Últimas opiniões enviadas
-
Que filme magnífico, em todos os sentidos possíveis! Trilha sonora que dispensa comentários, elenco incrível, edição espetacular, apresentações fidedignas ao Queen, enfim, uma obra-prima a ser apreciada independente do interesse pelo Freddie Mercury e sua banda.
Sobre ele, o que ficou para mim foi a coragem que este cara teve, tornando-se um rockstar icônico e extravagante na contramão de sua família humilde e conservadora, e deixando um casamento com Mary Austin para explorar sua verdadeira orientação sexual -
Além disso, não permitiu que críticos e gozadores de plantão abalassem sua autoconfiança, vivendo da maneira mais autêntica possível.mesmo que isso tenha custado sua vida, devido à infecção por AIDS.
Por isso, repito: que filme magnífico!
-
A tradução do título estragou a sua ambiguidade. No original, "The good nurse", poderia aplicar-se tanto à enfermeira quanto ao enfermeiro, já que é um substantivo invariável quanto ao gênero, e deixa esta dúvida no tocante ao par principal; já na tradução, "O enfermeiro da noite", além de dar um destaque à figura masculina, foca no turno de trabalho dele.
Quanto ao enredo, visa mostrar a história de um serial killer que aparenta ser um bom moço, e não tem reviravolta alguma - é tudo bastante óbvio. Fiquei esperando por algo surpreendente no desfecho, e não veio. Saio com muitas perguntas deste filme, e a sensação de que faltou algo fundamental ali.
Últimos recados
- Nenhum recado para Renan Prandini.
Estupendo filme, com um final propositalmente inconclusivo. Mostra o que pode acontecer a uma criança privada de cuidados, exaustivamente rejeitada, tanto pela família natural quanto por substitutas, além de instituições do poder público. Ou seja, ninguém consegue conter tamanha explosão vinda duma só menina - a qual, vale dizer, tem lá seus momentos de doçura
(abraço na assistente social desolada, pegada no colo do bebê do educador-referência para ela)
A gritaria da protagonista é muito incômoda, abrindo o berreiro constantemente no decorrer do longa-metragem, algo que só confirma a relevância da atuação desta jovem atriz, a qual traz uma característica bem andrógina e ambígua à personagem. Os demais personagens também são bem construídos, na medida em que falhos e limitados -
ah, a promessa da mãe em pega-la de volta, bem como a falta de reciprocidade no abraço do educador-referência junto à protagonista... -
Dá para extrair muita coisa deste filme, e, assim como a vida humana, não traz respostas fáceis, mostrando a complexidade envolvida nas vãs tentativas de submeter alguém insubmissa a um sistema possível de acolhimento. Tanto que é difícil encontrar culpados, pois os comportamentos são bastante compreensíveis diante das circunstâncias. Vale a pena assistir e refletir.