Priscila Bilhalva

Que série que dificulta meu eu feminino, vendo poligamia, impossibilidade da mulher pedir divórcio, submissão, estrutura de comando da empresa patriarcal, tudo isso no mundo moderno.

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A quinta temporada me deixou alguns buracos abertos. Patty, realmente tirou a filha para estudar Direito? Isso foi influência do seu pai, e por isso ela odiava tanto ele? Incapaz de demonstrar amor por ninguém de forma tradicional, ela achava que estava fazendo o bem para o Michel e para Ellen? Para Ellen,ela demonstrou que ambição cega, leva perder o filho, como ela perdeu sua filha ou abortou com remédios de cavalos. E aquele arquiteto que procurava ela, era o criador de cavalos, um alucinação? Pattiy teve seu julgamento divino por matar mandar Ellen e sua filha, ao perder seu amado Michel, mas ela não era ruim, ensinou a Ellen que ser como ela, não é para cada um, não é bom, e fez ela ir embora. Uma mulher incrivelmente inteligente. Ela sabia que Ellen queria ser como ela, mas era boa, por isso investiu em Ellen, e por isso demitiu a ambiciosa assistente que faria tudo , se tornaria Patty. Mas mandar matar Ellen não combina com a personalidade inteligente de Patty, para mim foi um erro do roteiro. Seria melhor se fosse culpa do Pit. O final foi de doer o coração, os sonhos de Patty, o olhar que fez a coisa certa, porém não sabe amar. Nunca saberá. Se existe um defeito em Patty é sua incapacidade de amar ou demonstrar amor de forma tradicional. E que no fundo, fora matar Ellen, ela agia de forma a mostrar o erro dos seus amados, punindo Michel para aprender a ter responsabilidade, e ensinando a Ellen que o sucesso tem um preço muito alto. Mas mandar matar Ellen, para mim foi o pior furo do rotieiro, pois não combina com a criação do personagem Patty Hiils

Algo no filme não me soou bem. E não era a aplicação do roteiro, montagem, edição ou fotografia, que aliás eram impecáveis. Então fui pesquisar sobre os personagens e um dos irmãos de Don Shirley deixou claro que os dois não se tornaram amigos, o que ocorreu é que o motorista era racista e não aceitava usar trajes de motorista pra servir um negro, (versão do irmão) sendo que Don fazia questão que seus subalternos fossem brancos pra deixar claro essa ruptura dos padrões da época. Nesse sentido o irmão diz que era mais fácil dizer que era amigo de Don que seu funcionário e a forma como retratam a mudança do motorista tendo empatia mais parece comiseração do que amizade. Como qualquer branco burro que mal escreve uma carta pode se sentir superior a um doutor em música só pela cor da pele? Por esse motivo, não consegui engolir essa amizade e piedade do motorista .convidar ele pro Natal, lendo os relatos do irmão de Don, fiquei mais certa ainda.