Luan

1- Embora extremamente brasileiro na dramaturgia, tive a impressão de que segue um modelo meio americanizado ao estilo Tarantino em algumas cenas. Isso se corrobora quando o filme trabalha na construção de um inimigo comum na figura dos americanos (os brasileiros do sul não foram construídos da mesma maneira, o que é bom), assim como a figura dos russos, árabes e chineses nos filmes de Hollywood. Veja bem, não estou caindo no erro de achar que é a mesma ideia de intolerância, NÃO É! Mas ainda assim trabalhar a imagem dos americanos como seres indiscriminadamente cruéis não me agrada muito.

2- Me incomodou, enquanto eu assistia (e em relatos de vários amigos que assistiram em outras sessões e cinemas), ver as pessoas comemorando a morte. Pela quantidade de vezes que isso se repetiu, fica nítido que o filme instiga esse sentimento - conscientemente ou não - que vai contra minhas convicções.

O grande problema do filme é que muito provavelmente as brigas continuariam após eles terem feito as pazes e, apesar de amarmos o casal da trilogia, a situação se tornaria desagradável aos dois em pouco tempo e pouquíssimos são os amores que conseguem sobreviver a tantas brigas. Quando o amor vive de momentos, eu não sei se por si só ele basta. Vale a pena estar raramente feliz, mesmo quando se ama?