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Sra. Harris vai a Paris
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Luca
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O Amante da Rainha
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Maurice
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Últimas opiniões enviadas
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Foi uma surpresa boa ver um filme que tenta mesclar um formato documentário com cinema de ficção (tirando a propaganda descarada da Amazon e a romantização do trabalho nos armazéns deles como um oásis capitalista).
Infelizmente, na segunda parte, esse trunfo é substituído por paisagens, momentos reflexivos e música melancólica para tentar forçar o expectador a sentir algo por uma história que foi construída de forma frágil. São vários fragmentos soltos da história da Fern e das pessoas em volta dela. Cheio de cenas lindas, mas que remeteram mais às minhas lembranças do que com o que estavam acontecendo no filme.
E sinto que o foco do filme foi o luto. Mas, no final, o filme pecou em ditar uma solução para esse processo - a perda de alguém, no fundo, é inexplicável.
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A Despedida
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Ao contrário de muitos comentários, eu não achei as atuações muito boas, principalmente quando eles falavam em inglês. Às vezes, o ritmo da fala se tornava um pouco artificial e dramático e me distraiu.
Algumas cenas foram destoantes também. Por exemplo,
a cena da galinha que alguém citou, a cena da massagem e das marcas nas costas (talvez porque eu não tenha entendido bem o significado), ou a cena em que Billi anda na rua liderando o grupo com a música ao fundo.
Mas, ao fim do filme, sinto que ele transmitiu sua mensagem sobre diferenças culturais, família, envelhecimento e morte, com leveza e humor. E ainda aprendi um pouco mais sobre a cultura chinesa, que era uma total incógnita para mim. Sem falar que me apaixonei pela personagem da avó -- é decida e imperiosa, sempre de maneira positiva e com bom humor.
Últimos recados
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Um filme sobre expectativas para quem vive na grande cidade, onde a vida é uma engrenagem que tem girar no sentido certo para a máquina funcionar. Só tem liberdade quando a peça espicha e salta para fora, mas daí ela é cuidadosamente posta de volta no lugar. "Recomeçar", como o protagonista repete.
Gostei de vários recursos modernos para contar a história. Um deles é a narrativa não-linear para trazer elementos relevantes na hora certa (não porque A vem depois de B, porque tem que ser assim). Outro foi a quebra da quarta parede no começo para criar um diálogo entre o casal principal em duas cenas separadas. Também alguns monólogos que me lembraram dos que o Bergman faz para fazer refletir sobre um tópico (OK, bem menos eloquentes e fortes aqui). E alguns efeitos como fade-out com sombras, sobreposicão de imagens, e vistas dramáticas da cidade ajudam a dar estilo e elevar a mensagem. O porém é que alguns cortes foram abruptos e acabou estragando a atmosfera de algumas cenas.
E super feliz de ver Eva Wilma e Walmor Chagas novinhos, que foram impecáveis como protagonistas. O Walmor Chagas agora vai ser a minha referência de Mastroianni brasileiro! Otelo Zeloni (Arturo) e Ana Esmeralda (Hilda) também foram bem; outras atuações foram um pouco mais sofridas.
Um achado, descavado em uma das minhas primeiras incursões nos filmes brasileiros mais antigos, que é um território totalmente inexplorado para mim. Descobri que mesmo tendo quase 60 anos, continua um filme muito atual e vale ainda assistir. Foi uma dose saudável de niilismo.