Provinciano Sincero

Têm gente que assistiu o filme com a cabeça de baixo, né?

Fui assistir essa praga sexual no cinema, sento sempre nas fileiras mais ao fundo, bem isolado para que ninguém possa atrapalhar e interferir minha contemplação máxima.
Só que dessa vez encontro várias cadeiras isoladas ocupadas, estranhei e comecei a indagar, me aventuro então nas cadeiras do meio da penúltima fileira.
Sento como de costume, sem nenhum adereço para não ser atrapalhado, entro em uma contemplação ao iniciar o filme, me afasto do mundo.
Porém eu começo a ouvir batidas e mexidas incômodas nas poltronas, jovens púberes fazendo algazarra. Geralmente em algazarras se ouve risos e pessoas juntas, porém só escutei batidas frequentes com as mãos vindo de jovens púberes isolados em poltronas distantes, estranhei e comecei a constatar fatos da minha adolescência, indaguei-me horrorizado se era o que eu estava pensando. Sim, era uma das coisas mais horripilantes que já presencie em minha vida!
A batida era constante, isso atrapalhou minha concentração, mesmo horrorizado tentava me concentrar no filme, porém o balançar de punhos em constante movimento de cima para baixo me deixava agoniado com seu consoante barulho.

Não aguentei e sai da sala sem terminar o filme.
Por essas e outras que deveríamos ser ressarcidos diante de tamanho constrangimento. Como o cinema permitiu que púberes assistissem o filme com classificação alta? Como o cinema ainda permite a venda de alimentos como acompanhamento?
Esses jovens imberbes estavam comendo pipoca e tomando seus líquidos de maneira brusca, fazendo um barulho incômodo, têm que se ter em conta do ambiente coletivo em que se você levar a mão ao saco de pipoca rapidamente isso causa um barulho terrível, sem contar o nojento barulho do canudo sendo assoprado.

Fiquem com a dica, por favor, comam a pipoca lentamente, não tentem forçar que a pipoca não irá sair daquele lugar. E não batam os seus dedos na poltrona por puro tédio, isso é irritante.
Eu fazia isso na adolescência, por isso meus lapsos temporais, sinto-me envergonhado por tais atitudes desrespeitosas.
Lembrem-se, sempre assistam o filme parado para não atrapalhar ninguém, tentem se movimentar o mínimo possível.
Obrigado!

Tive o prazer de agraciar essa obra com 3 anos de idade.
Hoje, com meus 25 anos já a assisti 108 vezes.
Considero a maior obra existente no cinema, uma contemplação artística monumental!
108 vezes é pouco para cada surpresa e detalhe esplendoroso que essa obra me propicia.
Nunca vi uma falha técnica, nenhuma falha de atuação, nenhuma falha no enredo.
É simplesmente absurdo o que Billy Wilder fez aqui.

Recomendei esse patrimônio aos meus alunos de universidade, todos apreciaram e contemplaram com os dizeres: ''Insuperável obra prima de uma magnitude incompatível para comparações''.
Mas teve um intrépido que me disse achar ''bom filme, gostei''

Me lembro ele no final do semestre em DP na minha matéria, então podemos presumir que o garoto não têm mínima sapiência intelectual para poder opinar sobre uma obra de um porte superno a sua mentalidade vil.

É um filme que retrata a sociedade:
Quem recebe a linhagem?
Um branco com condição econômica privilegiada, e somente homens podem se beneficiar desse dom mágico.

Isso não representa opressão e discriminação?
Ah, parem com esse teatralismo sentimental entorno dessa canalhice de filme, é um enredo de sessão da tarde aliás, convenhamos!

Se eu recebesse isso, mesmo sendo impossível por ser nordestino, e esse ''dom mágico'' só existe em famílias privilegiadas, eu tentaria de todas as formas transcender as linhas temporais e mudar a desigualdade social, dizimar a fome, acabar com o preconceito racial. Uma tentativa nem que eu entre em um loop infinito.

Ah, mas nosso protagonista é bem diferente, excêntrico e muito singular, sabe o que ele quer utilizando esse poder único? Transar! Ele quer uma mulher pra fecundar, ele quer unicamente extirpar sua libido! Ah vai pra **** com essa bosta.
Então os inúteis começam com esse sentimentalismo fútil e paspalho, com essa temática chinfrim de amor e vida. Ah camaradas, pera lá! Isso cansa, já deu com isso, por favor!