizade hoje, mas agora tô curioso hahahaha
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Beatriz
Amo muito você.
Pq, moça? Sei q é um robô, me mandou solicitação de amizade hoje, mas agora tô curioso hahahaha
Amo muito você.
O romance de Theodore e Samantha (apesar de lindo) parece ser puramente baseado na facilidade que consiste em se ter um relacionamento com alguém com quem não lidamos frente a frente, com quem não nos faz lidar com a complexidade e os sacrifícios que temos que fazer para compartilhar a vida com alguém. Theodore se mostra um cara desiludido pelo término de seu relacionamento passado que, ainda sem ter conseguido assinar o divórcio por medo da solidão, encontra um modo de compensar suas carências emocionais em um relacionamento fácil e sem demandas. Assim, não teria que enfrentar as partes de si que um relacionamento real o obrigaria e enfrentar. Já Samantha, um sistema operacional que gosta mais das emoções humanas que Theodore consegue fazê-la sentir do que do mesmo, se apega à relação dos dois que a a permite descobrir a si e a crer que nem todos os seus sentimentos sejam programados. Crer que talvez ela tenha suas próprias emoções e não seja inteiramente artificial. A beleza do filme consiste nessa relação que, apesar de cheia de interesses de realização pessoal, realmente nos leva a pensar que seja amor de verdade. Da forma mais pura e sincera, sem preconceitos e sem a necessidade da forma (no caso, o corpo de Samantha). Lindo filme sobre a nossa relação de dependência com a tecnologia e a valorização recente das relações virtuais em virtude das reais. Uma boa imagem do mundo caótico ao qual estamos sendo levados e sobre a volatibilidade dos relacionamentos, fazendo com que cada vez mais começos e finais sejam só um pono no momento.