Patrícia Peixoto

Eu gostei das atuações e dos efeitos visuais, mas queria entender melhor as motivações e os sentidos por trás da ambição de cada casa e das ações do imperador. Não li o livro e pareceu que o filme não era para o público que não conhecia a história. Sinceramente, quando comecei a entender, o filme acabou. Acho complicado um filme deixar a sensação que para a experiência ser realmente boa é necessário ver o filme consecutivo. O ideal é que o primeiro já fosse mais explicativo e mais cativante.

Me lembrou muito "2001: Uma odisseia no espaço" (principalmente quando

essa semelhança é louvável! A maneira como representam visualmente o buraco negro também, o horizonte de eventos... É lindo, pensar o tempo e a nossa completa submissão à sua complexidade. O tempo ainda é nosso maior problema, maior mistério. O filme é belo e ao mesmo tempo perturbador, no sentido que ninguém assiste e fica imune aos questionamentos, a curiosidade que ele causa sobre a nossa própria natureza e existência. O desfecho Mas ainda assim o fim não estraga a experiência de um excelente filme e temática.

Bem feita pra caralh*! Super produção brasileira, de dar orgulho.

Fora isso, ficção né, é a versão do pai. E é perigoso contar história de pessoas ruins, como ele, colocando-as como heróis. Não sei exatamente como, mas já que a voz da mãe não foi validada na elaboração do roteiro, seria bom assinalarem em algum lugar, no começo ou no fim, que existe outra versão dessa história, menos aventureira e fantasiosa.