Uma verdadeira Obra-Prima! Baseado na peça de teatro homônima. O filme utiliza quase de maneira alegórica os personagens como o "Rei dos Mendingos" e todo o seu exército como aparato profissional para pedir esmola como uma relação de poder entre os trabalhadores miseráveis e quem os explora. A polícia como braço do estado mais corrupto e por fim os detentores reais do poder que são tão questionáveis moralmente como qualquer ladrão comum.
As atuações lembram atuações de teatro e são de impressionar, depois de quase um século a qualidade das cenas músicais adiconadas na montagem do filme geram aquela gostinho de quero mais e visualmente bonito, com um preto e branco bastante constratado. Assisti a versão restaurada de 2006 que está magnífica. O triste é só saber que as relações de poder descritas ainda são tão atuais e ainda mais peversas atualmente...
Incrível a releitura do Islã que Malcoln X fez e isso é mostrando muito bem no filme desde suas contradições inicias ao seu pensamento próprio. Independente com ou sem religião a luta tem que ser sempre sóbria.
Bela viagem onírica, baseado na obra de Bruno Schulz. Muito bem feito esteticamente e com efeitos práticos que parecem terem sido custosos para época. Entretanto, chega a ser maçante as referências figuradas e os diálogos codificados em suas quase 2 horas de duração.
Jesus é uma icone unidimensional. Nada se sabe de sua vida como humano a não ser sua trajetória na mitologia cristã. Acredito que esse filme da 4 dimensões ao icone.
O retrato de muitos casamentos e valores de uma epoca. O cinema de R. W Fassbinder sempre falando sobre temas sensíveis e mesmo feito em uma época de demolição cultural e ascenção de uma contra-cultura, ainda é muito relevante nos dias de hoje.
Desde o início do filme é possível notar que a relação da protagonista e muito conflituosa com a mãe, uma mae que faz chantagem emocional e que monitora minuciosamente a vida de uma filha que ja passou da fase da juventude mas procura sentir algum sentimento diferente daquele imposto a sua realidade. É possível notar elementos psicológico postos durante todo filme que para alguns podem parecer bizarro (e muitas vezes é) mas, que são extremamente reais e possíveis, dado que segundo Freud, nós somos seres sexuais desde o nascimento, passando pela infância onde os símbolos criados pelas nossas experiências podem desencadear não somente na personalidade, mais na visão de mundo e também fantasias sexuais.
E é no ponto das fantasias sexuais que o roteiro foca, o que pode acontecer quando você só sente prazer dado uma especifica fantasia? que para muitos pode ser um tabu ou pior, expôr isso a quem não irá te entender?
A Professora de Piano é um filme incômodo, mas necessário para se pensar as questões do desejo sexual e sexualidade como uma narrativa fantasiosa, pois no final é isso que é por mais simples que possa parecer.
Sensivel perspectiva da Segunda guerra mundial na França ocupada sobre a lente da infância. Um menino que não tem muita atenção da mãe tem seu sofrimento projetado nas questões familiares até perceber as barbaridades da guerra que estão acontecendo sobre seu nariz. Exemplifica muito bem como o preconceito atinge um grupo de pessoas simplesmente pelo que são e nao por como elas agem moralmente.
"A Unica coisa que levamos desse mundo é o que podemos dar aos outros". Pessoalmente, estou longe de ser uma pessoa religiosa, mas mesmo você não sendo religioso ou até sento ateu/cético essa afirmação feita no filme pelo general é uma verdade.
Tudo que você busca na sua vida para ser, ter conquistar em algum momento pode ficar suspensar de lógico que você tanto acreditou, acredito que o filme toque nesse ponto de uma maneira muito sútil que poucos vão identificar, seja por falta de atenção ou por pouca vivendo "de vida".
Punhos de Campeão é um drama da vida privada onde só o lutador, a sua esposa e nós, os espectadores somos cúmplices. A platéia, vendedores e alheios só querem o show da violência.
Quanto vale ser famoso? Faßbinder brilhantemente colocou questões sobre os desejos, poder e alienação de si mesmo e de toda a nossa realidade ao redor. É possível vincular a história a uma história de propaganda ideológica, uma capa luxuosa, colorida pode cobrir uma ideia miserável? ou só pode acontecer se embarcarmos nessa fantasia?
Um Simbolismo na forma de filme. referem-se a Vida, Morte e o outro lado. Apesar de quase todos os filmes de Aronovsky terem uma metafísica religiosa como peso em suas histórias. Acredito que seja possível sentir a sensibilidade que foi passada durante toda a narrativa sem vinculá-la a um dogma religioso. Foi utilizada uma elegoria maia e, assim, o filme não dá resposta, apenas uma leitura sobre o "outro lado". Nota 5 para trilha sonora original.
"Quando Chu-en-lai, primeiro-ministro chinês, foi a Genebra em 1953 para as negociações de paz destinadas a pôr fim à guerra da Coreia, um jornalista francês perguntou-lhe o que pensava ele da Revolução Francesa. Chu respondeu: «Ainda é cedo para dizer alguma coisa». Em certo sentido tinha razão: com a desintegração das «democracias populares», em fins dos anos 90 do século xx, a luta em torno do significado histórico da Revolução Francesa conheceu um novo ardor.
Os revisionistas liberais tentaram impor a ideia de que a morte do comunismo, em 1989, não podia chegar em altura mais bem escolhida: marcava o fim de uma época, iniciada em 1789, e o fracasso definitivo de um modelo estatal-revolucionário aparecido pela primeira vez com os jacobinos. A máxima: «Toda a história é uma história do presente» nunca foi tão verdadeira como no caso da Revolução Francesa, cuja recepção historiográfica sempre seguiu fielmente os meandros das lutas políticas. Reconhecem-se os conservadores de toda a espécie pela rejeição pura e simples que exprimem a seu respeito: a Revolução Francesa foi, desde a sua origem, uma catástrofe, fruto do espírito moderno ateu; deve ver-se nela o castigo divino pelas más acções dos homens e os seus vestígios devem ser apagados o mais completamente possível.
A atitude dos liberais é totalmente diferente: pode resumir-se na seguinte fórmula: «1789 menos 1793». Numa palavra, o que exige a sensibilidade liberal é uma revolução descafeinada, uma revolução que não teria o gosto da revolução. François Furet e outros tentaram assim despojar a Revolução Francesa do seu estatuto de acontecimento fundador da democracia moderna, rebaixando-a à categoria de anomalia histórica; era, sem dúvida, historicamente necessário afirmar os princípios modernos da liberdade individual, etc., mas, como mostra o exemplo inglês, isso podia ter sido feito de maneira mais eficaz por meios mais pacífcos...
Por último, os radicais estão possuídos, pelo contrário, por aquilo a que Alain Badiou chama «a paixão do Real»; se postularmos a = a igualdade, a direitos do homem, a liberdade, não podendo então subtrair-nos às consequências do que isso implica, temos de ter a coragem de postular igualmente b = terror necessário para defender e afirmar efectivamente a (1).
Seria fácil de mais, no entanto, dizer que a esquerda deve hoje continuar a seguir esta via. Pois passou-se realmente alguma coisa em 1990, ocorreu mesmo, de facto, uma espécie de corte histórico; e toda a gente, incluindo a «esquerda radical», experimenta daí por diante uma espécie de vergonha em relação ao terror revolucionário, legado pelos jacobinos, e ao centralismo democrático que os carateriza; de tal modo, que a ideia comummente aceite hoje é a de que a esquerda, se quer reencontrar alguma eficácia política, deve reinventar-se a fundo e abandonar o pretenso «paradigma jacobino». Na nossa época pós-moderna de «propriedades emergentes», marcada pela interacção caótica de múltiplas subjectividades, pela livre interacção mais do que por uma hierarquia centralizada, e pela existência de uma multitude de opiniões e já não de uma Verdade única, a ditadura jacobina já não é fundamentalmente «do nosso gosto» (e à palavra «gosto», na medida em que designa uma disposição ideológica elementar, deve ver-se aqui atribuído todo o seu peso histórico). Será possível imaginar alguma coisa de mais alheio ao nosso mundo de liberdade de opinião, de concorrência mercantil, de interacção pluralista e nómada, etc., do que a política da Verdade de Robespierre (com, bem entendido, um ‘V’ maiúsculo), cujo fim proclamado era «repor os destinos da liberdade nas mãos da verdade»? Uma tal verdade não pode, com efeito, ser imposta senão pelo terror: Se a mola do governo popular na paz é a virtude, a mola do governo popular em revolução é ao mesmo tempo a virtude e o terror: a virtude, sem a qual o terror é funesto; o terror, sem o qual a virtude é impotente. O terror não é outra coisa senão a justiça pronta, severa, inflexível; é, portanto, uma emanação da virtude: é menos um princípio particular que uma consequência do princípio da democracia aplicado às mais prementes necessidades da Pátria.(2)"
O filme aborda com teor dramático convincente não apenas sobre a perda de um sentindo, mas um sentido diretamente relacionamento a algo que se ama, nesse caso a música. E a partir daí a trajetória de aceitação ou não de quem teve a vida totalmente mudada de fluxo, o filme toca muito bem na questão da aceitação de algo que está além do nosso controle e levanta a reflexão de como qualquer um pode acordar no próximo dia sem algum sentido que antes achava essencial, mas hoje não esta mais contigo, um filme incômodo, mas que pode ser a história de muitas pessoas e mesmo que não seja a sua, pode gerar um sentimento de incômodo, de reflexão e acima de tudo impatia.
Não é um filme sobre vida extra-terrestre, é um filme sobre comunicação, entender e ser entendido. Todo problema filosófico e um problema de linguagem, como foi dito pelo filósofo Wittgenstein
Planeta Fantástico
4.3 319Viagen de ácido, mas bom
A Ópera dos Pobres
4.2 12Uma verdadeira Obra-Prima! Baseado na peça de teatro homônima. O filme utiliza quase de maneira alegórica os personagens como o "Rei dos Mendingos" e todo o seu exército como aparato profissional para pedir esmola como uma relação de poder entre os trabalhadores miseráveis e quem os explora. A polícia como braço do estado mais corrupto e por fim os detentores reais do poder que são tão questionáveis moralmente como qualquer ladrão comum.
As atuações lembram atuações de teatro e são de impressionar, depois de quase um século a qualidade das cenas músicais adiconadas na montagem do filme geram aquela gostinho de quero mais e visualmente bonito, com um preto e branco bastante constratado. Assisti a versão restaurada de 2006 que está magnífica. O triste é só saber que as relações de poder descritas ainda são tão atuais e ainda mais peversas atualmente...
John Wick: De Volta ao Jogo
3.8 1,8K Assista AgoraNo fim, caiu um pingo de sangue da minha TV.
Malcolm X
4.1 268 Assista AgoraIncrível a releitura do Islã que Malcoln X fez e isso é mostrando muito bem no filme desde suas contradições inicias ao seu pensamento próprio.
Independente com ou sem religião a luta tem que ser sempre sóbria.
O Sanatório da Clepsidra
4.0 24Bela viagem onírica, baseado na obra de Bruno Schulz. Muito bem feito esteticamente e com efeitos práticos que parecem terem sido custosos para época.
Entretanto, chega a ser maçante as referências figuradas e os diálogos codificados em suas quase 2 horas de duração.
A Última Tentação de Cristo
4.0 296 Assista AgoraJesus é uma icone unidimensional.
Nada se sabe de sua vida como humano a não ser sua trajetória na mitologia cristã.
Acredito que esse filme da 4 dimensões ao icone.
Druk: Mais Uma Rodada
3.9 796 Assista AgoraOusar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se”
Søren Kierkegaard.
Martha
4.0 23O retrato de muitos casamentos e valores de uma epoca.
O cinema de R. W Fassbinder sempre falando sobre temas sensíveis e mesmo feito em uma época de demolição cultural e ascenção de uma contra-cultura, ainda é muito relevante nos dias de hoje.
A Professora de Piano
4.0 683 Assista AgoraDesde o início do filme é possível notar que a relação da protagonista e muito conflituosa com a mãe, uma mae que faz chantagem emocional e que monitora minuciosamente a vida de uma filha que ja passou da fase da juventude mas procura sentir algum sentimento diferente daquele imposto a sua realidade.
É possível notar elementos psicológico postos durante todo filme que para alguns podem parecer bizarro (e muitas vezes é) mas, que são extremamente reais e possíveis, dado que segundo Freud, nós somos seres sexuais desde o nascimento, passando pela infância onde os símbolos criados pelas nossas experiências podem desencadear não somente na personalidade, mais na visão de mundo e também fantasias sexuais.
E é no ponto das fantasias sexuais que o roteiro foca, o que pode acontecer quando você só sente prazer dado uma especifica fantasia? que para muitos pode ser um tabu ou pior, expôr isso a quem não irá te entender?
A Professora de Piano é um filme incômodo, mas necessário para se pensar as questões do desejo sexual e sexualidade como uma narrativa fantasiosa, pois no final é isso que é por mais simples que possa parecer.
Invasão Zumbi
4.0 2,0K Assista AgoraMelhor que muita tentativa de Hollywood.
A Conversação
4.0 230 Assista AgoraUma Obra-Prima do Suspense
Adeus, Meninos
4.2 255 Assista AgoraSensivel perspectiva da Segunda guerra mundial na França ocupada sobre a lente da infância. Um menino que não tem muita atenção da mãe tem seu sofrimento projetado nas questões familiares até perceber as barbaridades da guerra que estão acontecendo sobre seu nariz.
Exemplifica muito bem como o preconceito atinge um grupo de pessoas simplesmente pelo que são e nao por como elas agem moralmente.
A Festa de Babette
4.0 242"A Unica coisa que levamos desse mundo é o que podemos dar aos outros". Pessoalmente, estou longe de ser uma pessoa religiosa, mas mesmo você não sendo religioso ou até sento ateu/cético essa afirmação feita no filme pelo general é uma verdade.
Tudo que você busca na sua vida para ser, ter conquistar em algum momento pode ficar suspensar de lógico que você tanto acreditou, acredito que o filme toque nesse ponto de uma maneira muito sútil que poucos vão identificar, seja por falta de atenção ou por pouca vivendo "de vida".
Punhos de Campeão
4.0 21Punhos de Campeão é um drama da vida privada onde só o lutador, a sua esposa e nós, os espectadores somos cúmplices. A platéia, vendedores e alheios só querem o show da violência.
Lili Marlene
3.8 40Quanto vale ser famoso? Faßbinder brilhantemente colocou questões sobre os desejos, poder e alienação de si mesmo e de toda a nossa realidade ao redor.
É possível vincular a história a uma história de propaganda ideológica, uma capa luxuosa, colorida pode cobrir uma ideia miserável? ou só pode acontecer se embarcarmos nessa fantasia?
O Grande Gatsby
3.7 137 Assista AgoraMagnífico em todos os aspectos.
Fonte da Vida
3.7 776 Assista AgoraUm Simbolismo na forma de filme. referem-se a Vida, Morte e o outro lado. Apesar de quase todos os filmes de Aronovsky terem uma metafísica religiosa como peso em suas histórias. Acredito que seja possível sentir a sensibilidade que foi passada durante toda a narrativa sem vinculá-la a um dogma religioso. Foi utilizada uma elegoria maia e, assim, o filme não dá resposta, apenas uma leitura sobre o "outro lado". Nota 5 para trilha sonora original.
Terra e Liberdade
4.1 45"Entre na batalha.
Nela ninguém perde.
Mesmo aquele que perde, seus feitos ainda prevalencem." ✊🏾
- William Morris
Josep
4.0 15Triste, Duro, Sensível e Belo.
Danton: O Processo da Revolução
3.8 72"Quando Chu-en-lai, primeiro-ministro chinês, foi a Genebra em 1953 para as negociações de paz destinadas a pôr fim à guerra da Coreia, um jornalista francês perguntou-lhe o que pensava ele da Revolução Francesa. Chu respondeu: «Ainda é cedo para dizer alguma coisa». Em certo sentido tinha razão:
com a desintegração das «democracias populares», em fins dos anos 90 do século xx, a luta em torno do significado histórico da Revolução Francesa conheceu um novo ardor.
Os revisionistas liberais tentaram impor a ideia de que a morte do comunismo, em 1989, não podia chegar em altura mais bem escolhida: marcava o fim de uma época, iniciada em 1789, e o fracasso definitivo de um modelo estatal-revolucionário aparecido pela primeira vez com os jacobinos.
A máxima: «Toda a história é uma história do presente» nunca foi tão verdadeira como no caso da Revolução Francesa, cuja recepção historiográfica sempre seguiu fielmente os meandros das lutas políticas. Reconhecem-se os conservadores de toda a espécie pela rejeição pura e simples que exprimem a seu respeito: a Revolução Francesa foi, desde a sua origem, uma catástrofe, fruto do espírito moderno ateu; deve ver-se nela o castigo divino pelas más acções dos homens e os seus
vestígios devem ser apagados o mais completamente possível.
A atitude dos liberais é totalmente diferente: pode resumir-se na seguinte fórmula: «1789 menos 1793». Numa palavra, o que exige a sensibilidade liberal é uma revolução descafeinada, uma revolução que não teria o gosto da revolução. François Furet e outros tentaram assim despojar a Revolução Francesa do seu estatuto de acontecimento fundador da democracia moderna, rebaixando-a à categoria de anomalia histórica; era, sem dúvida, historicamente necessário afirmar os princípios modernos da liberdade individual, etc., mas, como mostra o exemplo inglês, isso podia ter sido feito de maneira mais eficaz por meios mais pacífcos...
Por último, os radicais estão possuídos, pelo contrário, por aquilo a que Alain Badiou chama «a paixão do Real»; se postularmos a = a igualdade, a direitos do homem, a liberdade, não podendo então subtrair-nos às consequências do que isso implica, temos de ter a coragem de postular igualmente b = terror necessário para defender e afirmar efectivamente a (1).
Seria fácil de mais, no entanto, dizer que a esquerda deve hoje continuar a seguir esta via. Pois passou-se realmente alguma coisa em 1990, ocorreu mesmo, de facto, uma espécie
de corte histórico; e toda a gente, incluindo a «esquerda radical», experimenta daí por diante uma espécie de vergonha em relação ao terror revolucionário, legado pelos jacobinos, e ao
centralismo democrático que os carateriza; de tal modo, que a ideia comummente aceite hoje é a de que a esquerda, se quer reencontrar alguma eficácia política, deve reinventar-se a fundo e abandonar o pretenso «paradigma jacobino». Na nossa época pós-moderna de «propriedades emergentes», marcada pela interacção caótica de múltiplas subjectividades, pela livre interacção mais do que por uma hierarquia centralizada, e pela existência de uma multitude de opiniões e já não de uma Verdade única, a ditadura jacobina já não é fundamentalmente «do nosso gosto»
(e à palavra «gosto», na medida em que designa uma disposição ideológica elementar, deve ver-se aqui atribuído todo o seu peso histórico). Será possível imaginar alguma coisa de mais alheio ao nosso mundo de liberdade de opinião, de concorrência mercantil, de interacção pluralista e nómada, etc., do que a política da Verdade de Robespierre (com, bem entendido, um
‘V’ maiúsculo), cujo fim proclamado era «repor os destinos da liberdade nas mãos da verdade»? Uma tal verdade não pode,
com efeito, ser imposta senão pelo terror:
Se a mola do governo popular na paz é a virtude, a mola do governo popular em revolução é ao mesmo tempo a virtude e
o terror: a virtude, sem a qual o terror é funesto; o terror, sem o qual a virtude é impotente. O terror não é outra coisa senão a justiça pronta, severa, inflexível; é, portanto, uma emanação
da virtude: é menos um princípio particular que uma consequência do princípio da democracia aplicado às mais prementes necessidades da Pátria.(2)"
Robspierre, Virtude e Terror, p. 3, ZIZEK Slavoj
O Som do Silêncio
4.1 983 Assista AgoraO filme aborda com teor dramático convincente não apenas sobre a perda de um sentindo, mas um sentido diretamente relacionamento a algo que se ama, nesse caso a música. E a partir daí a trajetória de aceitação ou não de quem teve a vida totalmente mudada de fluxo, o filme toca muito bem na questão da aceitação de algo que está além do nosso controle e levanta a reflexão de como qualquer um pode acordar no próximo dia sem algum sentido que antes achava essencial, mas hoje não esta mais contigo, um filme incômodo, mas que pode ser a história de muitas pessoas e mesmo que não seja a sua, pode gerar um sentimento de incômodo, de reflexão e acima de tudo impatia.
Casanova e a Revolução
3.7 19A Alegria de uns é o terror de outros, o que não pode é chorar sobre a tunica insaguentada do tirano.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraNão é um filme sobre vida extra-terrestre, é um filme sobre comunicação, entender e ser entendido. Todo problema filosófico e um problema de linguagem, como foi dito pelo filósofo Wittgenstein
Obra-Prima.
O Baile
4.3 73Magnífico! A História da França no Sec. XX em um salão de dança.