Harrison O. Santos

Curti bastante, ando gostando bastante de filmes numa paisagem assim, gélida e depressiva. A cena do flashback foi umas das cenas que mais me deixou com raiva vendo um filme, não pela qualidade e sim pelo que eles mostram em si, vibrei tanto de felicidade na cena seguinte, quem viu tá ligado qual é.
Um filme baseado em fatos que te deixa deprimido sobre como muitas coisas erradas funcionam no mundo e ta okay apenas.
Jeremy Renner tá demais nesse filme, congrats.

Pesado o filme. Apresenta um ritmo mais lento, sem trilha sonora praticamente, oque pode fazer o filme ser ainda mais indigesto pra algumas pessoas.
A crueza com oque ele mostra as cenas de violência me deixou incomodado em várias partes. Muitos podem achar que as reações de fuga das pessoas não foram verossímeis, mas para mim foi, pois quando vc tem pessoas à quem vc quer proteger, é preciso agir com cautela, principalmente quando vc está machucado e seu filho esta no meio dessa desgraça.

A frieza dos 2 psicopatas é incrível, a forma deles de contar piada em meio à tudo aquilo perturba, e os momentos em que há a quebra da quarta parede no filme são ótimas.

Uma reflexão: assisti ontem Verão de 84 e um pensamento dele se concatena com o de Violência Gratuita, de que todos podemos ser vizinhos de um psicopata, até a mais "normal" das pessoas pode ser um, pois não conhecemos realmente as pessoas, e isso assusta um pouco.

Não sou o maior fã do Lars mas sempre que possivel tento ver filmes que me saem do local comum, por isso fui ver o filme apenas pois na minha cidade tem 1 cinema que passa filmes mais alternativos, e como tive a oportunidade fui ver.
O filme começa interessante, mostrando a personalidade de Jack, seu T.O.C e seu passado de psicopata, a construção dele achei legal. A mistura de cenas de gravações antigas misturado com a conversa "filosofica" que ele vai tendo com o Virgilio desde o começo do filme, eu achei interessante.
No entanto no meio do filme teve uns bons 20,30 minutos que a historia estava se desenrolando tão devagar que estava começando a cochilar, mas depois as mortes voltam e o sono passou.

Não sou a melhor pessoa pra extrair toda filosofia de filmes mais densos assim e da mente de seus diretores. Mas no saldo final eu gostei, um pouco pretensioso talvez, mas com questionamentos e apresentações interessantes, como a parte do grito na janela.
Enfim, se conhece o diretor vá ver o filme tranquilamente, se não, talvez ver outro filme dele antes.