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Últimas opiniões enviadas

  • Leandro

    Solidão, né minha filha?

    Pode parecer brincadeira, mas ela sofre da síndrome de pica. Não sou nenhum especialista da área, nem saberei explicar corretamente o que se passa psicologicamente com essa personagem, a Hunter. Mas eu achei uma artigo [em inglês] muito interessante sobre o assunto. Para quem tiver curiosidade em saber mais, o artigo está disponível no site Hindawi, sob o título "Intentional Foreign Body Ingestion: A Complex Case of Pica".

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    Pelo que eu entendi, "Pica" é o diagnóstico psiquiátrico para a ingestão intencional de objetos externos não nutritivos, sendo observado em pessoas diagnosticadas com deficiência intelectual ou doença psiquiátrica. No caso da Hunter, acredito que esse transtorno possa ter origem na história de sua vida, com o fato de ela ter sido filha de um caso de estupro e uma infância possivelmente traumática, apesar dela ter comentado em suas sessões que ela teve uma infância boa.

    O filme aborda vários aspectos dessa síndrome. Particularmente, conheço de perto a "Geofagia" [que é um tipo de pica], sendo o impulso por ingerir terra ou elementos do solo. Minha mãe me relatou que durante a gravidez do meu irmão, ela teve o desejo de comer terra. E ela comeu. Pesquisei um pouco sobre o assunto e percebi que mulheres grávidas podem aflorar esse transtorno devido à insuficiência de ferro no organismo. Daí aquela cena, onde a sogra da Hunter ajuda ela a preparar suplementos alimentares a base de ferro, para "equilibrar o organismo".

    Como a síndrome da personagem persistiu mesmo com esses cuidados médicos e nutricionais, ficou um tanto óbvio que o que lhe faltava era amor. Alguém para abraçá-la, alguém para conversar sobre sua vida e fazê-la se sentir parte de algo, de uma família.

    O que me ficou de mais importante do filme, é que ao nos relacionarmos, seja com quem for, devemos amar de verdade. E amar é demonstrar, é se importar, é olhar nos olhos e dizer o quanto aquela pessoa é maravilhosa. O amor ajuda a curar muitas dessas coisas que nem sabemos o nome ainda.

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  • Leandro

    É muito "óbvio". Esse é um conto sobre como o capitalismo é a raiz dos problemas que envolvem a estrutura da sociedade. Usando um poço vertical como alegoria nessa distopia social, o filme mostra uma verdadeira carnificina gastronômica, onde há três níveis: os de cima, os de baixo e os que caem. Um subtítulo ao filme poderia ser: "Seja-bem vindo ao mundo real a thread!"

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    - Goreng: "Temos que racionar a comida para que ela chegue nos níveis mais abaixo".
    - Trimagasi: "Você é comunista? Os de cima não vão ouvir um comunista".

    Achei muito curioso como o senhor Trimagasi conta para o recém chegado Goreng como ele foi parar no "poço". Ele começa sua história contando sobre como ele adquiriu sua faca Samurai Max, uma faca super afiada que cortava até tijolos (eu ri muito nessa parte). "E de fato, ela cortava", disse ele.Tempos depois, estavam anunciando na tv outro tipo de faca, a Samurai Plus. Esse diálogo entre eles é uma crítica ao consumo exacerbado e à produção desenfreada do sistema capitalista. Toda semana surge uma nova marca do mesmo produto: geladeira ultra hiper mega potente. Celular Plus Max de Bateria Mega durável... Essas palavrinhas são propositalmente usadas. John Carpenter nos mostra muito bem isso em seu filme "Eles Vivem" (1988).

    Eu até pensei que esse filme espanhol fosse inspirado no curta-metragem "Próximo Piso", do Denis Villeneuve. Mas na verdade são só duas peças que fazem críticas similares: as elites festejam incansavelmente, sempre exigindo ser atendidas, arruinando sociedades e países inteiros e não se preocupando em ficar "sujas" enquanto seus prazeres e desejos estiverem sendo atendidos.

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    - Algumas questões que me ficaram em aberto, mas que talvez o filme não precisasse responder para que sua mensagem fosse passada:

    • A plataforma chega até o nível 333. Por que justamente nesse número quebrado? Por que não no 350 ou 400? Já sabemos pelo senhor Trimagasi que no nível 132 já não chegava comida nenhuma. Talvez a ideia do poço fosse outra, além daquele que a Imoguiri pensou que fosse, o de transformar as pessoas para que elas aprendessem a ter "solidariedade espontânea". Qual o sentido real da existência desse poço? Controle populacional?

    • Como a plataforma funciona descendo e subindo os níveis sem usar as leis de Newton? Eu jamais saberei.

    • Como o sistema detecta que alguém pegou alguma comida ou garrafa com bebida, sem consumir enquanto a plataforma ainda está no respectivo andar?

    • Como animais conseguem entrar e como crianças também? Imoguiri escolheu levar seu cachorrinho Ramessés II (Goreng escolheu um livro e Trimagasi escolheu a faca Samurai Plus), mas ela tinha certeza de que crianças não poderiam entrar (menores de 16 anos), já que ela mesma trabalhou para os "administradores". Como e por que o sistema foi burlado e uma criança conseguiu entrar no poço?

    • Sabemos que há classes de trabalho para a manutenção desse poço. Pessoas que trabalham para a produção de alimentos; outros monitoram se os alimentos estão em perfeito estado; outros se encargam de entrevistar "candidatos" para entrarem no poço; também há aqueles que são responsáveis por fazer a troca das pessoas de plataforma todos os meses. Pessoas que planejaram, projetaram e construíram esse sistema vertical. Alguns vão para o poço de forma voluntária, outros como forma de punição. Já sabemos, pelo próprio filme, que a tal "solidariedade espontânea" não existe nesse sistema do poço. Talvez sua função fosse a de controle populacional, mas não seria mais econômico e/ou mais eficaz de fazer isso por outras formas, do que nesse poço? [se o real motivo da existência desse poço fosse o controle populacional].

    • Não é mostrado, direta ou indiretamente, se alguém realmente consegue sair do poço. Mas supondo que alguém conseguisse completar esse 1 ano lá dentro, essa pessoa seria reinserida nessa sociedade distópica do filme? Ou eles seriam expurgados?

    • A maior pergunta de todas: o que acontece quando a menina chega no nível 0?

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  • Leandro

    O maior segredo de Èlite é chegar no final da temporada 3 e descobrir que:

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    o nome do Polo é LEOPOLDO [escrito na lápide dele: Leopoldo Benavent Villada] o.o

    Também quero um spinoff de Nádia e Lucrécia em NY!!!!!!

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