Pensando sobre a origem do “monstro” quero trazer algo que ainda não vi sendo discutido. Primeiro, ficou bem claro que a ameaça do filme não é uma nave, tampouco um grupo de alienígenas, mas sim um “animal” gigantesco que paira sobre os céus de Água Doce.
Mas e se o monstrão, apelidado de Jean Jacket, não é algo totalmente orgânico, mas sim um experimento? Uma criação planejada, com propósito?
Primeiro pela forma: Jean Jacket parece adotar uma forma compreensível ao olho humano, até mesmo para despistar sua real procedência. O “monstro” assume a identidade de um clássico disco voador (algo tão “bobo” e antigo quanto um fantasma de lençol). No final, entretanto, vemos que ele é algo... diferente. Claramente inspirado nos clássicos anjos da Bíblia (será que versões dele foram avistadas e descritas antigamente?).
Segundo: pelas ações, o Jean Jacket parece total um experimento, e isso nos conecta ao incidente do Gordy, o chimpanzé. A trama do Gordy parece perdida no meio, mas pode estar mais conectada ao contexto geral. Primeiro porque Gordy “adota” uma forma e um comportamento que os humanos possam aceitar (manso, com roupas e trejeitos). Segundo porque a atitude violenta do animal parece controlada por um fator externo. Alguém, em algum ponto, fala sobre ações animais controladas por comandos. Reparem que Gordy age – ou deixa de agir – sempre que um balão estoura.
A raiva dele irrompe quando o primeiro explode. Depois, ele ataca outra pessoa após um estouro. Por fim, ele fica tranquilo quando o último balão explode. É aí que ele recobra a consciência e se aproxima de Jupe, pra dar aquele “soquinho”.
Um experimento explicaria o sapato que fica de pé, os estouros dos balões, as câmeras que são semelhantes aos ETzinhos vistos na feira de Água Doce...
Não sei dizer se o experimento é feito por humanos ou por seres externos. Mas parece que eles testaram com Gordy e depois com Jean Jacket. Principalmente se considerarmos que ambos atacam quando são encarados nos olhos, em determinados horários ou quando recebem estímulos (os estouros, sons, música...). Jean Jacket foi construído para esse propósito ou foi descoberto e feito “refém” deste plano?
Por fim, vale apontar que, pelo que dizem, não existem ângulos de 90º graus na natureza. Pois o monstro tem uma parte de sua anatomia que é totalmente quadrada, perfeita em linhas e ângulos.
Além disso, como e por que algo totalmente orgânico seria capaz de interferir na energia?
PS.: Jupe chama os “visitantes” de espectadores. As câmeras no estúdio de Gordy parecem os ETs da feira. Quando estamos dentro do monstro, parece que algumas coisas são “projetadas” nas paredes do bicho. Tô doido ou dá pra ver isso? Tem toda uma relação com o Cinema e a audiência que o próprio Peele afirmou ter colocado no roteiro e no visual.
Se você estava em dúvida se deveria assistir e veio aqui no Filmow ver se alguém havia comentado sobre o filme, então aqui está o comentário:
veja.
Há muito tempo eu não chegava ao final de um filme totalmente satisfeito e surpreendido. Aquela sensação única que só acontece quando uma grande obra se encerra. "The Killing of Two Lovers" tem tudo no lugar. Cada linha e cada cena. Direção precisa, atuações afinadas, fotografia belíssima e trilha única.
Tem um ritmo próprio, que pode afastar os mais afoitos, mas cada minuto compensa. O clímax é tenso e encerra magistralmente o conto sobre masculinidade tóxica e frágil.
Poucas vezes um filme é capaz de falar sobre tanto em tão pouco tempo. O longa tem 1h20 e vale cada segundo.
Faça um favor a si mesmo: não assista ao trailer. Sério. Ou melhor: veja o filme e depois assista ao trailer e descubra como fazer uma péssima peça publicitária.
Antes de criar aquela que talvez seja a melhor série de TV já feita (Six Feet Under), Alan Ball escreveu o filme que talvez melhor retrate a fragilidade do sonho americano. São várias as linhas de seu roteiro que escancaram não só as rachaduras invisíveis, mas não menos prejudiciais, do "american dream", mas da vida em geral, feia e bela, comum e extraordinária, ao mesmo tempo. "É impossível ficar furioso quando se tem tanta beleza no mundo", afinal.
E o título, American Beauty, sintetiza todo o "sonho" ao fazer menção à flor de mesmo nome: um tipo de rosa, chamada Beleza Americana, é linda por fora, de cor vívida e traços belos, mas não possui aroma algum. É vazia e não apresenta nada quando chegamos perto de suas pétalas.
Acredito que não tenha sido apenas eu a querer acompanhar algumas das histórias por mais tempo... A vida muitas vezes produz histórias perfeitas, tão cinematográficas quanto qualquer roteiro planejado com total cuidado. A história do homem que viaja pelo mundo em uma bicicleta, o menino que engraxa sapatos e parece feliz enquanto recebe algumas balas como pagamento e diz que seu pai o ama. Ou então a família que começa a voltar aos trilhos depois que um dos familiares sai de uma cirurgia.
O documentário é cheio de momentos catárticos, profundos em suas curtas durações. É impossível não se emocionar com o homem que, fragilizado, agradece a todos aqueles que o trataram bem no hospital; ou então com o jovem que faz um importante telefonema para sua avó.
Além disso, o projeto tem alguns momentos que, de tão perfeitos, parecem planejados, "armados". Note, por exemplo, no vídeo do filho que vai visitar o pai para "colocar o papo em dia" e comer um hambúrguer. Pois bem. Veja que o rapaz filma algo preso no sapato do pai que não percebe que há algo colado em seu pé. Pouco tempo depois, próximo ao final do vídeo, o rapaz filma o pai indo embora e, de repente, o homem percebe que traz algo preso em seu sapato. Ele para e retira o que parece ser um pedaço de papel ou sacola. É um momento trivial, mas parece a típica "pista e recompensa" da ficção, quando o diretor nos mostra um detalhe que irá retornar mais adiante. Ao filmar o pedaço de lixo preso no sapato do pai e achar aquilo engraçado, o jovem não adivinhou que, no fim de seu pequeno documentário pessoal, aquele pedaço de "nada" iria voltar.
Ao fim eu fiquei pensando: o que eu fazia e onde eu estava no dia 24 de julho de 2010, um sábado como outro qualquer? Realmente não sei. Só sei que várias histórias, vários mundos particulares, existiam e foram registrados para formar este belíssimo "A Vida em um Dia".
O que tem se visto com alguns filmes nessa temporada é curioso: Birdman foi um filme elogiadíssimo quando lançado (e quando "vazou" na web). A nota aqui no Filmow, por exemplo, era mais alta do que é agora. Aos poucos, mais pessoas assistiram ao filme e a nota foi baixando, o que é normal. O problema é que as pessoas estão criticando o filme e dando notas mínimas só porque o longa era o favorito e veio a ganhar o Oscar. Ou porque ganhou de outro filme.
Pera aí: então estamos julgando o filme pelo Oscar? Sério? Ou então porque ele ganhou de seu filme favorito?
Adoro Boyhood, por exemplo. Um pouco mais do que de Birdman, talvez. O fato é que eu jamais vou odiar o filme de Iñárritu porque ele ganhou do meu filme favorito. Birdman é um grande filme, de qualidade notável. Entendo, porém, caso alguém não goste; é completamente aceitável. Mas um filme deve ser elogiado ou criticado pelo que ele É, não pelos prêmios que recebe ou pelos seus concorrentes. Muito menos porque vários críticos e cinéfilos o elogiam (esse papo de "pseudo-cult", "hipster" e "alternativo" já tá enchendo o saco, na boa: respeitem a opinião da galera). Tem gente que cria perfis falsos no Filmow pra negativar comentários elogiosos e dar notas baixas a filmes que o dono dos perfis não gosta. SÉRIO!!?!
Se para alguns o Oscar é sinônimo de qualidade ("venceu o Oscar, é muito bom"), para outros a premiação causa o efeito contrário: "Venceu o Oscar, então é ruim: toma aqui duas estrelinhas". Ambos as ideias estão equivocadas. Não dá pra ser devoto ao Oscar, nem ser o tipo de cinéfilo que "odeia" a premiação e blá blá blá.
O mesmo serve com o polêmico Sniper Americano. O novo filme de Eastwood é sim completamente equivocado do ponto de vista político e social. Conta a história de um assassino que se arrependeu por não ter matado mais "selvagens". Sim, discordo completamente do que o filme e seu protagonista representa. Como obra cinematográfica, por outro lado, o novo longa de Clint é, sim, muito bom. Bem executado (não venha falar do bebê falso, isso não estraga o filme), bem dirigido e com excelente atuação de Cooper, "Sniper" é um bom filme. Aqui no Filmow, por outro lado, o longa está com 3,3 de nota. Isso porque não estamos separando FILME de meios externos e que não interferem na qualidade de cada obra.
No início, quando as letras surgem em vermelho e em seguida vão se apagando uma a uma, as quatro letras que sobram formam a palavra "Amor". Não LOVE, mas AMOR mesmo. É Iñárritu - mexicano - entregando, em seu idioma, aquele que talvez seja o principal tema do filme: o Amor - ou a perda dele. O amor do pai para com a filha; o amor pela carreira, pela profissão; o amor a si próprio; o amor discutido na peça de teatro mostrada no filme. Todos eles frágeis.
Grande filme e um dos melhores - se não o melhor - trabalhos de direção de 2014.
Acredito que o filme surpreenda de forma positiva. Há bom tempo que filmes do gênero e estilo não mostram duas coisas: uma história realmente interessante (e não só uma ideia) e um final bacana. Sim, um final.
Parece regra de filmes de terror recentes e, principalmente, de found footage não ter final ou, caso tenha, um encerramento corrido, confuso ou inconclusivo. "As Above, So Below", porém, parte de uma ideia interessante, constrói uma boa tensão durante boa parte da história e ainda traz algumas reviravoltas e plots interessantes, que fazem o filme andar.
Pra encerrar, há o final que, ainda que se torne previsível conforme a trama se encerra, finaliza o longa satisfatoriamente.
Quem curte filmes do tipo, provavelmente vai curtir este. Tem bons sustos, boas cenas, tensão e o melhor, uma história bacaninha.
Muitos reclamaram sobre a mixagem de som do filme ao redor do mundo, dizendo que alguns diálogos eram inaudíveis. Na sessão que eu estava, ao menos, não houve problema de som algum. Todos os diálogos estavam ok.
O problema foi que, com quarenta minutos de filme, houve uma queda de energia que fez o funcionário do cinema "passar" partes do filme para voltar ao ponto em que tinha parado quando a energia caiu. Pois nestas "passagens" o sujeito entregou três cenas importantíssimas que aconteciam só depois do momento que tínhamos visto:
Uma cena mostrava o personagem de Michael Caine moribundo na cama do hospital.
Outra cena mostrava o filho de Cooper dizendo que o avô havia morrido.
E outra cena mostrava Cooper dizendo que o planeta que eles visitaram não "tinha superfície".
O desgraçado parece que escolheu as cenas a dedo para nos entregar spoilers no próprio cinema. Depois de muito tentar, porém, o sujeito achou o ponto em que havíamos parado.
Enfim, só quis dividir minha indignação com vocês e perguntar se mais alguém teve problemas com sessões de Interestelar, que parece estar amaldiçoado e dando problemas nas salas de cinema.
Richard Linklater disse que não queria fazer um drama, mas um retrato fiel da vida real e normal, focando nas lembranças dos momentos de uma vida e os efeitos que elas causam em cada um. Pois Boyhood é isso, e a cada vez que lembro dele, fica ainda melhor.
ao perguntar se Sophie aceita se casar com ele, a tela ficasse preta antes da batida que deixa claro o "sim". Desse modo, o filme terminaria com o pedido e não teríamos certeza se era "magia", se era real, se era a própria Sophie ou até mesmo sua tia, ou pior, se ela batera uma ou duas vezes em resposta.
Tutorial para marcar um spoiler e não estragar a festa de quem não assistiu o filme:
Você escreve o que quiser. Se o que você escreveu conta alguma coisa importante sobre a história do filme, marque como spoiler. É rápido e fácil. Você pode clicar no "Marcar como spoiler", que fica logo abaixo do espaço para comentário.
Ou então você pode colocar a palavra SPOILER entre colchetes ([ ]) no início da frase e novamente a palavra SPOILER, precedida de uma barra ( / ), no final da frase, para indicar que o spoiler acabou.
-Bryan Cranston praticamente aparece mais no trailer do que no filme em si. -O trailer, aliás, vende algumas coisas que não são vistas no filme, ou são mostradas de outra forma. Além de Cranston ser vendido como protagonista da história, muito da destruição que acontece no trailer parece ser ocasionada pelo Godzilla, o que não é verdade, já que muito do que se vê em termos de destruição e calamidades é fruto dos MUTOs que brigam contra o Godzilla. Estes monstros aliás, não são mostrados com propriedade nos vídeos anteriores. Então se você ver uma porção de coisas diferentes no filme e perceber que os monstros-vilões aparecem mais que o personagem-título, não se assuste. -O Godzilla em si aparece pouco. -Aaron Taylor-Johnson é um cara talentoso, mas seu personagem é fraco. -Grandes atores e atrizes subaproveitados. Sally Hawkins e David Strathairn, além do já citado Cranston e Ken Watanabe.
Pontos positivos:
-A direção de Gareth Edwards é boa. -A trilha sonora de Alexandre Desplat é fantástica. -O terceiro ato é muito empolgante e bem feito. -Há várias cenas e sequências de impacto durante o filme. Dentre elas
a tensa sequência onde os paraquedistas se aproximam dos monstros enquanto estes lutam e destroem a cidade, a batalha final entre os monstros, entre outras.
Eu curti bastante, apesar de saber que existem alguns problemas aqui e ali. Quem viu o primeiro - e bom - filme de Edwards, "Monstros" vai reconhecer algumas ideias reaproveitadas (o que não é ruim) e o estilo do diretor.
Sou fã de Quentin Tarantino e PTA, mas não concordo quando o pessoal compara o trabalho deste com o daquele. Aliás, não gosto quando se compara qualquer trabalho de qualquer diretor com o de Quentin simplesmente porque o roteiro é original, a direção tem aspectos semelhantes e tudo mais. Cada um tem seu Cinema. Se fosse pra traçar paralelos, acredito que o trabalho de PTA em Boogie Nights está muito, mas muito mais para Scorsese do que pra qualquer outro.
Enfim, grande filme. E o cara o escreveu e dirigiu quando tinha de 25 a 27 anos...
Goste ou não é um elenco curioso, diferente. Os caras estão tentando fazer algo diferente, tentando algo novo. Todas as escolhas agradam? Claro que não, mas Jeremy Irons vai estar no filme, poxa!
Não posso concordar com as pessoas que dizem que 2013 foi um ano ruim pra o Cinema. 12 Anos de Escravidão, Ela, Inside Llewyn Davis, Gravidade, O Lobo de Wall Street, entre vários outros... Não acho que um ano que conte com filmes como estes possa ser ruim.
Além disso, se 12 Anos de Escravidão vencer o Oscar será o primeiro Oscar em anos que não vai decepcionar na categoria principal (ainda que Argo seja excelente)...
Gostei da adaptação. Particularmente me parece bem fiel ao livro de Zusak. É claro que algumas alterações foram feitas e é aceitável que isso aconteça, mas o principal, as cenas e os diálogos importantes estão lá.
Além disso, gostei de como o narrador da história foi tratado. Quando li o livro há anos, não conseguia imaginar como o narrador seria retratado. Convenhamos que transpor esse personagem complexo para as telas é quase impossível, ao menos do jeito que Zusak o retratou no livro. Qualquer roteirista teria sérios problemas para contornar esse detalhe, mas gostei do jeito que Petroni - que não é o melhor dos roteiristas - fez tudo.
Não! Não Olhe!
3.5 1,3K Assista AgoraSpoiler/teoria de Não, Não Olhe!
Pensando sobre a origem do “monstro” quero trazer algo que ainda não vi sendo discutido. Primeiro, ficou bem claro que a ameaça do filme não é uma nave, tampouco um grupo de alienígenas, mas sim um “animal” gigantesco que paira sobre os céus de Água Doce.
Mas e se o monstrão, apelidado de Jean Jacket, não é algo totalmente orgânico, mas sim um experimento? Uma criação planejada, com propósito?
Primeiro pela forma: Jean Jacket parece adotar uma forma compreensível ao olho humano, até mesmo para despistar sua real procedência. O “monstro” assume a identidade de um clássico disco voador (algo tão “bobo” e antigo quanto um fantasma de lençol). No final, entretanto, vemos que ele é algo... diferente. Claramente inspirado nos clássicos anjos da Bíblia (será que versões dele foram avistadas e descritas antigamente?).
Segundo: pelas ações, o Jean Jacket parece total um experimento, e isso nos conecta ao incidente do Gordy, o chimpanzé. A trama do Gordy parece perdida no meio, mas pode estar mais conectada ao contexto geral. Primeiro porque Gordy “adota” uma forma e um comportamento que os humanos possam aceitar (manso, com roupas e trejeitos). Segundo porque a atitude violenta do animal parece controlada por um fator externo. Alguém, em algum ponto, fala sobre ações animais controladas por comandos. Reparem que Gordy age – ou deixa de agir – sempre que um balão estoura.
A raiva dele irrompe quando o primeiro explode. Depois, ele ataca outra pessoa após um estouro. Por fim, ele fica tranquilo quando o último balão explode. É aí que ele recobra a consciência e se aproxima de Jupe, pra dar aquele “soquinho”.
Um experimento explicaria o sapato que fica de pé, os estouros dos balões, as câmeras que são semelhantes aos ETzinhos vistos na feira de Água Doce...
Não sei dizer se o experimento é feito por humanos ou por seres externos. Mas parece que eles testaram com Gordy e depois com Jean Jacket. Principalmente se considerarmos que ambos atacam quando são encarados nos olhos, em determinados horários ou quando recebem estímulos (os estouros, sons, música...). Jean Jacket foi construído para esse propósito ou foi descoberto e feito “refém” deste plano?
Por fim, vale apontar que, pelo que dizem, não existem ângulos de 90º graus na natureza. Pois o monstro tem uma parte de sua anatomia que é totalmente quadrada, perfeita em linhas e ângulos.
Além disso, como e por que algo totalmente orgânico seria capaz de interferir na energia?
PS.: Jupe chama os “visitantes” de espectadores. As câmeras no estúdio de Gordy parecem os ETs da feira. Quando estamos dentro do monstro, parece que algumas coisas são “projetadas” nas paredes do bicho. Tô doido ou dá pra ver isso? Tem toda uma relação com o Cinema e a audiência que o próprio Peele afirmou ter colocado no roteiro e no visual.
A Morte de Dois Amantes
3.6 15 Assista AgoraSe você estava em dúvida se deveria assistir e veio aqui no Filmow ver se alguém havia comentado sobre o filme, então aqui está o comentário:
veja.
Há muito tempo eu não chegava ao final de um filme totalmente satisfeito e surpreendido. Aquela sensação única que só acontece quando uma grande obra se encerra. "The Killing of Two Lovers" tem tudo no lugar. Cada linha e cada cena. Direção precisa, atuações afinadas, fotografia belíssima e trilha única.
Tem um ritmo próprio, que pode afastar os mais afoitos, mas cada minuto compensa. O clímax é tenso e encerra magistralmente o conto sobre masculinidade tóxica e frágil.
Poucas vezes um filme é capaz de falar sobre tanto em tão pouco tempo. O longa tem 1h20 e vale cada segundo.
Perigo Próximo
3.4 484 Assista AgoraFaça um favor a si mesmo: não assista ao trailer. Sério. Ou melhor: veja o filme e depois assista ao trailer e descubra como fazer uma péssima peça publicitária.
Jovens, Loucos e Mais Rebeldes
3.4 147 Assista AgoraJá disponível no torrent mais perto de você! :)
Perdido em Marte
4.0 2,3K Assista AgoraJá é a segunda vez que um grupo de pessoas dá duro pra salvar o Matt Damon perdido.
Beleza Americana
4.1 2,9K Assista AgoraAntes de criar aquela que talvez seja a melhor série de TV já feita (Six Feet Under), Alan Ball escreveu o filme que talvez melhor retrate a fragilidade do sonho americano. São várias as linhas de seu roteiro que escancaram não só as rachaduras invisíveis, mas não menos prejudiciais, do "american dream", mas da vida em geral, feia e bela, comum e extraordinária, ao mesmo tempo. "É impossível ficar furioso quando se tem tanta beleza no mundo", afinal.
E o título, American Beauty, sintetiza todo o "sonho" ao fazer menção à flor de mesmo nome: um tipo de rosa, chamada Beleza Americana, é linda por fora, de cor vívida e traços belos, mas não possui aroma algum. É vazia e não apresenta nada quando chegamos perto de suas pétalas.
A Vida em um Dia
4.3 257 Assista AgoraPossíveis "spoilers" abaixo...
Acredito que não tenha sido apenas eu a querer acompanhar algumas das histórias por mais tempo... A vida muitas vezes produz histórias perfeitas, tão cinematográficas quanto qualquer roteiro planejado com total cuidado. A história do homem que viaja pelo mundo em uma bicicleta, o menino que engraxa sapatos e parece feliz enquanto recebe algumas balas como pagamento e diz que seu pai o ama. Ou então a família que começa a voltar aos trilhos depois que um dos familiares sai de uma cirurgia.
O documentário é cheio de momentos catárticos, profundos em suas curtas durações. É impossível não se emocionar com o homem que, fragilizado, agradece a todos aqueles que o trataram bem no hospital; ou então com o jovem que faz um importante telefonema para sua avó.
Além disso, o projeto tem alguns momentos que, de tão perfeitos, parecem planejados, "armados". Note, por exemplo, no vídeo do filho que vai visitar o pai para "colocar o papo em dia" e comer um hambúrguer. Pois bem. Veja que o rapaz filma algo preso no sapato do pai que não percebe que há algo colado em seu pé. Pouco tempo depois, próximo ao final do vídeo, o rapaz filma o pai indo embora e, de repente, o homem percebe que traz algo preso em seu sapato. Ele para e retira o que parece ser um pedaço de papel ou sacola. É um momento trivial, mas parece a típica "pista e recompensa" da ficção, quando o diretor nos mostra um detalhe que irá retornar mais adiante. Ao filmar o pedaço de lixo preso no sapato do pai e achar aquilo engraçado, o jovem não adivinhou que, no fim de seu pequeno documentário pessoal, aquele pedaço de "nada" iria voltar.
Ao fim eu fiquei pensando: o que eu fazia e onde eu estava no dia 24 de julho de 2010, um sábado como outro qualquer? Realmente não sei. Só sei que várias histórias, vários mundos particulares, existiam e foram registrados para formar este belíssimo "A Vida em um Dia".
Amizade Desfeita
2.8 1,1K Assista AgoraA ideia e a abordagem podem parecer originais, mas já foram usadas antes e de forma muito mais interessante em "The Den", que, aliás, recomendo.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraO que tem se visto com alguns filmes nessa temporada é curioso: Birdman foi um filme elogiadíssimo quando lançado (e quando "vazou" na web). A nota aqui no Filmow, por exemplo, era mais alta do que é agora. Aos poucos, mais pessoas assistiram ao filme e a nota foi baixando, o que é normal. O problema é que as pessoas estão criticando o filme e dando notas mínimas só porque o longa era o favorito e veio a ganhar o Oscar. Ou porque ganhou de outro filme.
Pera aí: então estamos julgando o filme pelo Oscar? Sério? Ou então porque ele ganhou de seu filme favorito?
Adoro Boyhood, por exemplo. Um pouco mais do que de Birdman, talvez. O fato é que eu jamais vou odiar o filme de Iñárritu porque ele ganhou do meu filme favorito. Birdman é um grande filme, de qualidade notável. Entendo, porém, caso alguém não goste; é completamente aceitável. Mas um filme deve ser elogiado ou criticado pelo que ele É, não pelos prêmios que recebe ou pelos seus concorrentes. Muito menos porque vários críticos e cinéfilos o elogiam (esse papo de "pseudo-cult", "hipster" e "alternativo" já tá enchendo o saco, na boa: respeitem a opinião da galera). Tem gente que cria perfis falsos no Filmow pra negativar comentários elogiosos e dar notas baixas a filmes que o dono dos perfis não gosta. SÉRIO!!?!
Se para alguns o Oscar é sinônimo de qualidade ("venceu o Oscar, é muito bom"), para outros a premiação causa o efeito contrário: "Venceu o Oscar, então é ruim: toma aqui duas estrelinhas". Ambos as ideias estão equivocadas. Não dá pra ser devoto ao Oscar, nem ser o tipo de cinéfilo que "odeia" a premiação e blá blá blá.
O mesmo serve com o polêmico Sniper Americano. O novo filme de Eastwood é sim completamente equivocado do ponto de vista político e social. Conta a história de um assassino que se arrependeu por não ter matado mais "selvagens". Sim, discordo completamente do que o filme e seu protagonista representa. Como obra cinematográfica, por outro lado, o novo longa de Clint é, sim, muito bom. Bem executado (não venha falar do bebê falso, isso não estraga o filme), bem dirigido e com excelente atuação de Cooper, "Sniper" é um bom filme. Aqui no Filmow, por outro lado, o longa está com 3,3 de nota. Isso porque não estamos separando FILME de meios externos e que não interferem na qualidade de cada obra.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraNo início, quando as letras surgem em vermelho e em seguida vão se apagando uma a uma, as quatro letras que sobram formam a palavra "Amor". Não LOVE, mas AMOR mesmo. É Iñárritu - mexicano - entregando, em seu idioma, aquele que talvez seja o principal tema do filme: o Amor - ou a perda dele. O amor do pai para com a filha; o amor pela carreira, pela profissão; o amor a si próprio; o amor discutido na peça de teatro mostrada no filme. Todos eles frágeis.
Grande filme e um dos melhores - se não o melhor - trabalhos de direção de 2014.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraNo mesmo dia vaza Birdman, Selma, American Sniper, The Imitation Game, Unbroken, Big Eyes... É muita coisa pra um dia só
Assim na Terra Como no Inferno
3.2 1,0K Assista AgoraAcredito que o filme surpreenda de forma positiva. Há bom tempo que filmes do gênero e estilo não mostram duas coisas: uma história realmente interessante (e não só uma ideia) e um final bacana. Sim, um final.
Parece regra de filmes de terror recentes e, principalmente, de found footage não ter final ou, caso tenha, um encerramento corrido, confuso ou inconclusivo. "As Above, So Below", porém, parte de uma ideia interessante, constrói uma boa tensão durante boa parte da história e ainda traz algumas reviravoltas e plots interessantes, que fazem o filme andar.
Pra encerrar, há o final que, ainda que se torne previsível conforme a trama se encerra, finaliza o longa satisfatoriamente.
Quem curte filmes do tipo, provavelmente vai curtir este. Tem bons sustos, boas cenas, tensão e o melhor, uma história bacaninha.
Interestelar
4.3 5,7K Assista AgoraMuitos reclamaram sobre a mixagem de som do filme ao redor do mundo, dizendo que alguns diálogos eram inaudíveis. Na sessão que eu estava, ao menos, não houve problema de som algum. Todos os diálogos estavam ok.
O problema foi que, com quarenta minutos de filme, houve uma queda de energia que fez o funcionário do cinema "passar" partes do filme para voltar ao ponto em que tinha parado quando a energia caiu. Pois nestas "passagens" o sujeito entregou três cenas importantíssimas que aconteciam só depois do momento que tínhamos visto:
Uma cena mostrava o personagem de Michael Caine moribundo na cama do hospital.
Outra cena mostrava o filho de Cooper dizendo que o avô havia morrido.
E outra cena mostrava Cooper dizendo que o planeta que eles visitaram não "tinha superfície".
O desgraçado parece que escolheu as cenas a dedo para nos entregar spoilers no próprio cinema. Depois de muito tentar, porém, o sujeito achou o ponto em que havíamos parado.
Enfim, só quis dividir minha indignação com vocês e perguntar se mais alguém teve problemas com sessões de Interestelar, que parece estar amaldiçoado e dando problemas nas salas de cinema.
Ah...
Porra, só eu não esperava de modo algum o Matt Damon aparecer no filme? hahaha
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista AgoraRichard Linklater disse que não queria fazer um drama, mas um retrato fiel da vida real e normal, focando nas lembranças dos momentos de uma vida e os efeitos que elas causam em cada um. Pois Boyhood é isso, e a cada vez que lembro dele, fica ainda melhor.
Magia ao Luar
3.4 569 Assista AgoraNão sei se já comentaram por aqui, mas acho que o final seria bem mais legal se...
ao perguntar se Sophie aceita se casar com ele, a tela ficasse preta antes da batida que deixa claro o "sim". Desse modo, o filme terminaria com o pedido e não teríamos certeza se era "magia", se era real, se era a própria Sophie ou até mesmo sua tia, ou pior, se ela batera uma ou duas vezes em resposta.
Godzilla
3.1 2,1K Assista AgoraTutorial para marcar um spoiler e não estragar a festa de quem não assistiu o filme:
Você escreve o que quiser. Se o que você escreveu conta alguma coisa importante sobre a história do filme, marque como spoiler. É rápido e fácil. Você pode clicar no "Marcar como spoiler", que fica logo abaixo do espaço para comentário.
Ou então você pode colocar a palavra SPOILER entre colchetes ([ ]) no início da frase e novamente a palavra SPOILER, precedida de uma barra ( / ), no final da frase, para indicar que o spoiler acabou.
Ou então você pode ficar quieto.
Godzilla
3.1 2,1K Assista AgoraGostei do filme.
Pontos negativos:
-Bryan Cranston praticamente aparece mais no trailer do que no filme em si.
-O trailer, aliás, vende algumas coisas que não são vistas no filme, ou são mostradas de outra forma. Além de Cranston ser vendido como protagonista da história, muito da destruição que acontece no trailer parece ser ocasionada pelo Godzilla, o que não é verdade, já que muito do que se vê em termos de destruição e calamidades é fruto dos MUTOs que brigam contra o Godzilla. Estes monstros aliás, não são mostrados com propriedade nos vídeos anteriores. Então se você ver uma porção de coisas diferentes no filme e perceber que os monstros-vilões aparecem mais que o personagem-título, não se assuste.
-O Godzilla em si aparece pouco.
-Aaron Taylor-Johnson é um cara talentoso, mas seu personagem é fraco.
-Grandes atores e atrizes subaproveitados. Sally Hawkins e David Strathairn, além do já citado Cranston e Ken Watanabe.
Pontos positivos:
-A direção de Gareth Edwards é boa.
-A trilha sonora de Alexandre Desplat é fantástica.
-O terceiro ato é muito empolgante e bem feito.
-Há várias cenas e sequências de impacto durante o filme. Dentre elas
a tensa sequência onde os paraquedistas se aproximam dos monstros enquanto estes lutam e destroem a cidade, a batalha final entre os monstros, entre outras.
Eu curti bastante, apesar de saber que existem alguns problemas aqui e ali. Quem viu o primeiro - e bom - filme de Edwards, "Monstros" vai reconhecer algumas ideias reaproveitadas (o que não é ruim) e o estilo do diretor.
Uma Viagem Extraordinária
4.1 611 Assista Agora"Talvez um dia eu volte a abocanhar vagalumes."
T.S. Spivet
Boogie Nights: Prazer Sem Limites
4.0 551 Assista AgoraSou fã de Quentin Tarantino e PTA, mas não concordo quando o pessoal compara o trabalho deste com o daquele. Aliás, não gosto quando se compara qualquer trabalho de qualquer diretor com o de Quentin simplesmente porque o roteiro é original, a direção tem aspectos semelhantes e tudo mais. Cada um tem seu Cinema. Se fosse pra traçar paralelos, acredito que o trabalho de PTA em Boogie Nights está muito, mas muito mais para Scorsese do que pra qualquer outro.
Enfim, grande filme. E o cara o escreveu e dirigiu quando tinha de 25 a 27 anos...
Batman vs Superman - A Origem da Justiça
3.4 5,0K Assista AgoraGoste ou não é um elenco curioso, diferente. Os caras estão tentando fazer algo diferente, tentando algo novo. Todas as escolhas agradam? Claro que não, mas Jeremy Irons vai estar no filme, poxa!
12 Anos de Escravidão
4.3 3,0KNão posso concordar com as pessoas que dizem que 2013 foi um ano ruim pra o Cinema. 12 Anos de Escravidão, Ela, Inside Llewyn Davis, Gravidade, O Lobo de Wall Street, entre vários outros... Não acho que um ano que conte com filmes como estes possa ser ruim.
Além disso, se 12 Anos de Escravidão vencer o Oscar será o primeiro Oscar em anos que não vai decepcionar na categoria principal (ainda que Argo seja excelente)...
Inside Llewyn Davis - Balada de um Homem Comum
3.8 529 Assista AgoraNão resisti e assisti sem legenda mesmo...
Excelente filme! É uma obra completa, mas a fotografia e a trilha sonora se sobressaem...
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista AgoraResolvo assistir o filme novamente e me surpreendo quando, logo no início, Léa Seydoux aparece como uma das filhas do Sr. LaPadite...
A Menina que Roubava Livros
4.0 3,4K Assista AgoraGostei da adaptação. Particularmente me parece bem fiel ao livro de Zusak. É claro que algumas alterações foram feitas e é aceitável que isso aconteça, mas o principal, as cenas e os diálogos importantes estão lá.
Além disso, gostei de como o narrador da história foi tratado. Quando li o livro há anos, não conseguia imaginar como o narrador seria retratado. Convenhamos que transpor esse personagem complexo para as telas é quase impossível, ao menos do jeito que Zusak o retratou no livro. Qualquer roteirista teria sérios problemas para contornar esse detalhe, mas gostei do jeito que Petroni - que não é o melhor dos roteiristas - fez tudo.