Luciana Teixeira

Sensibilidade colocada em um traço leve e belo. Que lindo filme! Uma das histórias mais bonitas que vi nos últimos anos. Uma primorosa metáfora: quantas Machas conhecemos? Quantas pessoas nos oprimem sob a justificativa de nos pouparem da dor, do sofrimento e, consequentemente, da oportunidade de viver? E ainda, por mais clichê que possa ser, fica a tocante lição: não há nada mais libertador que o amor e a generosidade. É um filme excelente.

Holly quase partiu meu coração nos 5 minutos finais, com o paradeiro do gato em suspenso! Minha respiração quase cessou!

Quanto ao filme: é uma história simpática, mas assisti com tantas expectativas que agora, depois de vê-lo, (e de ouvir sempre que é maravilhoso!) acho que é superestimado. Audrey Hepburn é uma graça e entrega uma atuação regular, mas não a acho impressionante. Talvez eu deva assistir outros dos seus filmes para enxergar o primor que muitos veem. George Peppard é uma boa surpresa! Em muitos momentos ele concentrou toda a minha atenção. Em síntese: não achei um filme medíocre, mas nada mais que regular.

A história é centrada em alguém que, de tão absorto em frustrações, medos e num redemoinho de futilidade, passa a viver numa realidade absolutamente particular, onde se pode fingir que as críticas do mundo exterior não são importantes, mas não se pode escapar das suas próprias opiniões e críticas, e essas sim - a experiência mostra! - podem ser as mais cruéis e devastadoras. Michael Keaton está ótimo, sóbrio, contido (na medida), mas numa interpretação entregue ao personagem, sem meias atuações. Edward Norton, como sempre, me faz duvidar se ele é muito bom ator ou se é sempre ele mesmo. É um bom filme.