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Últimas opiniões enviadas

  • Rodrigo Luiz

    Haneke é mesmo um diretor difícil de digerir. A forma crua e sem enfeites como ele retrata a realidade em seus filmes não cativa todo mundo, principalmente pela narrativa, muitas vezes, econômica, que exige que prestemos mais atenção nos detalhes, e a falta de artifícios narrativos para explicar de forma mais clara o que está acontecendo. O Fato de Anne ter seu lado direito paralisado, por exemplo, só é falado um tempo depois do ocorrido, numa conversa com Alexandre, mas já percebemos isso no decorrer das cenas anteriores. Mas esses pontos tidos como negativos para os que não gostam do cinema de Haneke são os mesmos que me fazem me tornar cada vez mais fã dele.
    Para quem conhece a obra do diretor, a inquietação e o incômodo ao assistir seus filmes são esperados - e até bem-vindos -, e por aqui não é diferente: Amour recebe um tramento sem nenhum floreio ou concessão desde a primeira cena, que nos mostra a protagonista morta, nos impedindo de imaginar qualquer ilusório final feliz. O foco é voltado para como Anne foi parar ali, naquele estado. Sua narrativa econômica e, ao mesmo tempo, profunda exige que participemos dela, o que faz com que a forma crua com que Haneke retrata a história nos atinja de forma arrebatadora. Depois da cena do casal no concerto, por exemplo, o cenário do apartamento deles passa a ser o único do filme. Isso nos obriga a testemunhar, impotentes, todo o sofrimento dos protagonistas, sem nenhum momento de frescor. Com isso, até o fato de os outros personagens poderem sair do apartamento passa a ser frustrante. O planos fixos de câmera, que, por exemplo, nos mostra a espera ansiosa de um visitante faz com que sintamos essa ansiedade também; e a forma como ela se movimenta, submetida ao ritmo de Georges, atrelando nosso ritmo de observação à ele, faz com que nos sintamos observadores próximos, e a sensação de impotência em relação ao que acontece é amplificada, nos fazendo desejar, em alguns momentos, parar o filme para respirar um pouco.
    Porém, além de todo o sofrimento , também testemunhamos o tamanho "Amour" entre Anne e Georges. Um amor que é lindo e ao mesmo tempo cruel, que faz com que um ato de extremo desespero e violência seja, também, um ato de extrema compaixão e símbolo de sua nobreza e plenitude.
    Lindo, delicado, cruel, inquietante, incômodo, frustrante, torturante, doloroso... Real... Haneke...

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  • Rodrigo Luiz

    “Há forças que me movem e que não consigo controlar. Médicos, amantes, comprimidos, drogas, álcool, trabalho. Nada ajuda. São forças secretas. Têm nome? Não sei. Talvez seja o processo de envelhecimento. Não tenho controle sobre essas forças. Eu me aproximo do espelho e olho para a minha cara, que se tornou tão familiar. E chego à conclusão de que esta combinação de carne, sangue, nervos e ossos reúne duas pessoas incompatíveis. De um lado, o sonho de intimidade, de ternura, interesses comuns. Do outro a violência, a obscenidade, o horror e a morte. Às vezes penso que têm a mesma origem. Não sei. Como poderia saber?”

    Acho que poucos seriam capazes de produzir um texto tão poético e verdadeiro como esse. Mesmo para um produtor tão genial - e produtivo - como Bregman, Da Vida Das Marionetes é um filme raro, no qual coneguimos acompanhar um verdadeiro estudo sobre os nossos sentimentos mais primitivos e sobre o quão obscura nossa humanidade pode ser, e também nos faz contemplar os horrores que ela comporta de mãos completamente atadas, depois de cada máscara criada por Peter entre ele e a sociedade vir abaixo. E, depois de tudo, ainda conseguimos encontrar argumentos para defender Peter, que, a princípio, nos parece apenas uma pessoa fraca e cruel. Cada sequência do filme é mais sensacional que a outra. Meu preferido de Bergman, por enquanto.

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  • Rodrigo Luiz

    É um bom filme, bonito. Mas se a história fosse melhor aproveitada, poderia ter virado clássico, sem esforço.
    As ideias de Peter Weir são boas e suas intenções, nobres. As interpretações dos jovens estão ótimas e carismáticas. A premissa então, é excelente; apreciar a arte de forma mais sensível, tê-la como espécie de liberdade e também como incentivo ao pensamento próprio e autônomo, tê-la como algo bom apesar da privação da liberdade que lhes é imposta, e também uma forma de lutar contra essa privação e contra seus próprios complexos conflitos juvenis... São elementos que Weir conseguiu combinar com naturalidade. Certamente, foi impactante na época. Mas a temática subversiva vem acompanhada de uma narrativa falha, muito conservadora e clichê, que acaba tranformando a história em um melodrama somente linear do meio até o fim, sem a naturalidade e o bom senso antes conseguidos. Isso se reflete na cena final, que soa quase falsa. Não fossem esses problemas, acho que o filme poderia emocionar mais pessoas, ou muito além do que apenas o público jovem.

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  • Filmow
    Filmow

    O Oscar 2017 está logo aí e teremos o nosso tradicional BOLÃO DO OSCAR FILMOW!

    Serão 3 vencedores no Bolão com prêmios da loja Chico Rei para os três participantes que mais acertarem nas categorias da premiação. (O 1º lugar vai ganhar um kit da Chico Rei com 01 camiseta + 01 caneca + 01 almofada; o 2º lugar 01 camiseta da Chico Rei; e o 3º lugar 01 almofada da Chico Rei.)

    Vem participar da brincadeira com a gente, acesse https://filmow.com/bolao-do-oscar/ para votar.
    Boa sorte! :)

    * Lembrando que faremos uma transmissão ao vivo via Facebook e Youtube da Casa Filmow na noite da cerimônia, dia 26 de fevereiro. Confirme presença no evento https://www.facebook.com/events/250416102068445/

  • Douglas .
    Douglas .

    ae traficante de drogas ilegais, me add em meu facebook travestido de Robert De Niro: https://www.facebook.com/travis.bickle.3759?ref=tn_tnmn

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