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28 years Campos dos Goytacazes - (BRA)
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Últimas opiniões enviadas

  • Patrick Rodrigues

    Há filmes que são interessantes de serem assistidos sem ler a sinopse, há filmes que são interessantes de serem assistidos sem ver o trailer e há filmes que são interessantes de serem assistidos antes mesmo de se acompanhar qualquer comentário ou resenha aqui no filmow; The Woman in the Window se encaixa perfeitamente na terceira colocação. A produção é uma obra-prima da atualidade? Lógico que não, mas em contrapartida, também está longe de merecer essa chuva de massacres que vem recebendo.

    Com pouco mais que 1h e meia de duração, o longa apresenta uma premissa bastante interessante, muitas vezes sendo amplamente associado ao clássico Rear Window e com várias referências ao cineasta Alfred Hitchcock. Apesar de ser extremamente aguardado desde 2019, ano previsto para o seu lançamento, o filme enfrentou diversos obstáculos (como refilmagens, reações negativas nas sessões testes, compra da Fox pela Disney, venda do filme para a Netflix, pandemia etc., etc., etc.) que adiaram a sua estreia. Mesmo diante de tantos entraves, as expectativas ainda eram enormes; e é nesse cenário de anseio que nasce, talvez, uma das maiores problemáticas desse longa.

    Antes mesmo de ser concluído, The Woman in the Window já apresentava dois elementos que são cruciais para se construir a famosa imagem de "um dos filmes mais aguardados do ano": um diretor responsável por produções bem avaliadas tanto pela crítica quanto pelo público (no caso, Pride & Prejudice, Atonement e Darkest Hour) e um elenco de peso (com destaque para Amy Adams, atriz com ótimos trabalhos e ainda na saga de conquistar sua estatueta dourada, apesar de já ter algumas indicações ao Oscar em sua carreira — situação vivenciada de forma similar pelo Leonardo DiCaprio até 2016 —). Com a faca e o queijo na mão, entretanto, Joe Wright não conseguiu entregar aquilo que era esperado (o que não faz com que o longa-metragem seja totalmente ruim do ponto de vista do entretenimento).

    Anna Fox, interpretada pela Amy, é uma personagem agorafóbica que vive reclusa em seu apartamento e tem como pontos de interação social, além do seu gato Punch, o seu inquilino David e o seu psiquiatra, Dr. Landy. Mesmo que de maneira apressada, o primeiro ato funciona muito bem: somos apresentados à protagonista, seu cotidiano, suas relações e o contexto em que ela está inserida. Por ser um filme que possui um arco narrativo baseado em uma figura com grande temor de multidões e locais abertos, a necessidade de uma direção um pouco mais cuidadosa e uma fotografia mais assertiva se fez presente logo nos minutos iniciais. Nesse contexto, acredito que a direção deixou a desejar, porém, em contrapartida, a fotografia do Bruno Delbonnel foi importante para transformar o apartamento da Anna em um ambiente claustrofóbico e opressivo, além de usar do jogo de cores para demonstrar o estado de espírito da personagem em cenas específicas. O problema começa a partir da instauração do segundo ato e do midpoint.

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    Os coadjuvantes são muito mal desenvolvidos e extremamente caricatos, fazendo com que tenhamos mais empatia e apreço pelo Punch do que pelos próprios Russell. O roteiro e a direção impedem que tenhamos o benefício da dúvida diante da cena do assassinato da suposta Jane. "Será que isso realmente aconteceu ou é apenas coisa da cabeça da Anna?". A partir do momento em que você expõe de forma tão incisiva a personagem principal sendo uma figura com uma forte fobia e dependente de medicamentos que podem causar alucinações, qualquer credibilidade inicial que possa ser oferecida à protagonista é automaticamente excluída. Eu não li o livro, mas pelo o pouco que sei, nele é mostrado que a Anna faz parte de uma rede virtual de apoio, fato que poderia ser inserido no longa para gerar uma subtrama interessante e proporcionar um pouco mais de embasamento e profundidade na personagem.

    O final do segundo ato é deplorável e, aparentemente, a produção acaba caindo na péssima cultura do "raio americanizador" da maneira mais anticlimática possível: o filme se torna extremamente expositivo com a aparição dos detetives e do Ethan para explicar de forma bem mastigada o porquê de tudo aquilo estar acontecendo. Como se não bastasse, ainda há aquela cena patética de luta entre a Anna e o Ethan que dispensa comentários (no mau sentido). Pior que isso só a cena do Toretto pisando no estacionamento e fazendo o chão se abrir em Furious 7.

    Apesar dos pesares, The Woman in the Window ainda é um filme divertido para ser assistido em um sábado à noite. A atuação da Amy é prejudicada pela direção do Joe, mas é notória a entrega e a força de vontade da atriz. A sonoplastia é bem trabalhada e proporciona bons momentos de aflição. Não é um filme que ficará na memória do público, mas vale como um bom passatempo.

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  • Patrick Rodrigues

    Que delicinha de filme, nossa senhora! Não é novidade alguma que o cinema sul-coreano, assim como o espanhol, vêm ganhando destaque e apresentando ótimas produções ao longo dos últimos anos.

    O último ato é realmente um divisor de águas (e, de antemão, já confesso que gostei bastante). Muito se fala sobre as cenas descritas como furos de roteiro; sobre elas — pelo menos as mais comentadas —, eu tenho as seguintes percepções:

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    Antes de tudo, acredito que o filme foi construído sobre duas proposições centrais:

    I) Ele se passa em diversas linhas temporais e acontece baseado no efeito em cascata; ou seja, o que ocorre no passado desencadeia uma série de acontecimentos a médio ou longo prazo.

    II) Mesmo que a vida da Seo-Yeon seja reescrita a cada linha temporal, suas memórias conseguem saltar de uma para outra (tanto que ela consegue se recordar dos acontecimentos passados, mesmo que esteja em linhas temporais alteradas pelas ações da Young-Sook de 1999). Creio que o mesmo fenômeno ocorre com a Young — posteriormente será possível entender o porquê —.

    Dito isso, podemos analisar alguns acontecimentos que resultaram no plot twist.

    1. Há um ponto de virada bastante peculiar nos 25/26 minutos finais do filme. É possível notar que, antes da Young de 99 conseguir se livrar da faca, é mostrada uma cena em que a Eun-ae caminha sozinha em direção à casa da Young-Sook, depois de desembarcar de um táxi, procurando pelo seu marido e sua filha. Porém, após a faca ser queimada lá no ferro velho, a mãe da Seo-Yeon surge na delegacia, registrando o desaparecimento de sua filha e logo em seguida chegando no local do crime acompanhada pelo policial.

    2. Quando essa realidade é materializada, nos é apresentada uma linha temporal em que a Young-Sook, de fato, se torna uma serial killer (como previsto pela sua madrasta xamã).

    3. A premissa de que as ligações só podem ser feitas do passado pro presente se mantém firme o tempo todo. Quando a Young-Sook de 2019 aparece pela primeira vez conversando com o seu eu de 99, dá a sensação de que o telefonema foi feito pela personagem do presente — e isso acontece pela maneira que o diálogo se inicia —. Porém, durante os créditos, quando somos apresentados à cena completa, a gente percebe que, na verdade, foi o telefone da Young do presente que recebeu a chamada.

    4. A Young 2019 sabe que a Eun-ae e o policial irão a casa dela, pois ela já viveu aquela cena em 99 e se recorda disso (da mesma forma que ela se lembra da relação conturbada entre a Seo-Yeon e a sua mãe no passado quando ocorre o encontro entre a protagonista e a antagonista em 2019). Percebam só: sempre que uma linha temporal é modificada, o passado continua ocorrendo sem alterações. A mudança ocorre apenas no presente. Dessa forma, mesmo que nessa linha temporal a Young tenha sobrevivido e se tornado uma serial killer, ela precisa fazer com que a sua versão de 99 consiga escapar da morte/polícia para que essa realidade atual continue existindo. É como se o filme seguisse duas linhas temporais simultâneas (a de 99 e a de 2019).

    Assim, eu acredito que nunca houve um final alternativo, pois todas as cenas acabaram acontecendo. No passado, tanto a Young quanto a Eun-ae sobrevivem à queda. O que ocorre é que a Young-Sook do presente desaparece pois, em 1999, naquele mesmo momento, a Eun-ae havia sobrevivido e conseguido escapar com a sua filha, alterando a linha temporal. Porém, quando a Young do passado desperta, ela consegue matar a Eun-ae e capturar a Seo-Yeon, alterando novamente o presente, fazendo com na linha temporal atual a protagonista tenha sido mantida aprisionada e torturada durante 20 anos, desde que foi capturada no passado.

    Sou apaixonado por filmes como 콜 justamente por eles proporcionarem e fomentarem teorias e discussões acerca do arco final. O enredo não é muito diferente quando comparado com os de outros longas do mesmo gênero, mas a relação entre a protagonista e a antagonista, a fotografia e o ritmo são capazes de oferecer uma ótima experiência.

    Sobre a Young Sook eu só consigo dizer: <3

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    (principalmente na versão de 2019; foi um misto de paixão e medo por aquelas expressões faciais!)

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  • Patrick Rodrigues

    "Se armas deixassem as pessoas mais seguras, os EUA seriam um dos países mais seguros do mundo"

    Baita documentário foda que mostra de forma incisiva (e com uma bela dose de sarcasmo) um pouco da podridão e da faceta sórdida de um país que se diz lar dos corajosos — mas só se estiverem portando uma arma, viu? —. Moore consegue ser cirúrgico quando o assunto é desmistificar as falácias que envolvem a disparidade do número de mortes por armas de fogo entre os norte-americanos e os demais países.

    Dois pontos que achei interessantíssimos e que eu gostaria de destacar:

    1. A entrevista com o Marilyn Manson é primorosa. Vê-lo falar com tanta lucidez e naturalidade fez com que eu quisesse estar ali, naquele ambiente, participando daquela conversa. Em poucos minutos ele conseguiu sintetizar perfeitamente a cultura do medo que assola os Estados Unidos e que contribui para a sua natureza bélica.

    2. A visita do Michael a algumas cidades canadenses facilita demais na compreensão da diferença de mentalidade entre os dois países e como isso, obviamente, interfere diretamente na taxa de homicídios por armas em ambos os lugares.

    Só não digo que a produção foi um soco no estômago pois se tratando dos EUA não é de se espantar o nível de sujeira em que essa nação está inserida. Ademais, é um documentário extremamente necessário, principalmente no contexto atual do cenário brasileiro onde o tema de posse de arma vem sendo discutido e tomando forma há alguns anos.

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  • Gisely Muniz
    Gisely Muniz

    Olá! que bom que curtiu! preciso atualizar meu filmow, parei de vir aqui porque estava lotado de fakes. mas amo aqui <3

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