Graciele

No início parecia que ela queria ter contato com o espírito do filho (não aceitação). Depois muda de ideia, e quer vingança aos adolescentes assassinos (raiva), o cachorro preto que ela sonhou no início e vê muitas vezes está relacionado à depressão. Em todo o filme dá pra sentir o vazio existencial e aprofunda tristeza desesperadora de Sophia, que interpretou muito bem o papel.

O momento em que os monstrengos começam a torturá-la, é as próprias sombras dela que já a torturam por dentro. Quando ela atravessa o círculo e tenta fugir mas não consegue, significa que não adianta fugir de seus problemas, tem que encarar.

As coisas só realmente mudam e ela se liberta de tudo isso quando começa a praticar o perdão e o auto-perdão, ela parecia se culpar pelo assassinato de alguma forma.

A figura de Solomon é bem peculiar. É incomum um mago pregar a pureza em seus iniciados, mas ser uma devasso, bebe e fuma pra car@lho. Parece não saber bem o que tá fazendo, até porque ele mistura símbolos de reiki com rituais de Abramenlin.

Sou reikiana e estudo ocultismo, não entendi muito bem essa salada de fruta que ele faz. Só sei que quando os monstrengos puxam o cadáver dele, entendi como se a alma dele tivesse sendo levada para as sombras.

No mais, o filme tmb mostra com total clareza os perigos de achar que é Harry Potter e brincar com ocultismo sem o devido preparo e sabedoria. Que mesmo espíritos baixos podem facilmente se passar por entes queridos e coisas boas para nos desgraçar de vez.