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Um curioso estudando sobre o mundo do cinema.

Últimas opiniões enviadas

  • Rafael Borges

    Capitão América: Guerra Civil é um filme preocupado mais em forçar momentos para os fãs do que em contar uma história que faça sentido. Parece que eles queriam muito colocar os heróis lutando entre si e nem se esforçaram tanto para criar razões convincentes para todo o embate acontecer.

    Toda a discussão sobre a responsabilidade dos heróis, que deveria embasar o filme, é executada de maneira muito vazia. O vilão Zemo, que deveria ser a peça chave para o estopim do conflito, vira um personagem quase figurante e faz um plano sem lógica atrás do outro. Personagens como o Pantera Negra e Homem-Aranha são enfiados na trama só para aumentar o número de heróis nos dois “times” e criar momentos de euforia para os fãs que já conhecem os dois.

    É possível argumentar que o filme tem momentos bons, como as batalhas, a comédia, as lutas corporais. Mas tudo isso é muito enfraquecido pela presença de personagens sem um desenvolvimento perceptível, pela falta de gravidade na história, pela ausência de uma justificativa bem construída para aquelas batalhas estarem sequer acontecendo, ou seja, pela ausência de uma coesão cinematográfica.

    No fim das contas, Guerra Civil é um filme sem uma história convincente, sem identidade. Que usa a linguagem cinematográfica de forma genérica para criar um conflito sem sentido, com o único objetivo de juntar o máximo possível de heróis na tela e criar um “show” para os fãs. Ele tentou ser um filme dos Vingadores sem ter Vingadores no título, mas que tem muito a aprender com “Vingadores: Guerra Infinita”.

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  • Rafael Borges

    O filme trata da arte a partir de uma perspectiva ambígua, abordando como ela pode ser incrível e encantadora, mas também pode ser cruel e desagradável.

    A arte escolhida pelo diretor Damien Chazelle para ser o objeto da reflexão desse filme foi o jazz. E ele explora muito bem o lado incrível e encantador que esse estilo musical tem, criando sequências musicais cheias de vida e dinamismo. A câmera o tempo todo foca nos detalhes mínimos que constroem aquela sinfonia musical, mostrando os detalhes dos instrumentos, dos músicos, das partituras, dos solos, das melodias, tudo para nos envolver naquela atmosfera musical e nos seduzir com aquela arte.

    Ter representado na tela o fascínio gerado por esse estilo musical de forma tão eficiente foi essencial para o filme. Porque, mesmo que o espectador nunca tenha ouvido jazz na vida, é essencial que ele compreenda o apelo que esse estilo musical tem para que possa entender a motivação de Andrew e Fletcher. Para que possa entender tudo que aqueles personagens estão dispostos a entregar em prol da música, da arte.

    Tendo estabelecido o lado cativante da arte em Whiplash, chegamos ao lado oposto da moeda: o lado cruel e desagradável que a arte pode ter. O professor Fletcher usa de métodos nada convencionais, e altamente questionáveis, para lecionar e extrair o máximo possível de seus alunos.

    Ele utiliza de agressões verbais, e até físicas, para intimidar os estudantes e buscar o máximo de perfeição possível nas apresentações de sua banda. E o diretor faz questão de destacar essa severidade com uma sala de aula pequena, claustrofóbica e de iluminação monótona, que oprime seus alunos e ressalta a tensão imposta pelo rigoroso professor.

    Mesmo que Andrew alcance um dia uma genialidade artística, valerá a pena tudo que ele abriu mão na vida em prol desse objetivo? O produto artístico final que a arte desse gênio entregaria ao mundo compensaria todo o stress físico, emocional e mental que Fletcher causou nele e em seus companheiros de classe? O lado excepcional e encantador da arte compensa um processo cruel e agressivo? Não seria possível alcançar a mesma genialidade sem passar por tanto sofrimento mental e físico?

    Whiplash não está interessado em responder essas perguntas, mas em incitar a discussão acerca delas.

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  • Rafael Borges

    A minha experiência com “A Bruxa” ficou em um meio termo. Em alguns momentos do filme eu me senti bem desconfortável, mas como ele leva ao extremo a proposta de “esconder” os acontecimentos do espectador (sério, mesmo quando você acha que ele vai revelar alguma coisa importante, ele não mostra tanto assim), isso talvez tenha diluído o medo que eu senti do filme.

    Ainda acredito que o filme é todo muito bem construído. O diretor, com certeza, tem uma identidade única, trabalha muito bem com contos folclóricos e parece ter conseguido imprimir na tela as suas ideias da maneira que gostaria – aconteceu apenas dessas ideias não me impactarem tanto.

    Para mim, o terror psicológico misterioso proposto pelo Robert Eggers não se integrou tão bem à história para causar um efeito em quem assiste de maneira eficiente. O filme sempre esconde muito os acontecimentos, mas não consegue compensar esse mistério extremo com um desconforto psicológico competente, criando um filme “incompleto”: que não causa medo nem com um terror explícito (que aqui é quase inexistente), nem com um terror mental (que não é intenso o bastante).

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